Missão

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---CHAY---

Nós ficamos em silêncio praticamente durante toda a estrada, Kim estava muito tenso e eu realmente não entendia o motivo, bom, não tem como entender se ninguém te explica, não é mesmo? Respiro fundo mais uma vez olhando pela janela, Kim cantarola baixinho a música do rádio, é o modo como ele se acalma, sinto falta da época em que ele cantava mais.

Há quanto tempo não o vejo pegar em um violão? Há quanto tempo eu mesmo não toco? A mesma coisa com Porsche, ele gostava tanto de outras coisas, lutar por exemplo, e agora só faz isso quando envolve armas e coisas do crime. Eu sei que é uma vida confortável, mas, nossa vida simples também era boa não era?

Chegamos a porta de uma grande boate e descemos, Kim para ao meu lado e seu olhar é meio estranho.

- Lá dentro eu quero que você... – Ele respira fundo. – Não fique tão próximo de mim, okay? Preciso...

- O que? – Corto-o antes que continue a falar, então pra ficar comigo na porra do meio do mato okay, mas voltamos pra cidade e esse papinho volta? Ele segura meu rosto com suas mãos.

- Não é nada disso que você está pensando. – Reviro os olhos, como se ele soubesse o que estou pensando. – É por isso que não te contamos nada, você é muito fácil de ler. – Ele passa a mão pela cabeça exasperado e eu fico com ainda mais raiva.

- Não é pra ficar perto de você, vai me insultar, o que mais? – Cruzo os braços.

- Não estou te insultando Chay. – Agora é Chay? Arquejo a sobrancelha. – As pessoas aqui não podem saber que estamos juntos, precisamos que você se aproxime de uma pessoa específica e colha informações, só isso. – Ele fecha os olhos por um segundo, ele está longe de mim.

- Por que eu? – Franzo a sobrancelhas tentando entender a lógica deles, eu sou a pessoa menos indicada para isso - Não é o Vegas que consegue tirar informações até de defuntos?

- Eu ouvi isso. – Pete se manifesta, ele e Vegas que estavam distantes fingindo que não ouviam nada.

- Porque você é inocente. – Kim diz entredentes. – Realmente não sabe nada, e questionando as pessoas não faz parecer que quer algo. – Ele passa a língua nos lábios.

- Ouvi dizer que você é o tipo do cara. – Pete grita e Vegas lhe dá um tapa na bunda, eu novamente olho de forma inquisitiva para Kim.

- Precisamos disso, para Porsche. – Ele trava a mandíbula. – Eu não faria isso se não fosse extremamente necessário, acha mesmo que gosto de ficar há 10 passos de você?

Observo-o por alguns segundos e concordo com a cabeça, então nós entramos e nos sentamos em uma mesa. Eles pedem algumas bebidas e eu observo o lugar, é um típico bar, escuro, estranho, e com muitas mulheres e homens pelados andando por aí. Pete praticamente se senta no colo de Vegas, fingindo que está em uma noite comum.

Eles conversam amenidades, mas eu estou muito nervoso. Até que vejo um cara entrar pela porta, ele se destaca porque todos abrem passagem para ele, anda como se fosse a porra de um ser Divino na terra, não posso dizer que é feio.

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Sob Meu Domínio (KimChay) 2º TEMP.Onde histórias criam vida. Descubra agora