Sob Meu Domínio (KimChay) 2º TEMP.

Ciúmes

---CHAY---

Eu fico paralisado por alguns segundos tentando entender o que aconteceu, abro e fecho a boca algumas vezes, enquanto Pete me olha engraçado.

- Você fez algo com Kim? – Franzo a sobrancelha.

- Você queria que eu fizesse? - Pete sorri, e eu não sei o que responder, até pouco tempo eu o odiava, mas agora eu me sinto completamente diferente. Pelo menos me sentia, até ele me trancar aqui de novo, como se eu fosse um brinquedo que ele pode botar no armário quando quer...

- Um pouco. – Dou de ombros e Pete joga a cabeça para trás rindo.

- Acho que estava mesmo precisando de outras companhias... – Ele encosta no batente da porta, e por um momento observo a situação estranha, ele pensa que o Kim me mantém trancado o tempo todo? Passo a mão pelo cabelo.

- O que está fazendo aqui? – Ele está desarmado, então não é nada que efetivamente ofereça perigo.

- Porsche me mandou com Vegas para conferir se estavam bem, e uma missão. – Ele sorri. – Falamos disso depois, quer dar uma volta lá fora?

Eu assinto, e caminho em sua direção e ele me dá espaço pela porta. – Ele não me mantém preso aqui. – Falo baixo, simplesmente me importo com o que ele pensa, e não consigo entender porque, nós caminhamos juntos em direção a sala.

- Ah eu imagino... As fofocas corriam na mansão, fiquei sabendo de muita coisa. – Ele me olha torto, tentando guardar o sorriso, e eu arregalo os olhos ficando vermelho, quando ele percebe isso cai na gargalhada. Eu rio também e é bom finalmente estar com alguém que não tem toda aquela tensão no ar.

- O que ficou... acho que não quero saber... – Fico cada vez mais vermelho, odeio a ideia de ter aqueles 300 funcionários conversando sobre a minha vida sexual, acho que nunca me senti tão exposto.

- É melhor não, gatinho... – Isso me deixa com mais vergonha, o que me faz levar a mão ao rosto, e Pete cai na risada novamente, nós entramos na sala e a risada se dissipa. Kim está sentado, com as pernas cruzadas e as línguas na bochecha, passa a nos encarar no momento em que entramos, e me olha estranho. Vegas, por outro lado, me fuzila com os olhos, o que me faz engolir em seco, seus braços estão cruzados e a mandíbula travada.

Eu fico meio em pânico quando Pete passa a mão pelo meu ombro. – Nós não íamos caminhar lá fora? Os meninos parecem ter mais o que conversar... – Eu assinto e o sigo.

- Baby? – Kim me chama ficando em pé, e eu me viro para ele.

Eu olho para ele. – Não estou com paciência para você. – Volto a passar o braço com Pete.

Caminhamos até embaixo de uma árvore e nos sentamos, analiso um pouco Pete, nós nos aproximamos bastante depois que descobri tudo sobre as famílias, minha mãe e tudo mais. Ele era o melhor amigo do Porsche, e quando meu irmão ficou ocupado, eu estive lá por Pete, o ajudando com Vegas, apesar de que acordado ele era bastante assustador.

-Vegas ainda te assusta... – Seu sorriso era brilhante, eu tinha a impressão de que ele gostava muito do tom imponente de Vegas.

- Desde que ele ajudou naquele sequestro, mas sei lá, ele é bem... assustador. – Eu falo baixo olhando para a casa, e ele ri, quando joga a cabeça para trás eu olho bem para ele e arregalo os olhos. – Pete! Seu pescoço... – Quase grito, ele pula em cima de mim e tapa minha boca com a mão.

- Shii! – Ele continua rindo. – Está tudo bem. – Ele tira sua mão, mas continua próximo de mim. – Não é nada demais.

- Mas, o que foi isso? – Pergunto preocupado...