A Lenda de Zelda: A Princesa do Crepúsculo - Livro 1

Esperança

Era a primeira vez, que Link ia ao Castelo de Hyrule oficialmente. Ao longe ele podia ver que, em volta das torres havia um grande campo de energia, era o Crepúsculo, que impedia os cidadãos da Cidade Baixa, de se aproximarem demais.
- O que exatamente estamos fazendo aqui? - Midna planejava ir direto ao Lago Hylia, para encontrar a última sombra fundida.
- Estamos aqui, porque eu preciso de um mapa para irmos até o Lago, e além do mais precisamos recarregar nossos suprimentos de comida - Link caminhou por entre mercadores, que faziam de tudo para vender seus produtos.
A Cidade Baixa era um lugar muito movimentado, e mesmo com medo do Crepúsculo as pessoas iam diariamente ao centro comercial, para fazer compras.
Link comprou os suprimentos de que precisavam e se dirigiu à uma loja de armamentos, a fim de comprar flechas para o arco que Rusl lhe deu. Midna não aguentava mais aquele lugar, as pessoas se empurravam e o barulho era para deixar qualquer Twili louco. Ela se dirigiu até uma escada que parecia levar a um bar.
Depois de alguns minutos, Link apareceu com um pacote em mãos.
- Onde você estava? Eu te procurei por toda a parte!
- Isso é demais pra mim! Eu não entendo como vocês conseguem viver assim...
- Certo, que tal beber alguma coisa? Tem um bar bem ali, que parece estar vazio...
- "Bar da Telma" - Midna leu o nome em voz alta - Não parece ser o lugar ideal para relaxar.
Link riu e entrou. Ele tinha razão, o bar estava vazio e na bancada havia uma mulher que aparentava ser a dona do lugar.
- Olha só, faz tempo que não vejo forasteiros por aqui. Eu sou Telma - A mulher era realmente a dona do bar - E então, para onde estão indo?
- Eu sou Link. A propósito, que bom que perguntou, nós estamos indo para o Lago Hylia e precisamos de um mapa, será que você não tem um?
- Claro que tenho! - Telma sorriu.
De um quarto ao lado saiu um homem, que se dirigiu a ela:
- Ele não está nada bem...
- Não se preocupe eu mandei chamar um médico. Ah, será que você pode arranjar um mapa do Lago Hylia, para esse jovem?
- Claro! - O homem demorou um pouco, mas logo apareceu com um mapa nas mãos.
- Obrigado! - Link se aproximou do homem para agradecer, porém, ele viu algo: O homem carregava no pescoço, um cordão com uma pequena réplica de um chifre de cabra, e possuía pequenos furos que serviam para assobiar a fim de chamar cavalos.
Ele reconheceu as pinturas feitas a mão, e sabia que só poderia pertencer a uma pessoa.
- Ilia...
- Desculpe, o quê? - O homem olhou para ele, tentando entender.
Link mudou o semblante. Sua mão se dirigiu a adaga em seu cinto.
- O que fez com ela!? - Um grito deixou todos assustados e estáticos.
- Link, você ficou louco? Abaixe isso! - Midna foi até ele.
O homem e a mulher se olhavam assustados.
- Desculpe, eu não sei do que você está falando...
- O colar. Onde você o encontrou? - Link se aproximou mais do homem.
- Eu.... eu... - O homem passou a gaguejar - Ela...me...deu...
- MENTIROSO! VOCÊ A MATOU! - Ele gritou e foi em direção ao homem que tentou se defender.
A adaga caiu no chão, e Link se jogou em cima dele, lhe desferindo um soco no rosto. Midna tentou puxá-lo, e com a ajuda da mulher, o empurrou para longe.
- Link! Fica calmo! O que deu em você?
Foi nessa hora que uma garota, com o semblante cansado se aproximou da porta do quarto.
- Ilia...
Link a olhavam como se aquilo fosse impossível. Midna também ficou surpresa, e os dois se aproximaram de Ilia, que recuou assustada.
- Ilia, sou eu,  Link... - Ele não entendia o medo da garota.
- Eu não sei quem é você... me deixe em paz! - Ilia correu para dentro do quarto.
O homem e a mulher assistiram a cena e pareciam compreender.
- Você a conhece? - Telma o olhou com piedade.
- Eu... - As palavras não saiam de sua boca.
O homem se aproximou de Link, que pensou que receberia uma surra, depois do soco que havia lhe dado.
- Então, o nome dela é Ilia? Eu a encontrei nos campos de Hyrule, quando saía para fazer entregas. Ela estava com um ferimento de flecha nas costas, e o médico não lhe dava esperança de vida, porém, eu e minha esposa cuidamos dela, e logo ela se recuperou, mas, não se lembrava de nada.
- Me desculpe, eu não sei o que dizer...
- Tudo bem, fico feliz em saber que existe alguém que a estava procurando e se preocupa com ela - O homem sorriu.

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Link e Midna ficaram em uma hospedaria naquela noite.
- Sabe que não vai adiantar nada, ficar aqui, não é? - Midna olhava para Link que estava pensativo - Você não pode fazer nada...
- Eu sei - Ele suspirou - Mas eu quero tentar falar com ela amanhã. E se não der certo, nós partimos.
- E depois?
- Eu vou levá -la até Renado. Talvez ele possa nos ajudar, e lá ela vai estar segura - Link sorriu por um momento - Pelo menos ela está viva...