Blue²

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- Sua casa é bem legal.

Olhei por cima do ombro. O garoto estava parado no corredor do andar de cima olhando atentamente uma escultura que era apenas a metade de uma mulher da Grécia antiga. Era até engraçado ver seus olhos semicerrados e o nariz franzido, como se tentasse obter informações secretas.

- Minha mãe gosta de coisas antigas e estéticas. – Sorri quando ele assentiu, ainda concentrado na peça a sua frente.

- É, ela definitivamente tem um bom gosto. – Concordou e me olhou, apontando para atrás de si. – Viu aquele cara que você chama de pai? Bonitão, tá? Ele meio que poderia ser um herói de filme.

Ri com a careta que ele fez.

- Vou me lembrar de conta-lo isso.

- Você não está ficando louca, diabinha. – Passou por mim, entrelaçando nossas mãos e me puxando corredor adentro. – Onde fica seu quarto, em?

Ele continuou a me puxar e eu o deixei levar. Eu ria à medida que avançávamos desajeitadamente pelo corredor e quando passamos por minha porta eu parei e o puxei, o assustando no processo. Soltei outro riso baixo e abri a porta branca, nos puxando para dentro. Me certifiquei de fecha-la bem, meus pais costumavam ser bem curiosos e nem devo dizer sobre Isla, não é?

O garoto parou a minha frente com as mãos na cintura e assentiu, me olhando por cima dos ombros.

- O que foi?

- É bem a sua cara. – Mordiscou os lábios e foi em direção a minha cama, se jogando contra os travesseiros.

- Tira o tênis! – Exigi e ele revirou os olhos, mas o fez. – Então você gostou?

- Bem, sim. Podemos fazer aqui nosso ninho de amor. – Brincou e me olhou risonho. Arqueei uma sobrancelha e me sentei na cadeira que ficava afrente da cama. – Acha que seus pais me aprovaram?

- Para que cargo em específico, mesmo?

- O cargo de seu homem, mas vamos lá, serei mais romântico. – Se apoiou nos cotovelos e levantou o tronco, encostando as costas na cabeceira da cama. – Para ser seu namorado.

Um fogo primordial subiu pelo meu corpo e se assolou na boca do meu estômago, juntamento com o rubor em minhas bochechas. Eu meio que odiava como minha personalidade se enfraquecia ao seu lado e eu virava uma menina boba. Permaneci em silencio quase ouvindo meu sangue bombear freneticamente por meu corpo, como se fosse uma corrida de fórmula 1.

Ele riu ao notar meu leve choque e depois franziu o cenho.

Cocei a garganta e me remexi desconfortável.

- Namorado, huh?

- É, mas vamos conversar sobre isso quando estiver pronta. – Assenti e ele me chamou com o dedo. Levantei-me da cadeira e fui para a cama, engatinhando até chegar em seu colo. – Tenho uma coisa para você.

THE DEVIL IN DESGUISE - GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora