RAFAELLA
No dia seguinte, manhã de domingo, fiz meu desjejum e segui para o meu apartamento. Manoela havia contratado os funcionários e eu marquei de encontra-los na portaria do prédio. E quando cheguei, me apresentei e subimos.
Passei a manhã inteira resolvendo todas as pendências da cobertura, dei as instruções necessárias para a cozinheira e para a doméstica, e fiscalizei tudo nos mínimos detalhes. Faz meses que eu não venho aqui, e a última vez foi semanas antes do casamento. Vim com Allan deixar nossas coisas, e desde o escândalo, não voltamos mais.
Fui até a suíte principal e vi que tudo ainda estava lá. As poucas roupas no closet, nossos pertences pessoais, sapatos e afins. Não daria tempo de esvaziar tudo agora, havia me esquecida desse detalhe. Então eu apenas verifiquei se nada estava fora do lugar e saí, trancando a porta. Guardei a chave em minha bolsa e segui para o quarto de hóspedes, onde Gizelly ficará. A moça já estava iniciando a limpeza, foi um pedido meu ela começar por ali. Pois caso não conseguisse terminar a faxina ainda hoje, ao menos o cômodo onde seria ocupado, estaria limpo.
Agora segui até a cozinha, a qual divide o ambiente com a sala de estar, mas a cozinheira não estava mais ali. Ela foi até o mercado e sacolão, para fazer as compras e a feira da casa.
Depois de me sentir satisfeita com tudo ali, fui até a sacada e me sentei na cadeira externa. Esperava pela enfermeira que chegaria após o almoço. Comecei a pedir quentinhas para comermos e quando finalizei o pedido, voltei até onde a doméstica estava.
- Dona Joana.- Chamei sua atenção, assim que entrei no cômodo. Agora ela lavava o banheiro. - Eu pedi algumas quentinhas pra gente almoçar. Você gosta de estrogonofe de carne?-
- Eu amo estrogonofe, dona Rafa, seja ele como for. E por favor, me chame de Gringa. Todos me chamam assim.-
Sorri em concordância.
- Tudo bem. Será que a dona Madalena vai gostar? Pedi igual para todas.-
- Estrogonofe é um prato universal. Muito raro alguém não gostar.-
- É, né?! Bom, vai chegar em alguns minutos. Falta muito aí?-
- Só vou secar o chão e pôr as coisas organizadas sobre a pia. O apartamento está todo limpo, então não vou ter muito trabalho. Só preciso tirar pó dos móveis e passar pano pra dar um cheiro.-
- Ficou muito tempo fechado, uma moça veio limpar antes de eu me mudar. Mas como desisti de vir, então ficou como estar.-
- A senhora vem morar aqui sozinha?-
- Ah, não... Não sou eu. É uma amiga. Ela recebe alta hoje do hospital e vem se recuperar aqui.-
- Entendido.-
- Mas vou deixa-la fazer o seu trabalho. Qualquer coisa estou na sala.-
- Tudo bem.-
Sorri educado e deixei o cômodo, indo direto para a sala.
Quando me sentei no sofá, peguei em meu telefone celular. E com os batimentos a mil, entrei no aplicativo de mensagens para saber de Gizelly. Finalmente tomei coragem e mandei uma mensagem.
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A encomenda
FanfictionGizelly Bicalho chegou ao Rio de Janeiro com o objetivo de matar a filha do empresário Sebastião Ferreira (a digital influencer Rafa Kalimann), mas depois de um mal-entendido ela acreditou que essa pessoa seria Marcella Ribeiro. Só que a verdade sem...