Hurts like hell

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Hurts Like Hell

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Hurts Like Hell

Desci do palco irritada, ouvindo os passos de Isla atrás de mim. Assim que cheguei no camarim arranquei a peruca vermelha e a joguei no sofá, passando os dedos pelos fios marrons iluminados do meu cabelo.

- Madison. – Fernando -, meu empresário -, entrou no camarim e levantou as mãos em rendição quando o olhei mortalmente.

Logo depois Isla entrou -, vestida na sua fantasia de bailarina super sexy -, fechando a porta e cruzando os braços.

- Não estou com cabeça para isso. – Me pronunciei, tirando a máscara de diabinha. Me sentei no sofá e coloquei as mãos na cabeça, respirando fundo.

O homem me olhou e revirou os olhos, se aproximando de mim.

- Eu estou certo e a Palvin concorda. – Olhei para minha prima que deu de ombros. Era como se ela concordasse, mas sem se envolver realmente.

- Eu estou tentando, mas não consigo ter inspiração para escrever. – Confessei, suspirando. Eu já me sentia completamente cansada com aquela pressão.

- Eu sei, mas precisamos lançar esse álbum logo. – Fernando continuou. – Eu já te dei uma ideia. Termine essa última música, lance e faremos um clip dela. Um em que você apareça. E aí talvez agora que voltou para casa, consiga alguma inspiração para o álbum.

E aí estava o problema de ser uma cantora anônima. Uma hora ou outra eu precisaria aparecer, mas eu não queria o que vinha com a fama. Eu... não sei, queria apenas ser feliz cantando.

- A Sia é anônima faz muito tempo e isso não parece ser um problema para ela.

- Ela vem de tempos passados onde as pessoas não ligavam muito para isso. Já parou para ler os comentários nas suas redes sociais? As pessoas não param de pedir para que você se revele. – O homem se aproximou, colocando as mãos nos meus ombros. – E alguma hora você precisa, Mad. Precisa se quiser essa carreira.

Fiquei calada e massageei minhas têmporas, sentindo o corpo cheio de estresse. Passos foram proferidos, a música externa ficou alta, depois voltando a ficar baixa.

Fernando havia saído.

Fernando era um amigo de longa data que topou ser empresário da Angelina Ancelotti, a modelo, assim como ele também é o da Isla. Com o tempo, e com muita confiança eu apresentei essa outra ideia para ele e bom, ele tinha aceitado também ser empresário da Madison Beer, cantora anônima em ascensão. Mas anônima por um tempo limitado.

Mas eu não fazia ideia o sucesso que eu faria, e agora estava em uma corda bamba na qual era muito perigoso voltar. Não depois de termos fechado um acordo quase milionário com uma gravadora famosa.

Veja bem, eu sempre amei cantar; sempre amei escrever, mas nunca quis a exposição e perseguição que meu nome teria ao me revelar e então agora a ideia de que eu poderia conseguir um sem ter o outro faz eu me sentir burra.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora