Presa por acaso - sahyo

cap. 41

Joohyun tinha seus pequenos olhos semicerrados enquanto ria alto de Sana. Elas se tornaram bem próximas desde que Sana havia saído da prisão e ela já se sentia em total zona de conforto ao lado da garota.

— Não ria. — Sana disse arfante. — Eu não sabia que você era boa desse jeito.

— Eu sou a melhor do país. Deveria suspeitar e, bem, você ser rica ajudou bastante na soltura imediata dela. — Joohyun disse rindo, fazendo Sana bufar.

— Pare de rir. Eu tive que ir correndo à uma loja para comprar algumas roupas para ela usar hoje. Se eu soubesse que seria tão rápido...

— Está reclamando? — Joohyun indagou e Sana piscou, negando rapidamente.

— Não, só estou nervosa. Ela ainda está brava comigo porque acha que a deixei, você precisa ver ela brava. — Sana disse, de repente se calando ao notar algo:

A figura de Jeongyeon apareceu no final do corredor com ninguém mais, ninguém menos que Jihyo. Ela conversava algo com Jeongyeon animadamente enquanto se aproximavam e Sana podia jurar que havia perdido o ar ao vê-la finalmente. Seu coração errou uma batida quando os olhos castanhos se ergueram e a enxergaram ali, parada feito uma idiota admirando sua garota se aproximar.

Foi inevitável o sorriso de Sana se abrir enquanto sua pulsação acelerava e seu cérebro lhe mostrava o quanto havia sentido saudade daquela mulher, suas mãos começaram a suar e suas pernas quase perderam a força. Sua vontade era se atirar nos braços daquela garota, porém Jihyo permaneceu séria, lhe fitando de forma neutra. Jeongyeon abriu a grade e Jihyo deu um passo à frente, estranhando um pouco a claridade daquela região.

— O que faz aqui? — Jihyo indagou friamente e Sana deu um passo à frente. — Jeongyeon te avisou?

— Senti sua falta. — Sana disse sorrindo, dando mais um passo à frente, vendo Jihyo enrijecer o maxilar.

— Pois eu não. — Ela disse e Sana riu baixinho. — Não ria de mim e não pense que só porque me deixou eu ficaria chorando pelos cantos.

— Sabe que seu escudo não funciona comigo, Park. — Sana disse ainda sorrindo, ficando frente a frente com Jihyo. A pele bronzeada em contraste com o cabelo escuro e os olhos castanhos fizeram Sana suspirar. Havia sentido tanta saudade dela, daquela voz.

— Não é escudo. — Jihyo falou, afastando a mão que Sana usaria para acariciar seu rosto. — Só não pense que você pode ir quando achar conveniente e voltar quando der vontade. Comigo não. — Jihyo afirmou.

— Você está mesmo irritada. — Sana disse, umedecendo os lábios.

— Jeong, te espero na sua casa. Vou a pé. Eu realmente não quero ficar perdendo meu tempo aqui. — Jihyo falou ignorando Sana, porém sentiu seu corpo ser puxado para frente, se chocando contra o da garota. — O que pensa que está faz... — Sua voz foi calada pelos lábios de Sana se pressionando contra os seus demoradamente.

Ela iria protestar, porém não tinha forças para aquilo, não quando Sana fazia o que ela tanto sentira saudade.

— Como pôde achar que eu te deixaria, amor? — Sana sussurrou após separar as bocas, tocando sua testa na de Jihyo antes de suspirar.

— Mas foi o que você fez. — Jihyo disse. Resquícios de mágoa dominavam sua fala.

— Não. Nunca! — Sana falou. — Foi apenas um terrível mal entendido, mas eu não te deixei. Como eu poderia deixar você? Céus, pensei em você a cada segundo desde que saí.

— Então o que houve? — Jihyo indagou e o limpar de garganta de Jeongyeon chamou a atenção de ambas.

— Preciso voltar para lá. — Jeongyeon falou e Sana assentiu.