As línguas se encontravam com fervura, com ansiedade, com sincronia enquanto as garotas estavam naquela cama. Haviam passado a manhã inteira se beijando e só pararam para o almoço, realização da higiene bucal e logo voltaram para a cama de Sana, voltando a se enroscarem uma na outra.
— Sua pele é tão macia... — Jihyo murmurou, acariciando a pele da barriga de Sana por baixo da camisa. A maior resfolegou e arrastou as unhas da mão esquerda na nuca de Jihyo.
— Está calor aqui ou é só impressão minha? — Sana perguntou, vendo o sorriso de Jihyo se abrir. Seus olhos analisaram a vermelhidão dos lábios da menor e o inchaço e presumiu que os seus não deveriam estar diferentes.
— Muito calor. — Jihyo replicou, descendo a mão que estava na barriga de Sana para as costas dela, apertando a carne da região com vontade. Sana sentia seu coração bater acelerado contra seu peito enquanto apertava com a mão livre a bunda de Jihyo, já que a menor estava por cima dela.
— Caralho, garota... — Jihyo murmurou em um quase gemido. — Não me provoca desse jeito.
— Provoco sim. — Sana disse, soltando uma risadinha provocante. — Se está aqui há três anos e nunca ficou com ninguém... — Ela sussurrou, arrastando os dentes no pescoço de Jihyo antes de deixar um beijo provocante contra sua pele. — Deve estar sedenta por sexo...
— Na verdade não. Me acostumei. — Jihyo respondeu e Sana arqueou uma sobrancelha.
— Você vai gozar tão rapidinho... — Sana falou, distribuindo beijos pelo pescoço de Jihyo. — Tão gostoso...
— Sana... — Jihyo gemeu baixinho sentindo sua respiração pesar ainda mais. — Para de provocar. — Pediu. Gemeu um pouco mais alto quando sentiu a perna esquerda de Sana pressionar sua intimidade. Jihyo olhou para além das grades apenas para ver se ninguém olhava ou se não havia policiais.
— Que tal a gente colocar aquele lençol nas grade, hm? — A maior provocou e Jihyo segurou suas duas mãos, as prendendo ao lado de sua cabeça enquanto distribuía beijos pela clavicula de Sana.
— Você quer mesmo transar com uma praticamente desconhecida? — Jihyo perguntou e Sana riu.
— Ah! Como eu quero! — Sana proferiu, mordendo o lábio inferior ao sentir uma mão de Jihyo descer para seu seio, por cima da camisa, antes de apertá‐lo com carinho.
— É uma pena então você precisar ir trabalhar com a médica. Jihyo falou, dando um demorado selinho em seus lábios antes de se sentar na cama. Está na hora de você ir, Sana. — Sana abriu a boca sem reação.
Realmente precisava ir, mas se via em uma situação complicada onde sua calcinha estava encharcada e sua intimidade pulsando devido à troca de carícias quentes com Jihyo.
— Argh! Inferno! — Sana vociferou, se sentando atrás de Jihyo antes de envolver os braços ao redor de seu corpo. — Não quero ir. — Sana choramingou, distribuindo beijos pelo pescoço de Jihyo até chegar no lóbulo de sua orelha. — Mas preciso. — Sussurrou, fazendo Jihyo assentiu.
— Eu sei. — Jihyo disse e Sana suspirou.
— Desculpe. — Sana pediu fazendo uma careta.
— Não se preocupe. Temos mais alguns meses dentro dessa cela. — Jihyo disse sorrindo compreensiva e Sana assentiu, se levantando.
— Pode me responder algo que esqueci de perguntar? — Sana indagou e Jihyo a fitou, esperando sua pergunta. — Como sabia que Jeongyeon me disse que você não gosta de encarar? — Perguntou.
E lá estavam as perguntas cujas quais Jihyo não queria responder. A verdade é que Jihyo não teria problemas em responder as perguntas de Sana, entretanto, eram demasiadas perguntas e, como Jihyo sabia que Sana era inteligente, tinha medo de ela ir encaixando o quebra-cabeça.
Sana não parecia alguém que traria problemas para Jihyo, mas e se descuidadamente ela contasse para alguém? Jihyo tinha mais dois anos ali e sabia que se soubessem a verdade ela passaria a apanhar todos os dias até sair finalmente daquele inferno.
— Ela é minha amiga. Me conhece e sabe que é verdade. — Jihyo respondeu friamente, lendo no olhar de Sana que ela não havia engolido aquela história.
— Sabe, eu queria mesmo saber porque você se importou em me proteger. — Sana comentou e Jihyo assentiu, umedecendo os lábios antes de se levantar e ficar cara a cara com Sana.
— Já conversamos sobre isso. — Jihyo falou e Sana colocou um bico triste em seus lábios, abraçando a cintura de Jihyo.
— Você disse que eu sou destemida como sempre. Seja sincera... Você me conheceu fora daqui? — Sana perguntou e Jihyo riu da insistência da maior.
Responder aquilo não seria problema, mas quanto mais peças Jihyo entregava à Sana, mais visível ficaria a imagem toda.
— O que eu faço com você, hm? — Jihyo perguntou rindo e Sana sorriu amplamente.
— Eu tenho um leque de sugestões... — Sana disse sugestivamente, alçando as duas sobrancelhas.
— Você vai se atrasar. — Jihyo disse, sentindo Sana dar de ombros.
— Por favor, por favorzinho, Jihyo. — Sana insistiu. — Só responde sinceramente a minha pergunta.
— Que pergunta? — Se fez de desentendida e recebeu um tapa na bunda acompanhado de uma expressão séria de Sana.
— Você me conheceu fora daqui? — Jihyo suspirou e finalmente se deu por vencida.
— Sim, Sana. — Jihyo disse. — Mais ou menos, na verdade.
— Como assim? — Sana perguntou confusa.
— Bem, nós nunca fomos apresentadas. — Jihyo explicou e Sana sorriu.
— Sabia! Eu teria me lembrado desses olhos. — Sana disse em um flerte e Jihyo sorriu.
— Agora vá. — Jihyo disse empurrando sutilmente Sana, que se segurou mais em Jihyo, negando com a cabeça.
— Só mais uma perguntinha... — Sana disse e Jihyo negou.
— Não, Sana! — Jihyo disse veemente.
— Por favor. — Sana insistiu. — Eu só preciso saber se você sabe sobre a minha, uh, condição financeira. — Sana perguntou e Jihyo lhe fitou.
— Sim. Sei que é podre de rica. — Jihyo assumiu e Sana a olhou confusa, se afastando um pouco dela. — O que foi?
— Na‐nada. — Sana respondeu com uma expressão decepcionada no rosto.
— Então por que está me olhando assim? — Jihyo perguntou confusa.
— Eu sei que, pelo pouco que eu conheço de você, não parece que seja, mas, uh, por favor não se ofenda...
— Fala logo! — Jihyo exigiu.
— Você me proteger ou, uh, ficar comigo não teria nada a ver com meu... meu dinheiro, não é? — Jihyo a olhou friamente, se afastando dela. — Não me interprete mal, eu só não sei nada sobre você, mas ainda acho que o dinheiro não tenha influenciado você a...
— Dê o fora daqui! — Jihyo não gritou, porém sua fala fora rude ao ponto de Sana ter se sentido extremamente mal.
— Eu não quis...
— Você realmente é estúpida ao ponto de perguntar a alguém se ele está interessado no seu dinheiro? Que tipo de pessoa responderia "sim"? — Jihyo se exaltou e Sana se encolheu. — Vá atrás daquela médica, Sana. Sai! — Jihyo disse irritada e Sana negou.
— A cela também, uh, é minha. — Falou. Queria se desculpar com Jihyo, falara sem pensar. Só queria descobrir o motivo de ela ajudá-la sem querer nada em troca.
— Ótimo. Então fique aí com ela. — A menor falou, se desviando de Sana para submergir no corredor. A maior suspirou, sabendo que precisava ir até a enfermaria, mas também estando ciente de que fora um completa idiota infeliz em sua pergunta.
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Presa por acaso - sahyo
FanfictionO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Minatozaki Sana não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o m...