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Quando chegaram na Vila Kakariko, Colin foi o primeiro a recebê -los.
- Link, seu rosto, você está bem? - O ferimento ainda era visível.
- Ei, eu estou bem - Ele ria diante do rosto de preocupação do menino - E agora, acho que promessa é dívida, não?
- Vamos voltar para Ordon? - O rosto de Colin se iluminou.
- Claro que vamos, afinal Rusl deve estar morrendo de preocupação.
- Tem razão, eu também estou morrendo de saudades do papai.
Link sabia que era a hora de encarar a verdade. Seria difícil, mas era necessário.

Na manhã seguinte, eles partiram rumo a Vila de Ordon.
Colin ia montado em Epona, enquanto Link e Midna iam à pé.
À noite acamparam sob as estrelas.
- Qual é o nome daquela? - Colin olhava para o céu.
- Aquela é Sirus, fica na constelação do Cão Maior. Dizem que é a estrela mais brilhante visível a olho nu - Ele conhecia as estrelas mais importantes do céu, pois elas eram uma das maneiras de se localizar em algum lugar.
- Não entendo porque vocês dão nomes as estrelas... - Midna bocejou desinteressada.
- Alguns nomes são dados aleatoriamente, outros vem com o nome de seus descobridores e outros servem para homenagear as pessoas que gostamos - Link explicou.
- Podemos escolher um nome para uma estrela? - Colin havia gostado da ideia.
- Claro que sim! Que nome quer dar?
- Eu pensei em Ilia...
- É uma ótima ideia... - Link sorriu e sentiu as pálpebras pesadas, caindo em sono profundo.
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A Vila de Ordon parecia estar igual a quando Link partira.
- Papai! - Colin avistou Rusl de longe e correu ao seu encontro.
As pessoas pareciam não acreditar, estavam curiosas e faziam muitas perguntas que Link tentava não responder.
Talo, Beth e Malo queriam os detalhes da grande aventura, e não saiam de perto deles.
- Link! O que aconteceu com você? - Depois de abraçar o filho, Rusl veio até ele, e percebeu os ferimentos e hematomas.
- Não se preocupe Rusl, eu estou bem - Link olhou para a cicatriz na mão do amigo, não podia acreditar que havia feito aquilo.
- Você encontrou minha espada! E vejo que fez bom uso dela - Ele parecia orgulhoso - Acho que agora ela pertence à você.
- Obrigado!
Ao longe Link avistou Bo, o pai de Ilia.
- Link, ainda bem que você está vivo! Mas, onde está Ilia? - O homem gordo, possuía um lampejo de esperança no rosto.
Link engoliu seco.
- Eu sinto muito... - Seus olhos ficaram vermelhos.
- Mas... - O grande homem se sentou e caiu em pranto.
Todos fizeram silêncio, estavam em choque com a notícia e não podiam acreditar.
Midna havia ficado na casa de Link, não gostava do jeito curioso que as pessoas a olhavam. Ele entrou e começou a arrumar as bagagens.
- Quando nós partimos?
- Eu não sei, Epona precisa descansar, mas acho que podemos ir daqui a uns dois dias. - Link também tinha pressa. Ele amava Ordon, mas depois do que aconteceu, não se sentia a vontade em ficar com seus amigos.
- Ah, mais que ótimo! Vou ficar trancada em um cubículo, com apenas uma cama por dois dias - Midna estava nervosa.
- Você não precisa ficar presa aqui, além do mais, o que aconteceu com a jovem despreocupada, com uma vida luxuosa... - Link sorriu, a ironia era realmente boa às vezes, e ele se perguntava se não estava ficando igual à um Twili.
- Acontece, que isso é diferente...
- Deixa de ser boba, porque você não vai conhecer as crianças, elas vão amar você.
- Prefiro ficar aqui, a ser babá de bebês!
- Ótimo, boa sorte! Eu volto mais tarde.
- Mas... - Midna esperava que ele fosse insistir.
Link saiu de casa e foi falar com Beth.
- Oi, Link!
- Oi, eu preciso te perguntar uma coisa.
- O que é?
- Você não sabe se a sua mãe está vendendo algum arco com flechas na loja?
- Não, acho que a última arma que ela vendeu foi um estilingue, para um garoto baixinho e estranho de roupas verdes...
- Tudo bem. Obrigado.
Ele achava que era bom melhorar seu arsenal de armas, afinal ele ainda teria que enfrentar mais uma criatura para conseguir a última sombra fundida. O jeito era falar com Rusl.
- Oi, Rusl. Será que você tem um arco por aí? - Link tentava manter o foco no assunto.
- Claro, Link. Eu vou pegar para você. E então, vai voltar a trabalhar no rancho?
- Na verdade é sobre isso que eu vim falar com você - Link coçou a nuca - Eu não vou ficar.
- Como assim? Para onde você vai?
- Escute Rusl, muitas coisas aconteceram e minhas prioridades e objetivos de vida mudaram. Eu não posso viver em Ordon, enquanto... - Link parou subitamente, não podia contar sobre Zant, pois sabia que isso podia colocar a vida de todos na Vila em risco, além de temer que com o Crepúsculo ainda em atividade, ele se tornasse uma fera novamente.
- Enquanto, o quê? - Rusl estava desconfiado.
- Me desculpe... - Link desviou o olhar.
- Eu entendo - Ele lhe entregou o arco e depois o olhou fixamente - Apenas lembre de fazer o que é certo, ok?
- Pode deixar - Link sorriu e saiu.

A Lenda de Zelda: A Princesa do Crepúsculo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora