Inefável é encontrar alguém disposto a se entregar no meio desse mundo de pessoas desinteressadas e com medo de se apaixonar.
É aquela viagem de fim de ano com a pessoa certa que a gente esperou tanto para poder fazer.
É como se chama dias bons dem...
META DO CAPÍTULO: +150 COMENTÁRIOS E EU TRAGO MAIS <3
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"Eu te escrevi milhares de cartas que nunca irei enviar. Algumas com palavras tão duras que iriam te fazer sangrar, outras com a saudade que me assombra a cada manhã. Eu queria te dizer tantos desaforos, e ao mesmo tempo te abraçar tão forte. Eu queria poder te tratar com indiferença, mas derreto só em pensar em te olhar nos olhos novamente. Eu sou patética, e apaixonada."
JOSÉ LUCAS
DOIS MESES DEPOIS...
CHAMADA DE VÍDEO
Zé: Fala cara..- eu me ajeitei no sofá deitando em cima de uma almofada enquanto segurava o celular na mão
Martina: Achei que você fosse continuar me evitando sem me atender..- ela disse sorrindo do outro lado da tela e que saudade que eu estava daquela filha da puta. Nunca imaginei que aquele humor insuportável pudesse me fazer tanta falta..
Zé: Então a briga tá grande entre nós, porque tu tá fazendo a mesma coisa, e tá ai falando de mim.- pisquei pra ela de cara fechada e a mesma revirou os olhos.- Já num deu de ficar longe não ?.- eu perguntei e ela mudou o semblante um pouco
E como eu a entendia.. Não dava nem pra julgar. Senti a mesma vontade que ela quando acordei naquele hospital, entrar no primeiro avião e sumir. Essa era minha única vontade naquele momento, e as vezes ela ainda me visita, mas felizmente eu tinha uma pessoa que dependia completamente de mim agora, e eu não podia fazer isso, ainda que eu quisesse muito. A cota de fazer merda sem pensar no que poderia causar já tinha sido batida pra mim em todos os sentidos que você possa imaginar, sem margem pra mais erros..
Eu ainda tentava colocar tudo aquilo em ordem. A bagunça que ficou. Fazer aquilo sozinho estava sendo a coisa mais difícil naquele momento. Eu que passei a vida sozinho, em paz e feliz na minha própria solidão, estava sentindo agora um completo vazio. Falta de tanta coisa, de ver a bagunça que não fosse só dos brinquedos naquele apartamento. De não me sentir tão culpado, tão amargo. Eu sabia exatamente tudo que tinha me levado para aquele lugar, foi uma escolha minha assumir toda a culpa e me "isolar", talvez muitos estivessem me julgando, como gostam de dizer, sempre foi um grosso. Mas essa foi a maneira que eu encontrei de tentar sobreviver. Voltar pro meu casulo, e tentar voltar pro lugar onde minha vida parou.
Martina: Eu não queria voltar..- ela falou e vi seus olhos marejados me fazendo voltar a atenção pra mesma.- Mas o restaurante precisa de mim, não tenho como mas adiar isso por muito tempo. O Leo tá tentando supervisionar lá pra mim mais ele tem missão, preciso voltar no máximo em duas semanas..- Ela falou e eu vi seu desconforto no momento que o nome Leonardo saiu da sua boca e eu respirei fundo não querendo fuder ainda mais a mente dela. A Martina viajar foi um ato de desespero. Nunca vi ela daquele jeito, e se ficasse aqui, naquela casa, com a mulher que chamamos de mãe por tanto tempo só iria piorar ainda mais a situação.