GIZELLY
2/3 FIM
Na manhã seguinte, depois do café, Rafaella se despediu. Seu humor já estava melhor, ontem a noite (apesar de sua calmaria) dormimos chateadas. Eu, com as ações do seu ex noivo. E ela, por minha reação impulsiva. Enquanto fazíamos o nosso desjejum, conversamos sobre a possibilidade de procurarmos um especialista. Ela me incentivava a fazer algum tipo de tratamento para controlar minhas emoções, e eu aceitei. Faremos isso dentro dos próximos dias.
Peguei o revólver e pus dentro da minha mochila. Havia marcado com Hadson para devolve-lo. Busquei por um carro de aplicativo e quando o motorista chegou, demos partida.
Hadson já me esperava na porta do albergue. O carro parou, e depois de eu acertar a corrida, fui em direção ao mesmo.
- E aí, mãozinha nervosa?-
Nos cumprimentamos com um aperto de mão.
- Vim devolver seu pacote.-
- Já falei que pode ficar com você.-
- Vamos entrar?-
Ele assentiu e seguimos para dentro do prédio. Logo subimos as escadas, até chegarmos na porta do quarto. O cômodo não estava tão arrumado como eu acostumada deixar, quando dividíamos o espaço.
- Passou um furacão por aqui?- Perguntei e ele riu.
- Essa noite eu fiz uma festinha. Consegui um malote bom, e o pessoal veio buscar. Ainda tem um pouco, você quer? Cortesia.-
- Não, só vim entregar isso mesmo.-
Abri a mochila e retirei o revólver de dentro. Logo o estendi e ele pegou.
- Pelo menos resolveu as paradas?-
- Resolvi.-
- E o otário lá?-
- Esse tá difícil, mas vou deixar por conta da justiça.-
- Justiça?- Ele riu alto. - Você tá muito estranha... Em outros tempos, já teria dado uma imprensa nele.-
- Mas eu dei, não lembra? Demos juntos.-
- E parece que ele tá sentindo saudades de uns carinhos outra vez.-
- Esquece isso, cara. Ontem a Rafa e eu brigamos feio, e resolvemos esquecer essa história toda. A essa hora ela já deve estar com o pai dela, e eles vão até a vara de justiça.-
- Bom, se você quiser...-
- Eu não quero é nada, tá legal? Agradeço a sua oferta. Agora eu preciso ir.-
- Aquele atorzinho de araque tá precisando sossegar no lugar dele.- Ele resmungou e eu o encarei. - Nunca gostei dele, e todos reclamam do jeito marrento dele. Ele trata os fãs com o nariz em pé.-
- Bom, eu vou indo. Obrigada pelo ferro, e eu também tenho aqui uma coisinha...- Peguei minha carteira do bolsa da calça, e abri, retirando algumas notas.
- Trouxe pra retribuir o favor.-Ele sorriu animado e pegou o valor oferecido.
- Dinheiro é sempre muito bem vindo!-
- Agora eu vou indo. Até mais!-
Deixei o quarto e enquanto descia as escadas, chamei por um carro.
....
Passei a tarde no apartamento da minha tia, na companhia de Bianca, sua namorada e Felipe. Também estava presente o pai de Mari, advogado. Ele estava acompanhando as investigações sobre o paradeiro do nosso pai, juntamente com a polícia de Vitória. Aparentemente, vizinhos viram nosso pai pelas redondezas da fazenda. E agora as autoridades desconfiam que ele ainda esteja entocado por lá.

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A encomenda
FanficGizelly Bicalho chegou ao Rio de Janeiro com o objetivo de matar a filha do empresário Sebastião Ferreira (a digital influencer Rafa Kalimann), mas depois de um mal-entendido ela acreditou que essa pessoa seria Marcella Ribeiro. Só que a verdade sem...