18. Megan

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                    Ian me guiou até uma sala afastada da cozinha em que seus pais estavam

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                    Ian me guiou até uma sala afastada da cozinha em que seus pais estavam. Respirei fundo porque sabia o que estava por vir... e eu não queria mentir. Depois de anos eu precisava por para fora o que eu guardava, o que afastada Ian de mim. O que me fazia acordar de madrugada suspirando e me culpando. Mas será que a culpa era verdadeiramente apenas minha?

- Diga - ele disse, se sentando em uma poltrona enquando eu permanecia em pé.

- Na verdade não sei por onde começar, Ian...

- Que tal começar pela parte que você me conta que tirou meu filho? - ele despejou em cima de mim, como se soubesse verdadeiramente toda a verdade... como se estivesse lá o tempo todo.

- Não faça isso, Ian - falei, segurando minha raiva.

- Fazer o que, Scarlet? - ele respondeu deixando sua raiva um pouco mais aparente.

- Não faça isso... não fale como se você soubesse o que ocorreu... como se fosse o dono da verdade. Como se estivesse estado lá o tempo todo! - tentei o máximo falar baixo e não chamar a atenção.

- Eu quis, Scar, não se lembra? Eu fiz de tudo para estar com você! Você me deu o fora, você me deixou por fora de tudo!

Eu estava cansada de ser taxada de culpada, de todos jogarem suas frustrações em mim, de todos ignorarem a dor que eu senti e so olharem para as deles. Eu também sofri e sofro... na verdade, sofri mais que todos. Eu passei por tudo sozinha, eu aguentei tudo... eu me reergui sem ajuda de ninguém.

- Não ouse falar o que você não sabe! Eu fiquei com o bebê, eu o amei antes mesmo dele nascer! Eu não contei porque sabia o quanto você queria ser o que você é hoje! E você JAMAIS seria isso se eu tivesse dito que teríamos um bebê aos 17 anos!

- Eu teria ficado com você... - ele tentou dizer.

- Eu sei! - respondi, rapidamente, não deixando ele completar, porque não queria ouvir. - E isso teria acabado com seu sonho, Ian! Teria acabado com a gente! Eu jamais me perdoaria por ter acabado com seu sonho... você sempre quis ser... isso! E... e com um bebê, uma mulher aos 17? Ian... isso é impossível para qualquer pessoa, imagina uma que faz faculdade e tenta entrar na NFL? Eu jamais me perdoaria por você não realizar tudo isso...

- A escolha não era sua, Scarlet - ele respondeu se levantando e indo em minha direção, ficando cara a cara comigo. - Eu teria escolhido você. Vocês.

Sua mão foi até meu cabelo e levou uma mecha até atrás da orelha, prendendo-o. Deixei as lágrimas caírem e fechei os olhos com força.

- Eu escolhi por você. Fiz o que julguei ser correto. Mas nunca ache que eu tirei o bebê. Não fiz isso, Ian. Eu ia levar até o fim. Estava disposta a criá-lo sozinha.

- Era um menino? O que aconteceu? - Ele perguntou pondo as mãos ao lado da minha cabeça, segurando-a.

- Não quero falar sobre isso, Ian. Não gosto de lembrar... só queria que soubesse que não foi uma escolha minha o que aconteceu com o bebê. Eu ia ficar com ele.

Ian deixou as lágrimas caírem e me encarou, se aproximando mais. Meu coração acelerou e eu agarrei seus cotovelos. Poderia ter se passado 4 anos, mas meus sentimentos ainda eram os mesmos. Eu me sentia a mesma adolescente que viu Ian a primeira vez... sentia o mesmo fogo... e vendo-o tão perto eu não sabia se conseguiria me segurar.

- Scar... eu sinto muito. Fiquei com raiva no começo mas eu sempre soube que você jamais faria algo... ruim. Era uma parte sua. Minha. Nossa. Eu só queria ter estado com você.

- Ian... - não haviam mais palavras, eu só queria mostrar para ele como eu senti sua falta. Como foi ruim ficar tanto tempo longe... talvez pudéssemos retomar de onde paramos. Talvez...

Não deu tempo dos meus pensamentos me consumirem mais, Ian se aproximou mais e colou os lábios nos meus. Estavam quentes e macios, como eu me lembrava.

Entreabri os lábios um pouco mais e deixei que sua língua encontrasse a minha, parecia que havia sido ontem nosso último beijo, porque não mudara nada.

Nosso beijo se intensificou, ficou mais molhado e eu não pude deixar de descer minha mão até o fecho de sua calça jeans... fazia tanto tempo...

Ele correspondeu, abaixou as alças da minha blusa, deixando meu sutiã a mostra. Ele se afastou um pouco, parando o beijo, apenas para descer a mão até o feixo do meu sutiã e abri-lo, deixando meus seios a mostra.

- Meu Deus... eles estão maiores - ele disse lambendo os lábios e com a voz rouca. Desceu um pouco a cabeça e deu um beijo em cima de cada seio. - Você continua linda, Scar. Mais linda do que eu me lembrava.

Ele segurou minha cabeça e me beijou mais uma vez, mais suave, com mais carinho... mas a urgência ainda estava ali. Ele me abraçou e passou a mão por todo meu corpo. Tenho certeza que soltei um ou dois gemidos... era impossível segurar.

Abaixei a cueca boxer que ele usava e segurei seu membro duro... ele gemeu no meu ouvido, me pegou pela cintura e me pôs em cima da mesa de sinuca que eu nem havia reparado que estava ali.

- Ian - tentei dizer - vão ver a gente....

- Não vão, - respondeu ele desabotoando minha calça e descendo junto minha calcinha. - Não vão, Scar... eu preciso de você. Todos esses anos foram uma tortura! Você não sabe quanto eu sonhei com isso... quanto eu quis... você de novo... Scar... eu... eu...

- Ian... - não deixei ele terminar, puxei ele para junto de mim, mesmo suando, sem saber direito o que fazer, Ian pôs seu membro dentro de mim de uma vez, sem cerimônia, sem aviso... no começo senti uma pequena pontada, afinal, fazia tanto tempo, porém logo me acostumei e o prazer me invandiu. Chamei seu nome novamente, sem ter noção se estávamos fazendo muito barulho. Tudo que me importava era o agora.

- Scar... ah... como eu sonhei com isso... como senti sua falta - enquanto falava, Ian estocava em mim sem parar, passando de delicado a rápido em poucos segundos... não me importei, eu estava molhada, sedenta por ele. - Não vou me segurar muito mais...

Não tinha problema, porque eu também não ia.

- Não para, Ian! - falei em seu ouvido. - Eu vou gozar!

Não demorou muito para ele gemer e eu sentir um um líquido quente escorrer por minhas partes íntimas, não deu muito tempo e eu atingi meu clímax, como já não fazia a... quatro anos.

Ian beijou todo meu rosto e sorriu, não pude evitar sorrir também. Por alguns momentos tudo parecia... certo.

- Ian! - ouvimos uma batida na porta e rapidamente tratamos de nos vestir. Era a mãe de Ian.

Ele me ajudou a descer da mesa, abotoando meu sutiã e pondo de volta minha calcinha e calça. Pôs meus cabelos atrás de meu ouvido e me deu um beijo rápido na testa, como fazia antigamente, sorrindo logo depois.
Aquele era Ian. Cuidando de mim...

- Ian... - a mãe dele chamou de novo, mais baixo dessa vez. - seja lá o que estejam fazendo é melhor se apressar... Megan está aqui.

Escutei Ian pragueijar baixinho... apesar do frio em minha espinha ousei perguntar:

- Quem é Megan? - Ian me encarou com os olhos sofridos mas não me respondeu. - Quem é Megan? Ousei perguntar de novo.

Vi a dor nos de Ian e doeu ainda mais quando ele respondeu:

- É minha noiva.

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