Inimigo

238 18 4
                                    

O cheiro daquele lugar era insuportável.
Tudo era escuro, e eles não conseguiam ver por onde andavam.
- Eu não posso ver nada - Link estava desconfortado - E esse chão é irregular e estranho...
- Espere - Midna criou uma esfera de energia, que iluminou o local.
Foi então que perceberam onde estavam pisando: Sob seus pés haviam espécies de plantas aquáticas. Mais a frente havia um grande lago.
Era o fim do caminho.
- E então? Onde está o grande monstro que assola esse bosque? - Por um minuto, Link desacreditou na história.
Mas, esse minuto se extinguiu, porque logo após dizer essas palavras, o chão tremeu e do lago surgiu uma gigantesca criatura, como se fosse uma planta aquática assassina. Ela possuía uma grande cabeça e uma boca repleta de dentes afiados.
Eles correram para trás de uma rocha.
- Como eu a mato?!
- Como eu vou saber?! - Midna parecia mais nervosa do que Link.
- Certo. Eu percebi que ela possuí uma espécie de coração, mole e flácido abaixo do pescoço...
- Não precisa dar as especificações técnicas, apenas diga seu plano!
- Talvez eu possa abatê-la perfurando esse coração com a espada, mas vou precisar de uma distração.
Midna revirou os olhos, sabendo que seria a distração.
Enquanto ele corria por trás da planta, ela começou a gritar o mais alto que podia:
- Ei, sua planta idiota e estúpida! Olha pra mim!
Link correu, mas algo que não previa aconteceu: A planta possuía braços, que estavam mais para cipós e o agarraram.
Com a ajuda de uma adaga, que sempre carregava, ele conseguiu cortar o baço da planta, sendo derrubado com grande violência no chão.
Midna sabia que precisava ajudar. Tentou lançar uma esfera de energia, mas seus poderes não eram o suficiente.
Outro braço havia crescido no lugar do que fora cortado, e com ele a planta envolveu Link começando a sufocá-lo.
A sensação era terrível: não conseguia respirar e seus ossos pareciam que estavam sendo esmagados.
Midna viu a espada no chão, e com todas as suas forças, atingiu um dos olhos da criatura, que se contorceu de dor e o soltou.
A planta ficou mais furiosa e tentou contra-atacar.
- Link, é a sua chance!
Levantando e pegando a espada, ele conseguiu perfurar o coração da planta, que gritando, caiu morta.
- Midna, você está bem?
- Sim, bem diferente de você! - Ela havia percebido que o braço de Link provavelmente estava quebrado.
- Vamos! - Mas ela permaneceu parada, passando os olhos por cada canto da sala.
- Espere! Apenas espere - Midna parecia estar procurando algo.
A cabeça da planta, então começou a escurecer e explodiu virando pó. E no meio do pó estava um objeto estranho que ele não sabia o que era.
- Isso! Era isso que eu procurava! - Midna pulava de alegria.
- E o que é isso? - Link estava curioso e assustado com a alegria repentina.
- Isso, é uma sombra fundida. E é com ela, que derrotaremos Zant.
- Mas está quebrada! - Link percebeu que haviam fissuras nas extremidades que provavam que naquele objeto faltava algo.
- Ela não está quebrada, apenas dividida. Zant entregou os fragmentos para as criaturas das trevas, pois assim eu não poderia detê-lo.
- E quais são as outras duas criaturas? - Provavelmente, uma é a do Fogo, que está na Montanha da Morte, é a outra da água, que eu não tenho certeza, mas deve estar no Domínio dos Zoras.
— E o que estamos esperando? Vamos! - Midna e Link então, saíram do Templo do Bosque e seguiram em direção ao norte.

A Lenda de Zelda: A Princesa do Crepúsculo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora