RAFAELLA
3/3 FIM
Três meses depois....
Semanas se passaram depois do encerramento do contrato, e aos poucos as coisas foram voltando para o lugar. Incrivelmente, Allan desapareceu. Porém, entendi o motivo do sumiço. O pai de Gizelly mandou um recado muito claro, e ele parece ter entendido. No entanto, naquele mesmo dia do assalto eu fui até a defensoria pública com o meu pai, e juntos denunciamos o descumprimento. Além do recado, Allan precisou pagar uma fiança por isso.
Durante esse tempo, me mudei para o apartamento e agora Gizelly e eu moramos juntas. Atualmente ela trabalha na empresa do meu pai como chefe da segurança e está se dando muito bem. Há dias que ela trabalha durante o dia, e há dias que trabalha durante a noite.
Também venho preparando o terreno para comunicar meu público sobre o nosso relacionamento. Em conversa com minha equipe jurídica e assessoria, fui aconselhada a não dizer nada sobre já vivermos o romance antes. Nem que ela foi minha amante nas vésperas do casamento. Segundo eles, isso pode nos prejudicar, e pessoas podem vasculhar os últimos meses e descobrirem sobre o contrato. Pensando nisso, escolhi aceitar o conselho e depois conversei com Gizelly. Ela também compartilhava do mesmo pensamento que minha empresária e minha advogada. Escolhemos uma data para isso acontecer, e cá estamos nós.
Gizelly chegava do noturno e eu preparava algo para almoçarmos. Ela havia me ligado, estava perto. Coloquei a massa no fogo e segui para o quarto. Enquanto cozinhava, eu me preparava para mais tarde. Sairíamos para jantar, e através desse jantar, eu assumiria o nosso namoro publicamente.
Separei o que usar, mesmo estando cedo, e comecei a maquinar o que dizer. Como dizer. Minha intenção não é assustar ninguém com a minha escolha, pois apesar do meu término ser teoricamente recente, Gizelly é uma mulher. Eu teria dois pronunciamentos a fazer. Fui até a sacada da suíte e passei alguns minutos inerte aos meus pensamentos, encarando a rua lá embaixo. Eu realmente não sabia como agir.
Voltei para o quarto e busquei meu telefone celular na cama. Em seguida, entrei nas redes sociais de Caon e li pela enésima vez, o pronunciamento referente ao seu namoro. A repercussão foi positiva, apesar de ter algumas pessoas que não gostaram muito. Principalmente nossos fãs em comum. Eu gostaria que repercutisse positivamente comigo e Gizelly também, todavia, temia o contrário.
Eu já estava uma pilha de nervos.
- Oi, cheguei!- Gizelly entrou no quarto, tirando-me de meus pensamentos.
Então levantei a cabeça e lhe encarei. Ela depositava a mochila sobre a cama.
- Estava esperando.- Bloqueei o aparelho, jogando-o sobre a cama, e ela se aproximou.
- Tudo bem?-
Selamos os lábios.
- Tirando o fato de que estou quase infartando, tá tudo bem.- Respondi e ela riu, seguindo até o banheiro.
- Eu posso esperar, se você ainda não estiver pronta.-
Segui seus passos e parei na porta.
- Já esperou demais, não acha?-
- Mas olha o seu estado.-
Soltei uma risada nervosa e ela começou a se despir para o banho.
Gizelly estava uniformizada. Toda de preto, cabelos presos em um rabo de cabelo e boné também preto. Já na perna, um coldre na coxa. Ela entrou para o box, já nua, e ligou chuveiro.
- Pensei em sairmos pra jantar.- Chamei sua atenção. - Ainda vai voltar para o trabalho?-
- Não, agora à tarde e amanhã eu estou em casa.-
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A encomenda
ФанфикGizelly Bicalho chegou ao Rio de Janeiro com o objetivo de matar a filha do empresário Sebastião Ferreira (a digital influencer Rafa Kalimann), mas depois de um mal-entendido ela acreditou que essa pessoa seria Marcella Ribeiro. Só que a verdade sem...