Ryder

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Ryder

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Ryder

- Estão ficando?

Foi tudo que perguntou depois de alguns minutos em silencio apenas comendo. Eu observava a casa antiga e moderna que morávamos. Tudo tinha uma aparência luxuosa e antiga, com vigas douradas e brancas indo até o teto e em alguns ambientes papéis de paredes que retratavam anjos no céu. Toda a casa era repleta de varandas que nos dava uma vista para o jardim muito bem cuidado da minha mãe, tão colorido com diversas flores diferentes.

E tudo ficava ainda melhor quando a chuva vinha e então o cheiro de terra molhada pairava pelo ar, junta a melancolia do céu escuro e fechado. Então aqui estávamos sentadas em uma das varandas, tomando nosso café.

- Tipo isso. – Assenti e soprei o leve vapor que emanava do chá.

- Desistiu oficialmente da sua vingança? – Fez um biquinho debochado e logo colocou um pedaço de pão na sua boca.

Crispei os lábios sem saber o que falar.

- Escuta. Eu preciso que me direcione nisso. – Comecei coçando a testa.

- Por que está tão preocupada? Fazendo uma tempestade em copo d'agua?

- Porque ele me teve muito mais fácil do que eu gostaria de admitir. – Suspirei, de repente me sentindo cansada. – É como se ele tivesse um poder... e isso me desarmou. – Entortei a boca. – Desde o beijo não sou eu mesma.

Isla soltou um riso e concordou.

- Qual, é, Lottie? Nunca ficou apaixonada? – Me olhou indignada.

- Claro que fiquei! Você sabe bem. – Ela assentiu. – Mas nunca fiquei tão obcecada. Isla, eu estou escrevendo um maldito álbum e até agora todas as músicas são pensadas nele, caramba. – Sussurrei essa última parte.

Eu estava preocupada, é claro que estava. Claro que não tinha problema nenhum em gostar de alguém e acabar envolvido, mas tem me assustado a intensidade dos meus sentimentos por ele. Quer eles sejam românticos, ou não.

- Isso é amor, Angelina. Amor de verdade. – Revirou os olhos. – Daqueles maduros que são para a vida e não esses adolescentes.

- Eu me sinto uma adolescente idiota. – Pestanejei, negando

Me calei e pelos próximos minutos meio que ignorei o que ela falava, pois, minha mente rodopiava em volta da imagem de um certo alguém. Tudo que eu conseguia pensar era em seus olhos brilhantes de desejo e suas sobrancelhas franzidas enquanto eu estava em cima dele.

- Angelina! – Me virei assustada olhando para Isla que estava com o seu celular em mãos.

- Desculpe, não estava ouvindo. – Entortei a boca.

- É claro que não. – Revirou os olhos. – O Fernando está aí.

- Qual Fernando?

Pois agora tínhamos o irmão do Pedri em nosso círculo de amizades.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora