Sob Meu Domínio (KimChay) 2º TEMP.

O cabelo de boyband?

--- KIM ---

Chego em casa muito mais tarde do que tinha planejado ou combinado com Chay, sei que vai estar chateado comigo, coço meus olhos já cansados por causa do dia longo, maquiagem e de tudo que tive que aguentar. Não foi um terço da turnê e estou exausto.

Chay está na cama, somente a luz do abajur ligada, ele não dormia com tudo apagado sem mim, passo direto pro banheiro sem olhá-lo para me livrar da roupa e tomar um banho quente. Quando entro me deparo com uma bagunça gigantesca, tem água e espuma em volta da banheira, toalhas jogadas no chão e, respiro fundo tentando controlar minha raiva, ele nunca tinha feito isso antes, será que demorar a voltar causou isso?

Tomo um banho bem quente no chuveiro, eu odiava banhos quentes, quando comecei a gostar ? CHAY. Saio e visto um pijama, pego uma toalha e caminho até a cama secando meu cabelo, ele estava abraçado com o urso e com a chupeta na boca sugando.

- Daddy. – Sussurra sonolento quando eu me sento. – Você chegou. – Ele se levanta meio cego e vem direto pro meu colo, o estabilizo para que ele não caia e aprecio enquanto se enrosca em mim. – Demorou, demorou muito. – Suas palavras são meio difíceis de compreender porque a chupeta ainda está na boca, eu sorrio.

- Desculpa, tive que cumprir com algumas coisas a mais. – Eu beijo sua cabeça e ele solta um som emburrado.

- Eu fiquei sozinho, não voltou pro jantar, nem pro banho, nem pra hora de dormir. – Sussurra contra mim e solto uma risadinha, era engraçado como antes ele odiava admitir que gostava do meu cuidado e agora exigia minha presença, eu amava aquilo.

- Acho que fez um bom trabalho. – Acaricio suas costas. – Eu vi o cartão, pediu uma porrada de besteiras. – Falo em seu ouvido e ele ri.

- Eu fiz bagunça no banheiro, Daddy. – Aquilo me surpreende, é a sua forma de falar que me atinge diferente, ele está apreensivo. – Não foi de propósito, não foi porque não estava aqui... Eu só estava... – Ele respira fundo.

- O que? – Pergunto curioso, brinco com o seu cabelo e desvio o olhar lhe dando privacidade.

- Brincando. – Ele sussurra. – É que não tinha nada para fazer, eu não posso molhar o Wik, e...

- Entendi. – Seu olhar sobe pra mim e ele se encolhe. – Quer me dizer algo Chay? – Lhe ofereço um sorriso.

- Eu gostei de ver o Mitt no hospital, a liberdade dele, o jeito que ele encara isso, eu sinto que... Estou no age, mas... Nunca tentei brincar, ou desenhar, ou qualquer coisa assim. E eu quero. Só que tenho vergonha. – Ele fala tão baixinho que é quase difícil de entender, eu nem sei em qual momento se livrou da chupeta.

- Você brinca com meu cabelo na cama, e com a espuma na banheira, você joga no celular e vê muito desenho. – Chay arregala os olhos pra mim. – Você já fazia muitas coisas, só tinha que perceber que queria fazer para que pudesse se abrir para o resto.

- Você... – Ele sussurra.

- Amor, eu sou seu Daddy e seu Dono na nossa dinâmica, e posso te mandar fazer muita coisa, mas nunca algo que não está pronto. – Beijo sua testa. – Eu forcei a barra com a chupeta e mesmo usando levou meses para sugar da forma correta. – Ele fica vermelho e esconde o rosto no meu peito. – Não faça assim... Estamos conversando tão abertamente hoje. – Beijo sua cabeça e ele ergue seu olhar de novo.

- Eu sentia medo... – Ele sussurra. – De... Me ver de forma diferente.

- Até parece Chay, não importa o que aconteça, eu te trouxe pra esse mundo e você se identificou, tem ideia de quanto aprecio isso? – Distribuo beijos pelo seu rosto e ele solta uma risada.