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"Eu não consigo explicar o porquê  de te amar tanto, talvez seja porque o amor que sinto esteja acima da racionalidade, e por isso as palavras não dariam todo o significado ao que eu sinto

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"Eu não consigo explicar o porquê  de te amar tanto, talvez seja porque o amor que sinto esteja acima da racionalidade, e por isso as palavras não dariam todo o significado ao que eu sinto. Você me tem mais do que eu mesma e limitar isso a algumas frases parece tão pequeno que me calo e deixo a explosão de te sentir me tomar toda vez que você sorri."

NINA CARBONEL

Eu já estava ali no quarto a alguns longos minutos enquanto ouvia hora ou outra um barulho do lado de fora. Eles tinham chego a algum tempo e eu ainda não sabia qual era o momento exato pra sair, enquanto ouvia aquela voz de criança tão gostosa no fundo.

Tudo era meio estranho. De uma hora pra outra uma coisa daquela mexia com a vida de qualquer um. Mas no fundo eu sentia que pra ele aquilo era realmente um presente , por isso eu queria que corresse tudo bem. Talvez se eles chegassem eu eu simplesmente abrisse a porta como se fosse a dona da casa pra os receberem fosse um pouco estranho. Na verdade eu não sabia nem o que dizer pra eles. Eu queria conhecer o Henrique, mas não a mãe dele e isso também era outra coisa difícil de explicar.

Só de ouvir a voz dela ali eu já fiquei mexida. Eu sabia que eles tinham tido uma história, e não só isso mais um filho. Algo que ligava os dois pro resto da vida, e sim, aquilo trazia inseguranças. Mesmo não fazendo sentido sentir nenhuma delas, elas continuavam ali. Me lembrando qual era o meu lugar...

Continuei no computador resolvendo algumas coisas de trabalho e estava tudo uma completamente desordem pelo tempo que eu fiquei ausente. Tinham um tanto de e-mail pra responder, conteúdos pra gravar e eu estava simplesmente tentando organizar sem saber nem por onde começar.

Fiquei ali concentrada e quietinha até ouvir a voz do Zé um pouco mais alto do que antes eu estava ouvindo. Senti um leve apertozinho no peito mais continuei ali, tentando lembrar que eu não tinha nada haver com aquela situação, mas aí ouvi os dois falando mais alto, e bom... Tinha simplesmente uma criança ali no meio da discussão que parecia ficar cada vez pior.

Talvez eu fosse me arrepender, mais quando me dei conta já estava saindo do quarto, e quando fechei a porta a atenção dos dois se voltou pra mim.

Ele estava com o rosto vermelho, com o peito estufado que subia e descia com a respiração completamente descompassada.
Ela estava em pé, postura imóvel na frente dele, e eu não pude não reparar, era ela linda. Mas não estava com uma cara muito boa naquele momento.
Passei os olhos na sala rapidamente e encontrei aquele bebezinho sentado ali, parecendo um pouco assustado enquanto olhava para os dois.
Seus olhos estavam meio vermelhos como se ele quisesse chorar, e ele me olhou por alguns instantes assim que me notou ali.

Que situação eu me meti..
era a única coisa que eu conseguia pensar enquanto me aproximava deles naquele completo silêncio.

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