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Simone:


_Que noite_ sussurro ao me olhar no espelho.

Estou nua de frente para o mesmo, acabo de sair do banho quente nessa manhã de terça feira, olho novamente para meu ombro e nas marcas que ainda se fazem presente, ao fechar os olhos eu vou diretamente para aquela noite que tive com ela, e me sinto aliviada de que aquela loira tenha acreditado em mim.

_Que filha da puta você foi, Janja_ murmuro.

Eu já nem lembrava mais da existência dessa mulher, depois do que ela me fez eu esqueci dela e lhe deixei bloqueada de tudo, até a parceria que eu tinha com o irmão dela, eu cortei, qualquer coisa que viesse a me ligar nessa mulher, eu estava cortando, tamanho foi o ódio que tomei de Janja, e depois dessa que ela fez, ah, a odeio mais ainda com todas as minhas forças.

_Filha da mãe_ falo.

Sei que ela não agiu sozinha, eu sei que tem alguém por trás desse surgimento dela de repente na minha empresa, ainda mais para fazer aquilo que fez de se jogar em cima de mim quando a loira foi saindo do banheiro da minha sala, aquilo tudo foi armado, e assim que eu descobrir quem lhe ajudou com isso, eu não vou ter pena.

_Quem será uma hora dessas?_ murmuro quando a campainha toca.

Pego a minha toalha e enrolo em meu corpo, passo pelo meu quarto e desço até a sala, olho antes pelo olho mágico, chego até a pensar que poderia ser essa cretina, mas ela não sabe onde moro, e que nunca saiba.

_Bom dia mana, entre_ lhe dou passagem.

_Descobri_ ela diz ao passar por mim.

_Descobriu o quê exatamente Eli?_ fecho a porta.

_Quem estava por trás desse reaparecimento de sua ex_ me sento também.

_Quem foi o desgraçado ou desgraçada?_ seus olhos vem para meu ombro.

_O que foi isso no seu ombro?_ muda de assunto.

Sei que ela vai insistir, e eu tô doida para saber quem armou isso com Janja para tentar ferrar comigo, então decido contar à minha irmã o que aconteceu naquela noite, quando fui atrás da loira para explicar que tudo foi uma armação e não era verdade nenhuma sobre eu ser noiva daquela idiota da Janja.

_Que sexo selvagem foi esse hein?_ ela está incrédula.

_Apenas uma onça se transformando_ falo e sorrio.

_Então conseguiu domar essa onça?_ assinto.

_Ainda bem, não posso perdê-la_ digo.

_E não vai_ dou um leve sorriso.

Penso nessa situação que aconteceu, posso imaginar como ela tenha ficado ao ver a cena, ao ouvir aquilo dela, quanta coisa não passou em sua cabeça depois disso, e ainda acho que ela pensou que eu deva ter somente lhe usado, mas eu jamais faria isso com ela, com ela não, Soraya é uma jóia rara que eu encontrei e tudo que preciso fazer é cuidar dela.

_Agora me conte quem..._ eu ia falar.

_Rodrigo, seu ex funcionário, eles estão de casinho_ diz de uma vez.

_O quê Eli?_ pergunto surpresa.

_Isso aí_ quem está incrédula agora sou eu.

Me levanto do sofá e fico de pé no meio da sala, juro que se eu visse esses dois na minha frente agora eu mesma os mataria, mas isso não vai ficar assim, mas não vai mesmo, se acharam que iam destruir o que eu e Soraya estamos construindo, estão redondamente enganados.

Minha assistente Onde histórias criam vida. Descubra agora