Dunada voltei no tempo é ganhei super poderes

Capítulo 40: O Eco do Equilíbrio

Após a renúncia de seus poderes no templo ancestral, o grupo de heróis retornou para o mundo que ajudaram a salvar. Sem suas habilidades elementares, eles agora eram pessoas comuns, vivendo em um mundo que havia sido renovado pela harmonia que haviam restaurado. No entanto, a paz que sentiam era frágil, como se algo ainda estivesse por acontecer.

O céu, que até então havia sido claro e limpo desde a derrota da entidade, começou a se tornar escuro novamente, e o vento, outrora calmo, trazia uma sensação de inquietude.

O Último Presságio

— Alguma coisa está errada — disse Ethan, olhando para o horizonte. Ele sentia o ar pesado ao seu redor, e mesmo sem seus poderes de controlar o vento, sabia que o clima estava mudando de forma anormal.

Nalia, ao seu lado, concordou. — O ciclo não deveria estar completo? O equilíbrio foi restaurado… então por que parece que estamos sendo puxados de volta ao caos?

Kael, sempre racional, sugeriu: — Talvez o sacrifício que fizemos no templo tenha trazido consequências que não previmos. Ou talvez haja algo que ainda não entendemos sobre os elementos.

Lucas, que desde o início tinha sido o líder espiritual do grupo, refletiu em silêncio antes de falar. — Lembrem-se do que Aleron disse: o ciclo foi quebrado, mas o equilíbrio precisa ser mantido por aqueles que o compreendem. Mesmo sem nossos poderes, talvez ainda sejamos os guardiões de algo maior.

O Retorno à Origens

Decididos a entender o que estava acontecendo, o grupo fez uma jornada de volta ao vale de Erathor, onde tudo havia começado. Sentiam que as respostas estavam ligadas ao lugar onde enfrentaram a entidade sombria, e onde Aleron havia se sacrificado.

Ao chegarem ao vale, o que viram os surpreendeu. A estátua de Aleron, que havia sido erguida em sua homenagem, estava rachada, e uma estranha energia emanava dela. O chão ao redor da estátua estava manchado por uma sombra crescente, algo que os fez perceber que, apesar de sua vitória sobre a entidade, uma parte da escuridão ainda permanecia.

— Aleron... — sussurrou Nalia. — Ele não conseguiu selar tudo. Há um resquício da entidade ainda preso aqui.

Antes que pudessem reagir, uma voz familiar ecoou ao redor deles. "Vocês acharam que podiam me destruir completamente?" A voz da entidade era mais fraca, mas ainda estava lá, escondida nas rachaduras do mundo que eles haviam tentado salvar.

O Renascer do Caos

— Vocês lutaram bravamente, mas enquanto o medo, a raiva e o desequilíbrio existirem dentro de vocês e do mundo, eu também existirei. — A entidade, embora mais fraca, ainda mantinha parte de seu poder, e estava determinada a se reerguer.

O grupo sentiu um calafrio. Sem seus poderes elementares, estavam vulneráveis. Como poderiam derrotar algo tão primordial sem a força que uma vez possuíram?

— Não podemos lutar contra isso como fizemos antes — disse Lara, com uma expressão de desespero. — Estamos indefesos.

Foi então que Lucas, sempre o pensador do grupo, percebeu a verdade. — Não precisamos lutar. A entidade se alimenta dos desequilíbrios dentro de nós e do mundo ao nosso redor. Se quisermos vencê-la de vez, precisamos nos purificar. Precisamos nos confrontar.

A Jornada Interior

Cada membro do grupo sabia o que isso significava. Não era uma batalha externa que teriam que travar, mas uma batalha interna. As sombras que restavam no mundo eram um reflexo dos medos e arrependimentos que cada um deles ainda carregava.

— A entidade está presa a nós — disse Kael, com um olhar sombrio. — Enquanto não enfrentarmos nossas próprias sombras, ela sempre encontrará um caminho de volta.

Então, ali no vale de Erathor, os heróis se sentaram em um círculo ao redor da estátua de Aleron e começaram o processo de introspecção. Cada um mergulhou profundamente em sua própria mente, confrontando os medos e dúvidas que os assombravam desde o início de sua jornada.

Nalia enfrentou seu medo de fracassar, de não ser forte o suficiente para proteger aqueles que amava. Lucas confrontou a culpa que carregava por não ter salvado mais vidas durante a guerra. Ethan lidou com o medo da solidão, e Lara com o peso de ser a esperança de seu povo. Kael e Farion, cada um à sua maneira, enfrentaram seus próprios demônios, o medo de perder quem amavam e a dúvida sobre seu lugar no mundo.

O Sacrifício Final

Conforme cada um deles enfrentava seus próprios desequilíbrios, a sombra ao redor do vale começou a enfraquecer. A entidade, percebendo que estava perdendo seu poder, gritou em desespero. "Vocês não podem me derrotar! Eu sou parte de vocês!"

— Talvez você tenha sido, uma vez — disse Nalia, seus olhos brilhando com determinação. — Mas não mais.

Quando o último dos heróis se libertou de seus medos, a estátua de Aleron brilhou com uma luz intensa, e a sombra da entidade foi finalmente dissipada. O ciclo estava completo, e o equilíbrio, agora livre de influências externas, foi restaurado de forma definitiva.

O Fim de uma Era

Ao se levantarem, o grupo sentiu uma leveza que não haviam sentido desde o início de suas jornadas. A luta, tanto interna quanto externa, finalmente havia terminado. Sem seus poderes elementares, mas com corações purificados, eles sabiam que poderiam seguir em frente.

— Aleron nos mostrou o caminho, mas fomos nós que escolhemos segui-lo — disse Lucas, sorrindo. — Agora, o mundo é nosso para viver, e não para proteger.

Com a entidade derrotada de vez, o grupo partiu do vale de Erathor, prontos para recomeçar suas vidas. Sabiam que os próximos desafios que enfrentariam não seriam mais sobre salvar o mundo, mas sobre viver nele de forma plena, com a paz que tanto haviam lutado para conquistar.

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