Capítulo 31 - MINHA DOCE DIABA

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Oie!!!

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Oie!!!

Boa leitura!


CAPÍTULO 31

Amy Kent

As semanas seguintes passaram voando no hospital, sendo preenchidos por ferimentos de bala, atropelamentos, acidentes de carros, dores no peito, quedas, overdoses... E, uma cenoura enfiada em um lugar inusitado... naquele orifício onde o sol não bate.

O paciente da cenoura me contou ter escorregado em cima de uma sacola no chão, onde o legume se encontrava e, bom, o resto dá para imaginar. Acredite se quiser, mas essa não foi a primeira vez que alguém chegou ao PS com um objeto "escondido". E, como podem perceber não será o último, já atendi mulheres, homens, e pessoas de todos os gêneros com os mais diversos objetos.

— Entendo.

Foi à única palavra que consegui verbalizar, enquanto fazia o atendimento e encaminhando para o centro cirúrgico, onde um gastrologista, um proctologista cuidaria do caso.

Um novo dia, um novo plantão. A rotina do pronto-socorro, frenética e imprevisível, se desenrolava diante dos meus olhos. Foi durante um desses plantões que um homem chegou, pálido e suado, com um pedaço de madeira cravado nas costelas. O objeto, áspero e encardido, contrastava com a pele alva e esticada da vítima.

— Doutora, eu estava andando pela rua quando me choquei contra um poste de madeira. — A voz dele era fraca, entrecortada pela dor evidente.

Suava frio e se contorcia em busca de uma posição que aliviasse o sofrimento.

A história, no entanto, não me convenceu. As marcas em seu corpo, a angulação do ferimento, tudo indicava outra causa. Uma briga, talvez? Mas, como médica, meu papel era claro: salvar vidas, não julgar. A verdade, por mais dolorosa que fosse, poderia esperar.

— O senhor tem certeza de que foi um acidente? As marcas em seu corpo não coincidem exatamente com a história que me contou. — Após examinar o ferimento mais a fundo.

Paciente hesitando por um segundo e pediu:

— Doutora, por favor, só preciso que a senhora me ajude. A dor está insuportável. — Gemeu. — Não tem muito mais o que contar, doutora. Foi um acidente mesmo.

— Entendo a sua dor. Precisaremos fazer alguns exames para avaliar a extensão do ferimento e garantir que não haja danos internos. Enquanto isso, vou solicitar uma analgésica para aliviar essa dor. — comunique-o, após examiná-lo com cuidado.

— Obrigado, doutora — agradeceu com a voz fraca.

Contorcia-se na maca, tentando encontrar uma posição que aliviasse o sofrimento.

Chamei a enfermeira, Amanda, que era a minha escodeia e solicitei:

— Por favor, prepare uma ampola de morfina e leve o senhor para a sala de raio-X.

MINHA DOCE DIABA - Tyler ClarkOnde histórias criam vida. Descubra agora