A encomenda

Capítulo 19

GIZELLY

Estávamos no meio da cama, sentadas, encaixadas e abraçadas. Rafaella por cima, em meu colo, com as pernas envolta do meu quadril. Seus braços envolviam o meu pescoço e os meus, a sua cintura. A forma como ela se movia era lenta, carinhosa, e o beijo que acontecia nesse exato momento tinha a mesma veracidade.

Depois que terminamos de lanchar, minutos atrás, fizemos a higiene bucal e viemos para a cama. Aqui começamos com uma preliminar breve, até estarmos da maneira que estamos agora.

Diferente da nossa primeira e segunda vez, que foram um pouco intensos e selvagens, agora fazíamos com calma, com carinho. Tínhamos tempo pra aproveitar cada segundo.

Apertei sua cintura quando encerramos o beijo, mas seu quadril continuou remexendo calmamente. Estava gostoso assim. Desci meus lábios para o seu pescoço, beijando suavemente sua pele, e quando desci mais um pouco e alcancei seus seios com as mãos, proporcionei o encontro de um deles com minha boca. Um de seus braços foi para trás e ela se apoiou em meu joelho para me dar espaço. Com o outro, pôs a mão em meus cabelos na nuca e segurou os fios entre os dedos.

Ela não parava de rebolar e enquanto isso, eu arrancava gemidos baixinhos e suaves seus quando estimulava sua área erógena.

Eu ainda segurava os dois de forma possessiva, mas apenas um recebia os meus carinhos com a boca. Passei a língua de forma lenta em seu mamilo, de baixo para cima, e o abocanhei, prendendo-o entre minha língua e o céu da boca. Chupava com uma certa gana, e voltava a lamber. Hora mordiscando, hora apenas pincelando. Apertei em cheio e passei para o outro, fazendo o mesmo processo.

Quando me dei por satisfeita, levantei o rosto e encarei seus olhos. Esses estavam cobertos por excitação e melancolia. Ela sorriu jogando o outro braço para trás e aumentou um pouco mais o ritmo. Com isso, segurei sua cintura e a ajudei. Me mexi em baixo e então os movimentos ficaram quase brutos. A cama chegou fazer barulho. Soltamos um gemido juntas e logo sua cabeça foi para trás e seus olhos fecharam. Quando desci o olhar, vi seus seios balançando no ritmo dos movimentos. Aquilo fez meu tesão aumentar ainda mais, liberando uma descarga de prazer mais forte em meu membro. Foi um espasmo tão gostoso que me fez gemer mais uma vez, só que mais alto. Essa minha reação repentina a fez descer o rosto e me encarar com um sorriso satisfeito.

Logo suas mãos vieram para o meus ombros e me empurrou devagar, até eu me deitar. Havia um travesseiro embaixo de mim, então eu não fiquei totalmente orizontal. Estava com o meu pescoço inclinado, e quando ela também se inclinou para frente e pôs as mãos em cada lado, no colchão, meu rosto ficou à nível dos seus seios novamente. Aquilo me fez sorrir, feito uma criança que acabou de ganhar um doce.

Seu quadril voltou a rebolar, mas dessa vez não tão lento mais. Porém, nem tão rápido. Estávamos dispostas a realmente curtir o momento. Uma de suas mãos veio para o meu ombro outra vez, e a outra na cabeceira da cama. Uma das minhas estava em sua coxa e a outra abraçando a sua cintura, espalmada bem no fim da sua coluna.

Foram mais alguns longos minutos nessa posição, ouvindo seus gemidos em meu ouvido. Eu não queria ser outra pessoa naquele momento, pois além do privilégio de ouvi-la, e ter a visão de seus seios quase esfregando em meu rosto, eu ainda apertava e sentia todas as suas curvas. Quando ela afundou seu rosto em meu pescoço, segurei em cada lado da sua bunda e parei seus movimentos. Agora eu estocava para cima num ritmo rápido, e seus gemidos intensificaram. Seus dentes cravaram na minha orelha e eu senti ainda mais tesão.

Quando cansei, fiz um só movimento para cima e parei fundo. Logo virei nossos corpos, deixando ela por baixo, deitada no colchão. Comecei o vai e vem devagar, no ritmo que ela estava sob mim e cruzei nossos dedos, erguendo seus braços em cima da cabeça. Suas pernas logo abraçaram a minha cintura.