Capítulo 29 - Declaração de guerra

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Estou em casa

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Estou em casa. Na casa dos meus pais. Mas também é como se eu não estivesse aqui. Nunca me senti assim antes, é uma sensação estranha como se eu não fosse eu. Passei a vida toda sozinha, nunca tive irmãos ou qualquer um que fosse próximo a mim, como minha mãe foi. E agora, do nada, um bebê. Meu Deus. O que eu vou fazer? Nunca mais vai ser só eu? Vou ter que dividir tudo e ser "tudo" para ele ou ela? E se eu não conseguir?

Eu estava deitada na minha cama imensa de lençóis caros e travesseiros importados, olhando para o teto do meu quarto, me perguntando que tipo de mãe eu seria. Não passava pela minha cabeça a adoção, nem como eu ia me sentir com o primeiro chute, os primeiros passos, ou o primeiro dia de aula. Nada daquilo que víamos em fotos de famílias felizes passava pela minha mente, a única coisa que ia e vinha sem parar era o medo de falhar.

Será que as mães falham com seus filhos?

— Senhorita? — Chamou do outro lado da porta.

Meu pai tinha ficado tão paranoico com a ideia de ser avô que até uma enfermeira particular tinha contratado. O lado bom é que ela me fazia companhia, já que ele mal ficava em casa, e o Nicholas deu um chá de sumiço desde o dia no hospital depois que descobriu a verdade sobre a minha lesão.

— Pode entrar. — Falo, me sentando.

— Preciso te examinar...

— De novo? Você saiu daqui não tem nem duas horas...

— Eu entendo, senhorita, mas preciso seguir o protocolo...

Ela coloca o medidor de pressão em mim.

— E quem fez esse seu "protocolo" foi o hospital ou meu pai?

Ela riu.

— Os dois! — damos, risadas juntas. — Prontinho, tudo certo...

— Obrigada...

— Volto mais tarde, okay? — Disse se afastando.

— Espera. É... você sabe me dizer se o Nicholas voltou no hospital? — Pergunto meio sem jeito, não querendo parecer estúpida.

— Não... ele não apareceu.

— Entendo... — Murmuro triste.

— Mas aquele garoto, o que você mostrou para os policiais no hospital no dia do seu depoimento, apareceu lá dois dias atrás.

— Está falando do Oliver? — Meu coração pula e minha testa enruga.

— Isso, foi esse o nome que me falaram. Oliver Parker!

— Mas por que a polícia chamou o Oliver no hospital?

O correto é na delegacia, não é?

— Ah, não, não! Ele não foi chamado lá, na verdade, os pais dele apareceram com ele na emergência, gritando por socorro. Parece que ele caiu da escada, ficou todo roxo e ainda quebrou os cinco dedos da mão.

Meu Professor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora