cap. 39

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— Toc toc? — Os olhos de Sana se ergueram ao ouvir a delicada e fina voz e seu coração se aqueceu ao ver a pequena imagem parada na porta de seu escritório.

— Quem é? — Sana perguntou sorrindo, correndo de trás de sua mesa para a direção da criança, que sorriu e correu em direção de sua tia, abraçando suas pernas com toda a força e ternura contida em seu ser.

— É a soblinha que mais sentiu saudade no mundo da titia. A garota disse, fazendo Sana rir com suavidade antes de se abaixar apenas para levantá-la em seus braços e a sustentar em seu colo.

— Eu morri de saudades de você, pequena. — Sana disse, abraçando o pequeno corpo que estava agarrado a ela.

— Foram quato longos dias, tia. Por que você não volta pala nossa casa? — Hana choramingou, colando sua testa na de Sana e pondo um manhoso biquinho em seus lábios. A mais velha suspirou e acariciou as costas de sua sobrinha.

— Não quero ver sua outra tia por agora. — Confessou.

— Por quê? — A maior perguntou ainda dengosa. — É porque eu ainda chupo a pepeta? Eu julo que eu palo com isso, titia. — A menina prometeu, fazendo Sana suspirar novamente.

— Não tem nada a ver com você, minha vida. — Sana assegurou. — Só estou com outras coisas na mente por agora, mas logo logo prometo estarmos bem juntinhas.

— Jula? — Ela perguntou e Sana assentiu, vendo Hana olhar para baixo e começar a cutucar o umbigo. A maior riu e removeu a mão da menina dali.

— Juro. — Falou. — Não faça isso, sua pele já está avermelhada. — Sana repreendeu e Hana assentiu, abraçando o pescoço de sua tia fortemente.

— A titia está me espelando lá embaixo. Por que eu não posso ficar aqui com você, tia?

— Porque hoje eu vou visitar a minha namorada. Lembra dela? — Sana indagou e Hana levou uma mão até a bochecha e deu três batidas com o dedo indicador, indicando estar pensando.

— A Jihyo? — Sana sorriu abertamente antes de concordar.

— Sim. — Respondeu simplesmente.

— Você não gosta mais de mim por causa dela? — Ela perguntou baixinho, mantenho seus olhos focados em Sana a espera de uma resposta.

— Meu amor, presta atenção... — Sana falou, ajeitando o cabelo da garota que caía en seus olhos. — Eu amo você mais do que qualquer pessoa neste mundo, tudo bem? — Falou suavemente. — Me responda algo: Você gostaria de morar comigo? — Os olhos da garotinha brilharam antes de ela assentir freneticamente.

— Siiimm. — Replicou animadamente.

— Então guarde esse segredo, mas a titia está fazendo de tudo para você vir morar comigo. — Sana respondeu o que, de fato, era real.

Ela havia aberto um processo requerendo a guarda provisória da garota e sabia que estava perto de conseguir. Infelizmente não poderia tirar Hana de onde estava no momento, porém em poucos dias no máximo a teria sob seus cuidados.

— Sua vovó tem ficado em casa? — Hana respondeu assentindo com a cabeça e Sana mordiscou o lábio inferior, se perguntando que tipo de estúpida sua irmā poderia ser para deixar Hana no mesmo ambiente que Miyuki todos aqueles meses.

Provavelmente estava sendo medicada ilegalmente como fora por anos, entretanto, aquilo acabaria naquele mesmo dia. Assim que ela voltasse da prisão ela internaria sua mãe. Faria as coisas certas daquela vez.

— Você ficará com Sakura agora, mas quero que prometa que não ficará perto da vovó, está bem?

— Por quê? — A menina perguntou curiosamente.

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Presa por acaso - sahyoOnde histórias criam vida. Descubra agora