— Então amanhã você vem um pouco mais cedo e fica durante duas horas, certo? — Doutora Rosé falou e Sana assentiu, vendo a mulher sorrir gentilmente. — Você não parece ser uma má pessoa.
— Sempre tentei andar na linha, pelo menos. — Sana disse rindo.
— Mas acabou cometendo um deslize, não é? — A mulher insinuou e Sana suspirou.
— Se eu disser que estou aqui injustamente você não acreditaria, não é? — Sana perguntou e a doutora abriu a porta.
— Eu poderia tentar acreditar.
— Já é um começo. — Sana disse. — Nos vemos amanhã. — Ela falou, vendo a mulher estender a mão para ela antes de ela seguir para a cela. Estava na hora do banho.
— Demorou. — Jihyo disse de uma forma não acusatória. — Muitos pacientes? — Jihyo perguntou curiosamente assim que a menor entrou na cela para pegar sua roupa íntima.
— Não muitos. Ela estava me explicando sobre como funciona tudo. — Sana informou. Sentiu a minha falta? — As orbes castanhas fitaram Sana antes da menor rir.
— Sonha mais um pouco. — Jihyo disse e Sana riu, saindo da cela com Jihyo em seu encalço.
— Vai tomar banho comigo? — Sana perguntou e Jihyo arqueou uma sobrancelha.
— Irei tomar banho, não com você. — Replicou friamente.
— Então por que me esperou? — Sana perguntou sorrindo vitoriosa e Jihyo sentiu seu rosto esquentar.
— Não te esperei, foi uma coincidência. - Jihyo falou e Sana suspirou, segurando o riso.
— Obrigada. — A menor disse e Jihyo a fitou confusa. — Por estar cuidando de mim, sabe? Beatrice está por aí a solta.
— Não estou cuidando de você, Sana! — Jihyo disse firmemente.
— Tudo bem. — Sana disse, abrindo a porta do banheiro após passar por uma guarda. — Diz... Por que está aqui? Sana perguntou, deixando sua peça íntima em um canto e levando uma mão até a baínha da peça superior de seu uniforme laranja, a tirando.
Jihyo enrubesceu pela primeira vez diante de Sana ao ver os seios perfeitamente modelados. Seus olhos se desviaram para um ponto fixo na parede e Sana riu baixinho ao notar a reação da menor.
— Não vou te falar por que estou aqui. — Jihyo disse secamente e Sana sorriu.
— Eu imaginei mesmo, mas não custava nada tentar, hm? — Sana perguntou vendo Jihyo tirar sua roupa também. A menor nem sequer percebeu seu olhar carregado de volúpia para os seios de Jihyo. Sua vista se prendeu vários segundos ali, até morder seu lábio inferior e erguer a mirada.
As orbes castanhas a fitavam enquanto um sorriso malicioso enfeitava seu rosto. Sana arqueou uma sobrancelha e abriu um sorriso sugestivo, causando um suspiro em Jihyo, que abriu o chuveiro e entrou embaixo dele.
— Então... — Sana começou, removendo o restante de sua roupa antes de abrir o outro chuveiro. — O que foi isso? — Perguntou, enfiando a cabeça embaixo da água.
— Isso foi você fitando meus seios. — Jihyo disse naturalmente e Sana riu.
— Estou me referindo ao seu flerte. — Sana disse e Jihyo arqueou a sobrancelha, piscando nervosamente.
— Eu não flertei. — Jihyo afirmou.
— Seu sorriso malicioso indicou o quê? — Sana perguntou, começando a se ensaboar.
— Que agora eu sei que você sabe que eu sou linda. — Jihyo disse e Sana semicerrou os olhos, atirando água Jihyo.
— Você é idiota. — Sana disse, colocando um bico em seus lábios.
— Uma idiota que você queria muito pegar. — Jihyo falou sorrindo vitoriosa.
— Só porque olhei para seus seios você acha isso? — Sana perguntou e Jihyo assentiu. — Pois saiba que eu adoro seios, não importa o tamanho, então digamos que eu ache os seus seios bonitos, não necessariamente você.
— Não me acha bonita? — Jihyo perguntou e Sana meneou a cabeça.
— Não te interessa. — Replicou, se virando de costas para Jihyo como uma adolescente pirraçando, o que levou a menor a deixar seus olhos percorrerem o traseiro desnudo da outra garota.
— Você que flertou comigo. — Jihyo disse e Sana permaneceu de costas, se lavando. — O que foi aquela sobrancelha arqueada?
— Estava vendo se compartilhávamos uma ideia, mas já sei que não. — Sana disse, fazendo a curiosidade de Jihyo se aguçar.
— Que ideia? — A menor perguntou, limpando a garganta.
— O que você acha? — Sana perguntou, se virando para ela antes de arquear uma sobrancelha. Jihyo sentiu seu coração bater freneticamente contra seu peito, porém em seu exterior sua expressão era indecifrável.
— Acho que deveríamos tomar banho. — Falou por fim. — Já já acaba o tempo. — Sana a fitou fixamente nos olhos antes de assentir.
— Ninguém nunca te visita? — Sana perguntou curiosamente, tentando mudar de assunto. A porta do banheiro se abriu apenas por duas detentas que encerraram seus banhos nos chuveiros mais distantes dali.
— Parece que estamos quites. — Jihyo disse friamente e Sana assentiu.
— Minha irmā ficou com a guarda provisória de minha sobrinha e não pode me visitar por agora, está uma correria enorme para ela. — Sana explicou.
— Tem uma sobrinha?
— Sim. — Sana respondeu, abrindo o maior dos sorrisos ao se lembrar do rostinho da garota. — Ela completará três anos em pouco menos de duas semanas. — Falou, passando shampoo em seus cabelos. — Se eu soubesse que eles ficavam com nossos pertences eu teria deixado meu colar preferido com ela. Ela o adorava porque tem o formato de um coração.
— Colar preferido por alguma razão? — Jihyo perguntou e Sana assentiu.
— Ganhei do meu pai para um dia ocupá-lo com a foto do amor da minha vida. — Sana disse rindo. — Mas como eu esperava, o coração ainda continua vazio.
— De qual coração estamos falando? — Jihyo perguntou rindo.
— Dos dois. — A menor respondeu e Jihyo assentiu.
— Sinto muito por seu pai, à propósito. — Jihyo falou e Sana virou seu rosto bruscamente para fitá-la.
— Como sabe que meu pai morreu? — Sana perguntou e Jihyo empalideceu.
— Você... Você disse, oras.
— Não, eu não disse. — Sana disse seriamente.
— Disse sim.
— Jihyo, eu tenho a plena certeza de que eu não falei. Odeio falar que ele morreu não comento disso com ninguém. — Sana disse e Jihyo exalou o ar de seus pulmões, fazendo Sana estreitar os olhos irritada. — Você andou pesquisando a minha vida?
Jihyo engoliu em seco. Sana havia lhe colocado em um beco sem saída.
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Presa por acaso - sahyo
FanfictionO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Minatozaki Sana não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o m...