Capítulo 42

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RAFAELLA

1/3 FIM

Seis meses depois...

O tempo passou rápido e logo os dias se tornaram semanas, e as semanas se tornaram meses. Caon e eu completamos seis meses de namoro, aos olhos do público. E para nós, o contrato que aparentemente vem dando certo. Exceto pelas desconfianças de Allan que estavam cada vez mais aguçadas.

Durante todo esse tempo, venho recebendo mensagens anônimas (não tão anônimas assim), pois apesar do número ser desconhecido, ele faz questão que eu saiba que é ele. Mesmo não dizendo seu nome. São ameaças sobre a minha relação com Caon, e a até Gizelly. E dessa eu escondo sobre essas mensagens, pois sei muito bem a forma como ela resolve as coisas. Eu não queria mesmo, ela se envolvendo com ele mais uma vez. E quando não são as supostas mensagens de autoria dele, são comentários com perfis fakes em meu pôsteres e stories.

Durante esse tempo também aconteceu o julgamento do irmão de Gizelly. Ela respondeu pelo crime: Excludente de Ilicitude. Quando o juiz entende que o réu agiu em legítima defesa. Por isso, o crime não foi considerado pelo mesmo. Claro, com as duas testemunhas (os outros irmãos). Já Petrix, foi condenado pelos crimes aos quais a polícia investigou e teve conhecimento. E também por tentativa de homicídio contra a irmã.

Nem preciso dizer o quão Gizelly ficou mal com como as coisas acabaram. Mas também entendeu que tudo isso tinha que acontecer. Ela ficou reflexiva, pois segundo ela, também era pra estar na cadeia. Se não fosse suas habilidades de fazer tudo de maneira sorrateira. Mas conversamos e tanto eu quanto a tia e a irmã, a tranquilizou dizendo estar em uma nova fase da vida. O recomeço.

Já seu pai, o chefe da família e responsável por tudo aquilo que aconteceu, continua foragido. No entanto, a polícia federal vem fazendo um trabalho árduo em sua busca. E recentemente receberam informações de seu paradeiro. As investigações continuam a todo vapor, entretanto, mais restrita agora. Pegarão o homem quando ele menos esperar.

Já era noite quando terminei minha última sessão de fotos para um merchant, e encontrei Allan encostado em meu carro assim que deixei o estúdio.

- Está morando aí dentro, gatinha? Estou há horas te esperando aqui fora...- Ele olhou as horas no celular.
- Três, pra ser exato. Pena que não nos casamos, eu iria colocar ordem nessa bagunça.-

- O que está fazendo aqui? Perdeu a noção? Quer que eu acione a justiça e diga sobre o seu descumprimento da medida protetiva?-

Ele soltou uma risada alta.

- Quem deveria ter medo é a sua namoradinha.- Logo ficou sério. - Pensa que sou idiota? Vocês sempre estiveram juntas. Seus fãs sabem que você namora a sua amante escondida e engana todo mundo com um namoro falso, com aquele cantorzinho de merda?-

- Você ta muito louco.- Caminhei em direção a porta, destravando o alarme. Ele porém, se pôs na frente.
- Eu preciso ir, Allan, me dê licença ou eu realmente vou chamar a polícia.-

- Eu já vou, gatinha... Aliás, você está mais linda do que nunca.- Revirei os olhos. - Mas não vim aqui babar na sua beleza, isso nós resolvemos depois. Vim avisar que os dias daquela marginalzinha estão contados.-

- Não vai supera nunca? Refaz sua vida, vai ser feliz. E se tem algo a dizer para ela, que diga à ela.- Passei por ele e abri a porta. Mas parei e o encarei antes de entrar. - Se voltar a me cercar, o meu namorado vai resolver com você. E a policia também!-

Entrei e ele riu sarcasco. Fechei a porta.

- Aproveita e trás duas viaturas, ela também vai precisar depois que eu denuncia-la às autoridades, pelas mortes que ela carrega nas costas. Inclusive a última, do seu motorista.-

A encomenda Onde histórias criam vida. Descubra agora