Inefável é encontrar alguém disposto a se entregar no meio desse mundo de pessoas desinteressadas e com medo de se apaixonar.
É aquela viagem de fim de ano com a pessoa certa que a gente esperou tanto para poder fazer.
É como se chama dias bons dem...
META DO CAPÍTULO: +100 COMENTÁRIOS E EU TRAGO MAIS 💬
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"Esperar. Esta foi a primeira lição que aprendi sobre o amor."
JOSÉ LUCAS
Nas últimas semanas, dormir estava muito mais difícil do que normalmente já era. Os pesadelos, as vozes, a preocupação, o turbilhão de sentimentos se intensificaram muito mais e era uma luta intensa até que eu realmente pegasse no sono.
Mas naquela noite, o que já estava difícil, se tornou um pouco pior. Ela estava ali. E aquele lugar costumava ser tão nosso. Eu tinha um lembrança intensa com ela em cada canto daquele apartamento, que por maior que fosse agora parecia pequeno, Mas tão pequeno que chegava a sufocar. Ela estava ali, eu estava ali, e aquilo que antes era normal se tornou estranho. Eu não estava no quarto onde costumava estar, aquela não era a cama macia que eu já estava tão acostumado em dormir nos últimos meses. Ela estava ali, mas tinha um completo espaço vago entre nós. Do quarto ao lado eu ouvi alguns barulhos que eu sabia que era ela. Ouvia sua voz no fundo misturado junto com a voz escandalosa da Martina enquanto eu ficava parado atrás da porta tentando de alguma forma ficar mais perto me sentindo péssimo naquela situação.
Cada riso que eu ouvia, cada barulho dela por menor que fosse fazia meu coração disparar e uma coisa se movimentar dentro de mim com a cabeça escodara naquela parede fria. Era quase uma tortura fazer meu coração entender que aquilo agora era a nossa realidade. Dali pra frente seria assim, ela estaria ali, mas pra mim daquele jeito parecia que não estivesse.
E não imaginei que seria tão difícil ouvir aquela voz, olhar nos seus olhos e não conseguir parar de sentir aquela porra que continuava ecoando dentro de mim. Eu realmente achei que ia desaparecer por completo com o passar dos dias sabendo o que nós éramos. Mas não passou, pelo contrário eu nunca senti uma coisa tão forte como aquela em toda minha vida, e talvez nem se existisse outra eu iria sentir. Ali, perdido em tantos pensamentos eu lidei com a verdade que por mais que eu tentasse, ela nunca ia ser como a Martina pra mim, eu nunca ia conseguir deixar de ver ela como eu via, e eu me sentia um merda por isso, mas há quem eu queria enganar ? Eu não era tão bom assim, eu não conseguiria fazer aquilo e talvez a Nina estivesse mesmo certa e a gente não fosse conseguir ficar dentro daquela casa Juntos.
Eu estava sendo um covarde porque a presença dela me acalmava e estar do lado dela fazendo qualquer coisa me fazia o homem mais feliz dessa vida mesmo com tudo desmoronando em volta, porque eu a amava muito pra deixar ela ir, mas aquilo não podia mais acontecer. E talvez continuar tão perto assim, só ia piorar ainda mais nossa situação.
Eu só precisava entender como fazer isso, porque eu confesso que não fazia ideia..
Sai do quarto depois de horas virando de um lado pro outro naquela cama e bebi um pouco de água vendo que aquilo não ia adiantar porra nenhuma. A casa estava um completo silêncio e eu parei atrás da porta dela dessa vez não ouvindo barulho nenhum, provavelmente uma hora daquela ela já estava dormindo. Procurei o Husk com os olhos e ele também não estava ali, muito provável que estivesse dormindo com ela..