Nothing Matters But You²

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Nothing Matters But You²

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Nothing Matters But You²

Minhas férias acabaram e eu estava quase chorando. Esse mês passou tão rápido que a única sensação que sinto é que não aproveitei nada. Estou um pouco exausta precisando me dividir entre meus trabalhos marcados e escrever um álbum.

Me espreguicei sentindo alguns músculos tensos quando finalmente fomos liberados depois de gravar uma publicidade de roupas. Arranquei aqueles malditos saltos que já faziam meus pés pedirem socorro e suspirei indo para a pequena área destinada a nós, já que aquilo não poderia ser chamado de camarim.

Sorri e cumprimentei alguns funcionários gentis que passavam por mim elogiando meu trabalho e subi as pequenas escadas até o cômodo. Estranhei ao avistar um buque enorme em cima da mesa onde meu nome estava. Quando eu digo enorme, eu realmente não estava exagerando. As rosas vermelhas pareciam explodir para fora do pequeno papel branco que estava preso a uma fita amarela.

- Uau. Alguém tem um admirador secreto. – Brincou Andreia, com o olhar curioso em cima de mim.

Outras modelos também vieram atrás e sorriam ao ver o grande buquê. Eu até poderia achar que era secreto se um certo perfume, - muito familiar, - não emanasse delas. Sorri antes mesmo de pegar o cartãozinho preso e abri-lo.

Você tem sido a única faz muito tempo.

Coloquei a mão na boca tentando esconder o sorriso enorme que surgiu em meus lábios. Puta que pariu! Eu estava completamente derretida, estranhei o fato dele ter colocado "ah muito tempo" já que nos conhecíamos a pelo menos um mês, mas deixei para lá.

Peguei ligeiramente minha bolsa e tirei de lá as chaves do carro. Na mão livre, - mesmo com dificuldade, - peguei as grandes flores e caminhei até a porta.

- Não vai nem tirar sua maquiagem? – Andreia perguntou.

- Não dá. – Sorri e indiquei o objeto em meus braços.

Isla havia comentado como quem não quer nada que o time treinaria hoje no estádio oficial, que já estava praticamente livre de reformas. Hoje passei quase 30 minutos pendurada no celular escutando seus lamentos e quanto ela queria estar em Barcelona para ver o treino deles.

Ela precisou viajar até Madrid para um trabalho enquanto eu estava indo agradecer pessoalmente pelo presente.

Destravei o carro e entrei no banco do motorista, colocando delicadamente as flores no banco ao lado. Sorri ao ouvir Make you mine no rádio quando sai com o carro pelas ruas movimentadas da grande cidade. O estádio não era longe, então depois de uns 20 minutos eu já estava mostrando minha credencial, - obrigada, pai. -, e entrando no grande estacionamento de visitantes.

Estacionei na sombra para que o calor não fizesse as flores murcharem rapidamente e sai, travando o carro e indo em direção a uma das enormes entradas daquele lugar. Os seguranças em nenhum momento me pararam ou questionaram o que eu estava fazendo ali.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora