Ryder²

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Ryder²

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Ryder²

O restaurante estava suavemente iluminado, com luzes âmbar penduradas no teto. O cheiro de comida recém-preparada misturava-se ao leve aroma de vinho que pairava no ar. As mesas eram dispostas de forma íntima, com toalhas brancas impecáveis e arranjos de flores discretos.

Naquela noite, o lugar estava bem movimentado, mas de alguma forma, a mesa onde estávamos parecia um pequeno mundo à parte.

Ou era apenas minha ansiedade me insolando indiretamente.

Observei o ambiente com uma mistura de nervosismo e fascínio. Sentada em uma cadeira de couro confortável, de frente para a Belen, ela tentava manter a postura ereta enquanto folheava o cardápio, mas em alguns momentos reclamava de dores nas costas e isso tirava alguns resmungos de sua filha.

Meu coração batia um pouco mais rápido do que o normal — o jantar representava mais do que uma refeição. Era o momento em que nos conheceríamos melhor e sinceramente, - ou anormalmente -, eu estava torcendo para que ambas gostassem de mim. Sempre fui uma pessoa muito bem-educada e simpática, mas eu seria louca se não tremesse na base com a família do Gavi.

Aliás, que em sã consciência não tremeria ao conhecer a família da pessoa que estava ficando?

Os olhos afiados de Belen, que examinavam o cardápio com atenção, ocasionalmente se erguiam para me olhar e depois o filho. O sorriso dela era sutil, quase enigmático, e eu sabia que estava sendo cuidadosamente avaliada. Cada palavra dita, cada gesto, cada escolha no menu seria anotada mentalmente.

Ou eu apenas estivesse assistindo filmes demais e pirando atoa.

Fiz uma careta mínima e senti a mão do garoto ao meu lado apertar a minha.

À direita de Belen, estava Aurora. A irmã do Gavi parecia muito mais relaxada e animada em comparação com a mãe. Parecia até que ela estava prestes a explodir com minha presença. O cabelo loiro estava solto, caindo em ondas suaves pelos ombros. Ela era extrovertida, isso estava claro desde o início.

- Então, como vocês se conheceram mesmo? – Ela perguntou, virando-se para mim com um sorriso travesso, inclinando-se levemente sobre a mesa.

Mórdi o lábio e olhei para Gavi pelo recanto de olho. Por um momento eu quis rir pela ironia dos fatos. Eu nunca poderia, de verdade, contar-lhes como nos conhecemos e como seu filho me odiou com todas as forças.

- Nos conhecemos quando o meu pai fechou um patrocínio com o Barcelona..., mas só começamos a sair um tempo depois. Acho que nunca fundo já estava meio apaixonado já que foi bem... persistente. – Soltei com humor

Gavi, ao meu lado, deu uma risada baixa, confirmando ironicamente com um leve aceno de cabeça.

- Persistente? Eu diria determinado, linda. - brincou ele, estendendo a mão para pegar a taça de vinho. Seus olhos brilharam ao olhar para mim, como se ele já soubesse que aquela seria uma grande história a ser contada. – Apesar de que eu tenho certeza de que você estava caidinha primeiro.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora