Capítulo 10: O Laço Entre Destinos

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Seis meses haviam se passado desde o confronto na cabana. Seis meses de treinamento intenso e autodescoberta. Isabela me ensinou a controlar o fluxo do tempo de uma forma que eu jamais poderia imaginar, e cada dia que passava, eu me sentia mais poderosa – e mais assustada. O que eu era capaz de fazer transcendia qualquer coisa que eu acreditava ser possível, mas junto com essa nova força vinha um medo crescente de perder o controle.

Max desapareceu após aquela noite, mas sua presença continuava a rondar meus pensamentos, uma sombra que me seguia mesmo nos momentos mais tranquilos. Ele sempre esteve um passo à frente, e, de alguma forma, eu sabia que ele não tinha desistido. Ele estava apenas esperando o momento certo.

Naquele tempo, Caio e eu nos aproximamos de maneiras que eu não poderia prever. Ele sempre esteve lá para mim, um pilar de apoio em meio à tempestade que minha vida havia se tornado. Mas eu via a preocupação em seus olhos. Ele sabia que, por mais que estivesse ao meu lado, havia uma parte de mim que estava além do seu alcance. Parte de mim pertencia a algo muito maior – algo que eu ainda não compreendia completamente.

E então, tudo mudou.

Era uma manhã fria e nublada. O tipo de dia em que o silêncio parecia carregar um peso insuportável. Isa e eu estávamos praticando em um campo deserto, uma área isolada onde poderíamos testar meus limites sem atrair atenção. Havia uma tensão no ar, um presságio que eu não conseguia ignorar.

— Concentre-se, Luna — disse Isa, sua voz firme, mas paciente. — O tempo é um fluxo constante, mas você pode manipular pequenas partes dele. Foque naquelas folhas — ela apontou para uma árvore próxima, cujas folhas começavam a cair lentamente com a brisa — e desacelere seu movimento sem interromper o resto ao redor.

Fechei os olhos e estendi minha percepção até as folhas. Senti o tempo ao meu redor como uma corrente de água, fluindo constante, mas maleável. Com cuidado, toquei a corrente que afetava as folhas, desacelerando seu movimento. Quando abri os olhos, elas pairavam no ar, como se o vento as tivesse abandonado.

— Consegui — murmurei, maravilhada com o controle que finalmente estava adquirindo.

Isa sorriu, mas havia algo em seu olhar que indicava que ela sabia que eu estava longe de dominar tudo.

— Você está progredindo, mas o verdadeiro desafio será quando precisar usar isso sob pressão. Max não vai esperar que você tenha tempo de se concentrar. Ele vai atacar onde você é mais vulnerável.

Essas palavras me fizeram lembrar da noite na cabana. Ele havia prometido que voltaria, e algo dentro de mim dizia que estava mais próximo do que eu gostaria de admitir.

Naquele instante, o som de passos ecoou pelo campo, interrompendo meus pensamentos. Caio apareceu à distância, caminhando apressado em nossa direção. Pelo seu olhar, soube que algo estava errado.

— Temos um problema — ele disse assim que se aproximou, a respiração pesada como se tivesse corrido.

— O que aconteceu? — perguntei, sentindo o coração acelerar.

— Max. Ele foi visto perto da cidade. — As palavras de Caio caíram como uma bomba, e Isa e eu trocamos um olhar tenso. — Ele está reunindo seguidores, pessoas que acreditam nas suas ideias de controle total sobre o tempo. Ele não está mais sozinho.

Senti um frio no estômago. Max sempre foi perigoso, mas se ele estava formando um grupo, isso significava que seus planos estavam avançando. E que o tempo estava se esgotando para nós.

— O que faremos? — perguntei, minha mente já correndo por várias possibilidades. Não podíamos esperar que ele viesse até nós. Se Max estava tão perto, precisávamos agir.

Dunada voltei no tempo é ganhei super poderes Onde histórias criam vida. Descubra agora