— Pa-ra. — Sana, que já estava vestida e pronta, parou na porta do quarto onde Jihyo estava com Hana ao ouvir Jihyo falando.
— Paa-laa. — A garotinha repetiu com muito esforço, tendo o riso suave de Jihyo como resposta.
— Pa-ra. Rrra-ra. — Deu ênfase no erre que não saia da criança, ouvindo um suspiro em resposta.
— Eu não sei. Cansei. — Hana disse, fazendo Sana rir internamente e se encostar na parede do lado de fora. — Não consigo e você vai ficar bava.
— Hey, não seja impaciente, tudo bem? — Jihyo disse e Sana espiou pela brecha da porta a maior agachada no chão enquanto penteava os cabelos da garota que estava sentada sobre a cama. — Nenhuma semente vira árvore da noite para o dia. — Avisou brandamente. — Você planta uma semente e com cuidado diário e muita paciência ela cresce e vira uma linda árvore, não de repente.
— Eu sou igual uma árvore? — A criança perguntou e Jihyo sorriu amplamente, fazendo Sana cruzar os braços esperando pela resposta da maior.
— Todos nós somos como uma árvore em crescimento. — Jihyo disse. — Por isso temos que tratar todos com muito carinho e nunca falar coisas feias para as pessoas. — Ela disse terminando de arrumar o cabelo da garota e deixando a escova sobre a cama antes de puxá-la para perto e plantar um beijo em sua testa. — Palavras feias podem machucar as pessoas e, bem, seria o mesmo que que arrancar várias folhas de uma linda árvore enquanto ela floresce.
— Então... Eu peciso apender devagar e você plecisa ter muito calma, está bem? — Hana perguntou. — Para não machucar as minhas folhas. — Sana suspirou bobamente com um sorriso encantado nos lábios ao ver Jihyo conversar pacientemente com sua sobrinha.
— Eu jamais machucaria as suas folhas. — Jihyo disse, se levantando.
— Nem as da titia? — Jihyo negou com a cabeça, estendendo uma mão para a criança, que segurou a mesma e ficou em pé na cama, rindo quando Jihyo a levantou e a embalou em seus braços para morder de leve sua barriga.
— Nem as da sua tia. — Replicou docemente conforme ria. — Agora vamos lá porque você tem que começar com a pré-escola e eu preciso ir nessa entrevista agora.
— Se você conseguir esse emplego me compa um sorvete? — Hana perguntou e Jihyo assentiu.
— Compro, mas você precisa continuar praticando o seu erre. Nada de desistir fácil, uh?
— Combinado. — Hana disse abraçando Jihyo e fazendo uma careta ao ver Sana do lado de fora da porta. — Hey, a titia está escutando escondido. Deve ficar de castigo. — Alertou Jihyo, que virou sua cabeça apenas para ver Sana rir com a expressão culpada antes de entrar no quarto com as mãos para o alto.
— Tudo bem, vocês me descobriram. — Falou rindo, soltando um gritinho agudo ao sentir um braço de Jihyo a puxar para si.
— Se queria dividir o abraço era só falar, não precisava ficar ouvindo nossos segredos. — Jihyo disse para sua namorada, que então sorriu.
— Eu vim te avisar que você vai se atrasar, mas esperei terminarem a conversa de vocês. Parecia importante. — Disse sinceramente.
— Certo. — Jihyo disse, deixando um beijo no rosto de Hana antes de colocá-la no chão.
— Leva um casaco porque está frio e leva dinheiro para comer algo caso você demore. — Sana disse e Jihyo riu.
— Tudo bem. — Jihyo respondeu. — Não esquece que precisamos ir ao mercado comprar comida de verdade. Você gasta uma fortuna com comida por encomenda e cozinhar te faria economizar mais de trezentos por cento.
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Presa por acaso - sahyo
FanfictionO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Minatozaki Sana não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o m...