Capítulo 40: Romance Proibido

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POV: ISABEL

Ando até a minha casa com um sorriso idiota no rosto, lembrando de tudo que eu passei com Zana e os meninos que foi de fato muito especial, eu estava feliz por conhecer muitas épocas e também conviver melhor com todos eles. Descobri personalidades e manias que eu não conhecia antes, foi ótimo para o convívio de todo mundo.

Durante o caminho, lembrei de alguns minutos atrás, quando voltamos para Imperial e fiquei triste porque a minha realidade estava caindo em minha cabeça novamente, na minha mente só circulava uma coisa: Eu terei que me casar em breve. Quando Zana saiu atrás do padre Antônio, Thauan foi passear com fúria e Clyde foi trabalhar para compensar todo o resto dos dias que esteve ausente, sobrando apenas eu e Amare.

Não me sentia mais ameaçada, para mim era apenas uma pessoa com a personalidade complicada e que eu teria que ter cautelosa para não estressar demais, Amare aprendeu a ser mais solidário depois que começamos a viajar no tempo, estava mais aberto a diálogos e não me condenada por qualquer coisa. Neste exato momento, ele me observava de braços cruzados e expressão séria.

—O que está a olhar? Há algo errado com o meu vestido?— Pergunto sem deboche algum, estava realmente preocupada com a minha vestimenta e como será a reação da minha mãe quando eu voltasse depois de alguns dias fora.

—Não, mas é engraçado ver você usando vestido simples da Zanaina, quando você só usa vestido cheio de frufru.— Ele responde e analisa o vestido. —Sua mãe não vai desconfiar de você ter vindo com um e voltado com outro?

—Tenho certeza que sim, mas não poderia aparecer com o vestido manchado de sangue, minha mãe ficaria furiosa com todos aqui.— Lembro do tiro que levei ao tentar pegar o talismã de Zana e aquilo realmente doeu, mas achei que seria mais insuportável, sou muito boa com dores.

—Isabel, uma pergunta muito genuína e seria aqui... Você não pensa em fugir, sei lá? Casar com alguém que você não quer é um pouco desconfortável.— Ele pergunta e eu penso um pouco na minha resposta.

—Não posso fugir, não teria para onde ir. Além disso, seria uma desonra para minha família se eu fugisse de um casamento.— Respondo com um sorriso amigável, mas ele não sorri de volta, só me observa cauteloso.

—Se você tivesse um homem de verdade, não teria esses pensamentos.— Ele fala depois de alguns minutos e eu fico confusa com a sua resposta, como assim um homem de verdade?

—O que quer dizer com isso? Que preciso de um homem de verdade? Não são todos iguais?— Pergunto com dúvida e meu rosto imediatamente queima quando o vejo se aproximando e sem intenção nenhuma de parar até que estivesse perto o suficiente do meu rosto.

—Você não sabe o que é um homem de verdade? É um homem que faz você pensar seriamente em fugir, no fundo tudo o que você precisa é de um romance proibido para deixar as coisas muito certinhas de lado.— Ele responde com um sorriso de lado, ele não precisou me tocar para que eu superventilasse com a sua presença.

Não posso mentir para mim mesma que desde que mudamos de época e eu passei a conviver mais com Amare, comecei a achar sua postura e aparência extremamente atraente, antes a sua provocação realmente conseguia me tirar do sério mas agora era diferente, não sei quando eu comecei a ter esses pensamentos mundanos com um homem que eu jamais poderia casar e viver livremente, mas quando vi não tinha mais controle das coisas que eu sentia. Era mais do que óbvio que não era recíproco, ele sempre deixou claro que odiava qualquer português que seja, e eu o entendia perfeitamente, não seria diferente comigo.

O Preço do Sacrifício [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora