Dunada voltei no tempo é ganhei super poderes

Capítulo 21: A Ascensão dos Caídos

A noite estava mais escura do que o normal. O vento soprava entre as árvores, trazendo um presságio de algo ruim. Desde que Kai revelou a verdade, todos no acampamento estavam nervosos, sabendo que o perigo estava mais perto do que nunca. Mas ninguém estava preparado para o que estava por vir.

Samira caminhava pela floresta, tentando acalmar a mente. O beijo com Noah ainda estava fresco em sua memória, e ela se perguntava se deveria ceder aos sentimentos que estavam crescendo dentro dela. De repente, um barulho estranho a fez parar.

Uma sombra se movia entre as árvores, rápida e silenciosa demais para ser humana. Instintos aguçados pela sobrevivência a colocaram em alerta. Algo não estava certo. Ela se agachou, pronta para enfrentar qualquer ameaça.

Antes que pudesse agir, a criatura apareceu. Era alta, com pele pálida e olhos vermelhos brilhantes. As garras eram longas e afiadas, e seus dentes pontiagudos brilhavam sob a luz da lua.

— Quem... ou o que... é você? — Samira sussurrou, sentindo o perigo à sua frente.

A criatura não respondeu com palavras, mas com um grito alto que fez as árvores tremerem. E, de repente, mais criaturas surgiram da escuridão, cercando Samira.

Seu coração acelerou, mas ela não era do tipo que recuava. Com suas armas em mãos, preparou-se para lutar, mas algo estranho aconteceu. Quando estava prestes a avançar contra a primeira criatura, sentiu uma onda de poder subir pelo corpo. Um calor intenso percorreu suas veias, e, sem aviso, uma energia profunda emergiu de dentro dela.

O chão começou a tremer, e raízes das árvores saíram da terra como serpentes. Samira olhou para suas mãos, assustada. Ela não estava controlando aquilo, mas de alguma forma, o poder da natureza estava respondendo ao seu chamado.

As criaturas tentaram escapar das raízes, mas Samira sentiu o controle crescer. Com um movimento das mãos, as raízes apertaram as criaturas com força, esmagando-as até que não restasse nada. A floresta ficou em silêncio novamente, e Samira, ofegante, caiu de joelhos.

O que havia acontecido? De onde vinha aquele poder? Ela sempre soube que sua conexão com a natureza era forte, mas nunca assim. Algo dentro dela havia despertado, algo que ela mal conseguia entender.

Antes que pudesse pensar mais sobre o que aconteceu, Noah e Alana apareceram correndo pela trilha, atraídos pelo barulho.

— Samira! Você está bem? — Noah perguntou, preocupado. Ele olhou para os restos das criaturas no chão, surpreso. — O que aconteceu aqui?

Samira olhou para ele, ainda tentando recuperar o fôlego.

— Eu... não sei — ela disse. — Algo dentro de mim mudou. Eu consegui controlar as raízes, a floresta... mas não sei como.

Alana se aproximou, observando tudo com atenção. Como uma sensitiva, ela percebeu a mudança na aura de Samira.

— Esse poder... é muito mais antigo do que qualquer coisa que já vimos — disse Alana, concentrada. — Não é só sua conexão com a natureza. É como se algo estivesse te chamando, algo maior.

Noah segurou a mão de Samira, ajudando-a a se levantar.

— Seja o que for, você não está sozinha nisso — ele disse com um sorriso. — Vamos descobrir juntos.

Samira assentiu, mas antes que pudessem conversar mais, Kai apareceu, com uma expressão séria.

— Eles estão aqui — disse Kai, em um tom urgente.

— Quem está aqui? — Alana perguntou.

— Os Caídos — respondeu Kai. — Eles vêm do vazio entre o tempo e o espaço. Estão atrás de você, Lucas e Samira. E não vão parar até conseguirem o que querem.

De volta ao acampamento, Lucas sentiu uma presença pesada. Algo estava errado. Ele olhou para Gabriel, que também estava alerta. Sem dizer uma palavra, sabiam que o inimigo estava perto.

De repente, uma explosão de energia atingiu o acampamento, jogando todos ao chão. Quando a poeira baixou, uma figura alta e imponente apareceu no meio das ruínas. Era um homem, ou algo parecido, com olhos vazios e pele pálida, como se fosse feito de puro vazio.

— Eu sou Malthus, líder dos Caídos — disse a criatura com uma voz fria. — Viemos para reivindicar o que é nosso.

Lucas se levantou lentamente, sentindo a pressão da energia de Malthus. Ele podia sentir o poder da criatura, algo antigo e perigoso. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro dele reagia, como se seu próprio poder estivesse crescendo.

— Você não vai levar nada daqui — Lucas respondeu, tentando se manter calmo. — Se vieram atrás de nós, terão que nos enfrentar.

Malthus sorriu, um sorriso vazio e cruel.

— É o que eu espero.

Lucas sentiu uma explosão de energia dentro de si, mas não era a escuridão que ele temia. Era algo novo, algo que o fazia sentir mais forte. O tempo ao seu redor começou a desacelerar, e ele percebeu que estava começando a controlar o fluxo temporal com mais precisão.

Mas não era só ele. Alana, Noah, Samira, Gabriel e Kai sentiram a mudança em seus próprios poderes. O poder estava crescendo dentro de todos, como se o confronto iminente estivesse despertando forças ocultas.

— Nós temos que lutar juntos — disse Kai, olhando firme para Malthus. — Eles querem romper as barreiras entre as realidades. Não podemos deixar isso acontecer.

Lucas, agora mais confiante, olhou para seus amigos. Eles estavam prontos, e pela primeira vez, ele sabia que poderiam vencer. O que quer que viesse, enfrentariam juntos.