GV

193 24 13
                                    

GV

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

GV

(Titulo não oficial)

Mordi a pontinha do lápis enquanto me esforçava para pensar em alguma coisa. Eu meio que estava em um processo de criação, mas não sabia por onde começar, na verdade, não tinha uma palavra sequer no papel.

Eu queria que essa música tivesse um conceito mais profundo e realista. Ainda não tínhamos nenhuma acústica na seleção de músicas para o álbum e eu gostava muito de voz e violão.

Passei os olhos para a tv em minha frente onde passava clube da luta. Brad Pitt apareceu na tela e eu vaguei pensando no personagem interpretado por ele, - Tyler Durden, - que era a exata personificação de uma vida sem regras e cheia de liberdade.

E por um momento o sentimento me parecia familiar de quando eu estava com o meu jogador.

Meu.

Por algum tempo a ideia de Gavi ser meu me assustava e até me fazia repudiar, mas agora... parecia algo que apenas deveria ser; sem explicações; a ideia de ser dele também não me assustava mais. Nós, sem dúvidas, éramos a verdadeira personificação de um enymes to lovers, que no fundo, - acho, - sempre viveram no lovers sem aceitar.

E era exatamente por isso que eu não tinha uma música escrita ainda, apenas o nome dela "GV" porque mesmo que todas as outras já escritas tivessem sido feitas sobre ele, essa seria PARA ele.

Acho que no final, eu demorei muito para perceber que gostava dele mesmo. De verdade.

Suspirei e olhei para as flores em cima da mesa central do Studio, que tinham sido entregues para mim essa manhã quando estava saindo de casa, e lá estava outro bilhete.

Você é a única que eu sempre quis na minha vida.

Gavi sempre me deixava confusa com seus bilhetinhos. Ele falava como se me desejasse a muito tempo, muito mais do que eu soubesse, e várias vezes tentei procurar no baú da minha mente se já tínhamos nos esbarrado antes, e nada.

Cogitei de ele saber que eu era a Lottie da festa, mas descartei porque ele teria de falar.

Como você falou para ele?

Minha mente rebateu e eu bufei.

- Você acha que consegue sair algo se fizéssemos uma melodia? – Jack perguntou enquanto dedilhava os dedos pelo violão.

- Acho que sim. – Assenti e me ajeitei no sofá. – Quero algo lento, simples e descomplicado.

Ele assentiu e depois de alguns minutos algo interessante surgiu. Balancei a cabeça no ritmo da melodia e palavras aleatórias foram brotando em minha cabeça.

- Com meus dedos em sua boca, você fala só vogais. E eu gosto. – Comecei anotando no papel. Jack me olhou com as sobrancelhas arqueadas e eu dei de ombros. – E com a mão ao redor da minha garganta, eu não quero te ver ir. Porque eu gosto.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora