Heartless*

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HeartLess*

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HeartLess*

Nunca. Em toda a minha vida pensei que passaria por uma situação dessas, situações estas que eu só conseguia encontrar nos meus livros mais duvidosos. Mas aqui estava eu, trancada em um banheiro enquanto um psicopata estava atrás da minha amiga.

Espalmei novamente as mãos na porta e tentei bater, mas havia um pequeno grande problema: A porta era de uma madeira tão grossa que minhas pequenas e delicadas mãos só faziam se machucar, pois o barulho era quase nulo.

Dei um murro irritada e depois acariciei minha mão dolorida. Que situação do caralho!

- Heloisa já tinha falado com o Pedri. Ele já deve estar voltando. – Falei para o meu próprio reflexo no espelho.

Então é isso, a única coisa a se fazer era esperar e rezar para que tudo ocorresse bem. Olhei para as minhas próprias mãos e tentei acalmar meu coração que galopava ferozmente dentro do meu peito, mas ele só fez ficar mais agitado com os acontecimentos que se seguiram.

Nada nesse mundo poderia me preparar para a fúria incandescente que era Pablo Gavi abrindo a porta em um baque surto. Seus olhos correram aflitos pelo local e, bom, não sei dizer bem o que me fez cambalear e segurar mais ainda a pia que agora estava atrás de mim, mas de repente a suavização que tomou aquele olhar castanho me deixou bamba; fraca.

Seus passos se tornaram urgentes e largos em minha direção e eu estava paralisada. O mundo é realmente uma caixinha de surpresas, pois, eu esperava tudo nesse momento, menos suas mãos calejadas tocando meu rosto de maneira tão delicada como se estivesse com medo de me machucar.

Então sim, eu estava paralisada pra' caralho.

- Você está bem? - Sua pergunta veio com uma urgência arrebatadora. Abri a boca sem saber o que dizer, mas voltei a fecha-la, optando apenas por assentir. – Palavras, diabinha.

Meu coração desabou. Como jamais havia acontecido. Gavi me desarmou totalmente apenas com palavras.

O homem a minha frente sempre foi expressivo quando estava domado pelo ódio, mas eu não esperava ver tanta expressão e emoção ao demonstrar suas preocupações. Porque o que eu via agora era inegável.

Gavi estava morrendo de preocupação.

E isso era direcionado a mim.

- A... – Engoli em seco e olhei ao redor. – Acho que sim. Foi só um susto.

Sua cabeça balançou em concordância, mas seus olhos ainda passeavam por mim de forma frenética em busca de algum arranhão.

- Ele tocou em você? – A ponta do seu indicador raspou na maçã do meu rosto, me causando nervosismo.

- Me empurrou quando tentei sair.  - Sua mandíbula apertou e vi fúria surgir em seus olhos, mas ele os fechou. Gavi respirou fundo e tirou suas mãos de mim, colocando-as cada uma de um lado meu, comigo permanecendo no meio delas. – Achei que ele estivesse preso. – Franzi o cenho.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora