cap. 27

340 43 20
                                    

Sana havia procurado Jihyo por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Jihyo.

A menor estava entretida com alguns novo livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A maior respirou fundo e arrumou a postura.

— Toc Toc? — Ela disse e Jihyo ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. — Podemos conversar?

— Claro. — Jihyo disse sorrindo de canto e Sana se sentou em sua cama.

— Por que se senta no chão? — Sana perguntou.

—  Não gosto de usar sua cama sem permissão.

— Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. — Sana falou e Jihyo assentiu.

— Obrigada. — Disse. A maior umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Jihyo permanecera no chão.

— Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Nayeon disse. — Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Jihyo estacou no lugar.

— Não precisamos. — Jihyo disse e Sana assentiu.

— Sim, eu sei, mas eu quero. — Ela falou e Jihyo abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.

— Pois bem, diga. — Jihyo disse e Sana fez uma careta.

— Isso está estranho. — Sana falou e Jihyo ergueu seu rosto, fitando-a.

— Demorou para perceber. — Jihyo disse e logo umedeceu os lábios. — Eu disse que era melhor mantermos a distância e...

— O quê? — Sana perguntou e logo riu. — Não. Não me refiro a nós. — Falou, se sentando no chão ao lado de Jihyo.

— E então? —  A menor indagou.

— Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. — Ela falou, retirando os livros do colo de Jihyo para então se sentar sobre ele. —  Gosto de ficar pertinho assim. — Falou com doçura e Jihyo sorriu timidamente.

— Gosta? — Questionou e Sana assentiu.

— Gosto muito. — Confessou e Jihyo sentiu suas mãos começarem a suar. — Jihyo, eu acho, uh... Não! não acho... Eu sei... — Se corrigiu. — Que eu estou...

— Nayeon ficou lá fora sozinha? —  A menor indagou e Sana ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.

— Eu estou apaixonada por você. — Sana disse, não dando espaço para Jihyo mudar de assunto. — Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. — Jihyo se remexeu inquieta embaixo dela.

— Você não deveria, Sannie. — A voz de Jihyo não passou de um sussurro e Sana comprimiu os lábios, assentindo.

— É... Eu não deveria, eu sei. — Falou. — Mas me apaixonei. O que posso fazer?

— Tentar se afastar de mim. —  Jihyo disse, abaixando os olhos. — Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.

— Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. — Sana disse veemente ao separar-se do beijo casto. — Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.

— Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? — Jihyo indagou e Sana riu graciosamente, assentindo.

— Sim, mesmo gostando de conversar com ela. — Sana disse e Jihyo a fitou.

— Não precisava ter me dito isso. — Jihyo falou e Sana sorriu.

— Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. — Sana confessou e Jihyo franziu os olhos.

— Duvido.

— Não duvide de mim. — Sana falou. — E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. — O coração da menor bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. Sana dizia a ela algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. — Inclusive ela acha que você é muito linda e que eu tenho bom gosto.

— Jura que falou para ela de mim? — Jihyo perguntou e Sana assentiu.

— Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? — Sana perguntou brincando e Jihyo riu, negando.

— Não deveria ter ciúmes de ninguém, Satang. — Jihyo falou, abraçando o corpo em cima de si. — Não tenho olhos para mais ninguém. — a maior mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Jihyo entre os seus.

As mãos de Jihyo puxaram Sana mais para seu corpo enquanto a língua da maior pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de Sana quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.

— Como me excita tão rápido, hein? —  Jihyo perguntou e Sana sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.

— Faz carinho em mim, faz? — Sana sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Jihyo, guiando-a para o meio de suas pernas.

— Alguém pode passar, Sana. — Jihyo disse e Sana arrastou os dentes no pescoço de Jihyo mansamente.

— Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... — Sussurrou. — Me excita em tantos graus.

Jihyo estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a maior? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.

— Eu vigio. —  Sana falou, pegando novamente uma das mãos de Jihyo e a guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. — Faz carinho, Jih? — Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Jihyo começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.

— Tão molhada já... — Jihyo falou e Sana fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Jihyo en sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e a visse se movimentando sobre Jihyo com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.

— Aposto que está tão molhada quanto eu. —  Sana murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Jihyo desligarem para seu interior. — Oh... Sim!

— Não me canso de ouvir os seus gemidos, Sana... —  Jihyo murmurou e a maior não resistiu em começar a se movimentar de encontro ao dedos de Jihyo.

— Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... — Sana murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.

— E eu queria poder namorar com você. — Jihyo falou, fazendo Sana a fitar boquiabierta. — Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca.

— Jihyo... — Sana diria algo a respeito, porém os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. — Vigia para mim... Acho que vou... gozar. — Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Jihyo.

A menor olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Jihyo sentiu o interior de Sana apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris, incentivando o orgasmo a vir.

A maior sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Jihyo para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Jihyo e ela afundou o rosto no pescoço da maior, se deixando ali.

— Eu gostaria de namorar você. — Sana murmurou e Jihyo retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça, abraçando o corpo maior.

— Eu sei. Eu também. — Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história.

Presa por acaso - sahyoOnde histórias criam vida. Descubra agora