Carried Away

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Carried Away

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Carried Away

Talvez fugir tenha sida a decisão mais infantil e precipitada que eu já tenha tomado, mas eu não sabia o que fazer.

Faziam exatos dois dias eu fugia do Gavi como diabo foge da cruz. Sempre dando desculpas, ou não respondendo, e talvez, o universo estivesse ao meu favor pois ele também mal falou comigo, mas justificou sua ausência com os treinos intensos.

Minha cabeça estava uma bagunça total. Ontem algum paparazzo idiota e enxerido me fotografou na porta de um estúdio e com isso precisei dar quase minha fortuna inteira para comprar todas as copias, alegando que eu apenas conhecia a Madison Beer, mas não queria me envolver no escândalo que isso se tornaria.

Claro, ele comprou a desculpa e eu comprei as fotos.

E tem a dois dias atrás, aquela conversa fodida com o Fernando. Na real, não tenho falado com ele também, estou com raiva, chateada, triste... e a merda toda que tenho direito.

Mas se o que ele disse me incomodou tanto, então é porque era verdadeiro, não é?

Gavi quebraria meu coração e eu...

- Angelina. – Sai dos meus pensamentos e olhei para Isla sentada no banco ao meu lado. Seus olhos castanhos me julgavam até a minha última vida. – Você quis sair, mas não está aqui.

Suspirei e cocei a testa, fechando os olhos por breves momentos.

- Me desculpe. – Lamentei. – Minha cabeça está cheia.

- Claramente! – Arregalou os olhos levemente e bufou. – Já conversamos sobre isso. Olhe, me escute. Eu sei que sua cabeça catastrofiza tudo antes de algo acontecer. – Suas mãos agarraram as minhas. – Mas o Gavi é um garoto bom. Eu procurei saber e não tem um "a" sequer contra ele. Ele é tão perfeito que causa náuseas. – Franziu o cenho. – Não se deixe levar pelo amargurado do Fernando que só pensa em trabalho. Tem horas que eu desconfiaria que ele nos quer se não fosse gay. – Revirou os olhos.

Ri da sua última frase e crispei os lábios, ficando em silencio depois.

Arrependimento assolou a boca do meu estômago ao pensar no que tenho feito. Desde que nos acertamos ele tem sido bom e preocupado. Me feito muito bem, mas como a bela de uma ingrata que eu era as vezes, tenho recompensado o afastando, ou me afastando.

Todos os dias ele perguntava se eu estava bem, se estava me alimentando.

Se eu tinha voltado a passar mal.

Céus, quando, em toda minha vida, eu tive isso sem ser vindo de minha família?

Nunca.

E eu estou deixando o medo me parar de novo. Acontecia raras as vezes, mas ainda assim, acontecia.

- Estou sendo idiota. – Desabei contra a cadeira.

- Está, sim. – Concordou animada.

Neguei com a cabeça e arrastei a cadeira para trás, me levantando e indo ao parapeito do camarote que nos dava visão ampla e privilegiada do palco, onde dentro de alguns minutos Peso Pluma se apresentaria. Foi uma sorte que esse show tenha surgido em um momento tão oportuno.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora