--- KIM ---
Acordo cedo como sempre, passo um minuto observando Chay, ele me causou alguns espantos ao longo do dia de ontem, o seu comportamento de manhã me deixou bobo. Mas, à noite, quando vi ele com esse pijama, que ele comprou e colocou de livre e espontânea vontade, meu coração acelerou de uma forma...
Não que eu esteja com ele só por isso, eu ficaria com ele de qualquer forma, sem pensar duas vezes, me apaixonei em cada momento que passamos juntos. E nem mesmo traria ele pra esse mundo. Talvez algumas coisinhas, não sei. Até já tinha notado o jeitinho dele na primeira vez que nos aproximamos, mas não poderia inserir ele nisso, e nem faria isso agora se ele não demonstrasse interesse.
Só que, inferno, quando vi ele dormindo no carro, resmungando no sono, bravo comigo por tê-lo levado a força, se remexendo, eu não resisti, ele estava tão lindo, quem é sequestrado e dorme nos primeiros 10 minutos com o sequestrador? Sorrio lembrando disso. Passei uns 15 minutos com o carro parado o olhando antes de acordá-lo, e ele me olhou piscando entre os cílios, foi ali que eu sabia que estava ferrado de vez.
Convenhamos, não há pessoa mais fofa que ele, principalmente vestido assim, faço carinho em seu cabelo. Ele ainda está com o urso que ele não larga, aprendi até a gostar dessa coisa que ele ficou apegado porque diz parecer comigo, o que eu discordo totalmente. Mas, já que ele gosta tanto, fazer o que? Ele acha que eu comando as coisas, acha realmente que eu dou as ordens, mal sabe ele que me tem na palma da mão.
Parece que aos poucos ele foi adotando alguns comportamentos mais infantis que ele se sentia confortável, ele gosta de brincar assim, gosta do jogo, e se excita. Mas, tem o outro lado também, o de se sentir cuidado, é algo que ele tinha com Porsche, mas não totalmente, ele sempre se virou muito sozinho. Algumas teorias dizem que esse jogo serve para pessoas que tiveram infâncias difíceis reviverem coisas que não viverem, fortalecerem suas crianças interiores e tudo mais.
Eu não sei, não exploro a psicologia, sei que aqui Chay se sente mais liberto, mais corajoso para ser ele mesmo, e tem seus prazeres sexuais supridos. Ao mesmo tempo em que lá fora ele se tornou mais corajoso também, a forma como ele enfrentou Kamol ontem, tomando inclusive a minha frente, me impressionou. Eu me orgulhoso de ver Chay a se fortalecer, sendo lá fora a pessoa que eu sei que ele é por dentro, contudo, carrega o medo de não ser aceito.
Faço carinho em sua bochecha de novo, ontem fiquei com medo de ter forçado a barra com a chupeta, mas ele não tirou durante a noite. Cheiro seu cabelo, dando um beijo em sua cabeça, e me levanto, organizo o quarto que usamos, limpo tudo, esterilizo os objetos e depois desço para fazer café.
Acabo de colocar tudo na mesa e sentar, estou tomando um gole do café quando Chay desce, ele está entre as caretas de sono, e a cara de chateado, ele caminha consideravelmente rápido na minha direção.
- Bom dia, baby. – Eu falo e ele me olha com os olhos ainda meio fechados de sono, e bufa bravo o que me faz rir, se senta no meu colo virado de frente pra mim, e suas pernas ficam penduradas no ar, ele abraça minha cintura, deitando a cabeça no meu peito, eu coloco a xícara na mesa segurando suas costas para que ele não caia. Tiro uma chave do bolso e abro o cadeado atrás da sua cabeça tirando a mordaça, e beijo sua cabeça.
Ele levanta o olhar ainda sem abrir os olhos direito, e volta a deitar contra mim. Eu pego uma garrafa de água que tinha deixado ali pra quando ele descesse, e levo em direção a boca dele. – Tome um pouco de água.
- Hum hum. – Ele balança a cabeça, sonolento.
- Baby, água. – Eu falo mais firme e ele levanta a cabeça, eu coloco a garrafa na sua boca, e ele bebe quase ela toda, não sei como não se lembra de beber água sentindo tanta sede. Quando termina ele deita de novo. - Você está cansado, ainda está com sono e dolorido, baby, por que não volta pra cama? – Ele faz que não antes deu terminar de falar. – Baby.
- Eu não quero. – Ele coça o olho manhoso, eu fecho os olhos com força, e o seguro pela cintura, então eu pego a mordaça que estava ali e tiro as tiras, deixando só a chupeta, direciono para sua boca tendo a certeza que isso o fara acordar. Afinal, eu também posso provocar né? Ele franze o nariz algumas vezes, e remexe o rosto em seu sono, mas aceita de bom grado, e eu olho-o completamente sem entender, fico parado alguns instantes tentando processar, acho que paro até os carinhos que estava fazendo nele com a outra mão, o que ele estranha.
Ele se afasta de mim e tira a chupeta da boca me observando com os olhos ainda meio fechados. – Ah Daddy, acha mesmo que algo tão simples me tiraria do seu colo? Não disse que era um jogo? Eu também sei jogar. – Ele sorri e coloca a chupeta de volta na boca, eu controlo meu rosto porque não quero demonstrar o quão embasbacado eu estou, mas acho muito difícil ele não ter percebido. No fim das contas, eu criei um monstrinho que estava usando as armas contra mim.
E o pior é que eu não conseguia resistir a nenhuma delas, ver ele procurar meu colo porque não queria dormir sozinho me deixava tão feliz que eu mal conseguia reagir. Eu termino meu café, pego ele pela cintura o levantando, e passo os meus braços por sua bunda, sustentando seu corpo enquanto ele enrola suas pernas na minha cintura, e resmunga chateado.
- Vou te levar pra cama, ursinho. – Eu roço meu roço meu nariz pela sua bochecha e sussurro no seu ouvido e ele solta uma risadinha.
Quando chegamos lá eu deito na cama com ele ainda em cima de mim, passando a mão nas suas costas, e permanecendo ainda com outra mão em sua bunda. Ele se remexe em cima de mim, e eu beijo seu cabelo, coloco-o parcialmente na cama, mas ainda deitado no meu peito, e seus braços se enrolam na minha cintura e sua perna se enrosca na minha.
- Pode dormir, baby, não vou levantar de novo até acordar. – Eu beijo sua cabeça de novo, o puxando pela cintura para mais perto, e brincando com seu cabelo. Ele dá um sorrisinho, ainda com a chupeta em sua boca, o que me faz sorrir, mas eu a tiro, colocando na mesinha do lado da cama e cheiro seu cabelo. – Fique confortável, eu não vou a lugar nenhum. – Ele passa o rosto pelo meu peito, e faço carinho no seu pescoço. Logo ele está dormindo.
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Oii, então, eu fiquei com uma vontade muito grande de escrever esse capítulo, por que sabem né? Além de ser fofo, calmaria antes da tempestade.
O que acharam? COMENTEM E VOTEM.
Os próximos capítulos serão mais tensos e intensos, e também mais ligados a Correntes, por isso, venho trazer alguns pontos positivos sobre ler Correntes:
Fora o Hot Hard e a química de milhões, nós temos descrições de KimChay na visão de Pete que são muito boas.
Conversas entre Macau e Pete, ou Porsche e Pete sobre KimChay também interessantes, que nem sempre consigo trazer pra cá.
E uma compreensão melhor da ação da história que ficará mais densa.
P.s.: Eu ando pensando tanto no Pit e no Charlie, planejando tanta coisa boa pro casal, to louca pra escrever kkkk Eles são quentes kkk
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Sob Meu Domínio (KimChay) 2º TEMP.
Fanfic2º TEMPORADA EM ANDAMENTO Ele já tinha suportado demais essa birra do Porchay, não aguentava mais, ignorando-o por dias não importava o que fizesse. Ele entendia que estava errado, sabia de tudo isso, mas será que não poderia ter a chance de ao men...