Capítulo 38

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RAFAELLA

No dia anterior, Gizelly e eu não conseguimos terminar o filme. E por essa já esperávamos; uma vez que o filme era longo demais. Demos fim nele quando chegamos na metade, pois Caon avisou que estavam voltando. Contudo, combinamos de passar o próximo fim de semana em minha casa, e então terminaríamos.

Todavia, aproveitamos o tempinho que nos restava, grudadinhas. Até que Caon mandou a próxima mensagem, avisando que já estavam na portaria. Entrei para o quarto e Gizelly entrou para o dela.

Quando chegaram, ouvi a movimentação e logo a voz de Marcela no corredor. Provavelmente entrando no quarto de Gizelly para qualquer coisa. Talvez lembra-la sobre a medicação. O fim de tarde foi tranquila, e eu só saí do quarto novamente na hora do jantar. Depois que todos se recolheram, fui até o quarto ao lado. Gizelly e eu passamos um bom tempo conversando e namorando. Quando voltei para a minha suite, já era madrugada.

No dia seguinte, fizemos o nosso desjejum e logo após recebi a irmã de Allan na portaria do prédio. Entreguei as duas malas para ela e subi. Eu voltaria para casa logo depois do almoço, pois eu tinha coisas a serem resolvidas para o dia seguinte de segunda-feira. Madalena fez carne assada com batatas coradas e estava delicioso. Comemos todos na mesa, e quando terminei, fui em busca do banho.

Agora, estou eu aqui, me preparando para voltar pra casa.

Caon já havia tomado banho e organizado suas coisas na mochila. Agora ele estava na sala com todas elas, e juntos assistiam um filme. Era a única programação que prendeu a atenção deles nessa tarde de domingo. Quando terminei, deixei o quarto, indo em direção a sala.

- Gizelly?- Chamei minha namorada, atraindo as atenções de todos. - Pode vim comigo até o quarto? Tem uma infiltração no banheiro e quero que você procure o síndico pra resolver. Você pode fazer isso?-

- Posso sim!- Ela se levantou de onde estava sentada. - Vamos lá, me mostrar o defeito.-

Seguimos para o quarto, enquanto os outros voltaram com as atenções na tv. E ao entrar no cômodo, soltei uma risada baixa.

- Vamos lá ver essa infiltração.- Brinquei, puxando-a pela mão e ela quem riu.

- Já pensou em fazer teatro? Por um momento achei que tinha mesmo uma infiltração.-

Ainda rindo, a encostei contra a pia e cruzei meus braços em seu pescoço.

- Agora é com você! Se vire e arrume um síndico fake para uma infiltração fake.-

Ela riu ainda mais, devolvendo o abraço por minha cintura.

- Eu consigo resolver.- Piscou um dos olhos e eu gargalhei baixo.

Logo selei nossos lábios.

- Queria me despedir, já estou indo.-

- Vou dar um jeito de te ver ainda essa semana, e não só no sábado.-

- Ai, por favor! Até sábado, é muita coisa.- Choraminguei e ela sorriu.

Selamos os lábios mais uma vez, até que iniciamos um beijo longo. Sentíamos saudades, antes mesmo de nos separar. E eu só pedia internamente para que esses doze meses passassem rápido.

Senti seu aperto em minha cintura e logo as mãos escorregarem para minha bunda e apertar, finalizando o beijo. As mãos subiram para minha cintura novamente.

- Vou até Vitória na quarta-feira retirar os pontos, e vou ver se consigo falar com o meu irmão.-

- Você acha que consegue?- Perguntei, limpando o batom em sua boca.

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