Alex Albon- Dangerously

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Tocar Música da Midia!

S/N's POV

Amar Alex era, ao mesmo tempo, a melhor e a pior coisa que já me aconteceu. No início, parecia simples. Um rapaz engraçado, de sorriso fácil e olhar tímido, apaixonado pela velocidade e pelo risco. Conhecê-lo foi um acaso, algo que nunca imaginei para a minha vida. Mas, desde o primeiro momento, algo em mim soube que não seria fácil.

Eu apaixonei-me pelo Alex Albon, mas também por tudo o que ele representava: a adrenalina das corridas, o mundo glamoroso e intenso da Fórmula 1, as viagens constantes, o reconhecimento público. Só que o amor tem uma maneira curiosa de nos fazer ignorar as bandeiras vermelhas que, mais tarde, nos atropelam com a força de um carro a alta velocidade.

No início, tudo era perfeito. Ele fazia questão de reservar tempo para mim, mesmo com a agenda de treinos, as corridas, os eventos. "Tu és a minha prioridade", dizia-me, segurando a minha mão enquanto estávamos num jato particular, a caminho de uma cidade qualquer. Senti-me especial. Acreditei que conseguíamos equilibrar tudo. Mas o equilíbrio é frágil, e quando o mundo começa a pesar mais de um lado, o outro inevitavelmente afunda.

Com o passar dos meses, percebi que amar alguém como Alex significava partilhá-lo com o mundo. Não era apenas o meu namorado; ele pertencia aos fãs, às câmaras, às equipas que o pressionavam por melhores resultados. O nosso tempo juntos começou a ser medido em minutos roubados entre entrevistas e viagens. Mesmo quando estávamos fisicamente no mesmo lugar, senti-o cada vez mais distante, absorvido pelas responsabilidades e pela pressão constante de ser um piloto de Fórmula 1.

Eu sabia no que me estava a meter, ou pelo menos pensei que sabia. Não sou ingénua. Mas o que ninguém me avisou foi sobre a solidão que viria. Amar Alex era como tentar segurar areia nas mãos – quanto mais tentava agarrá-lo, mais ele escapava pelos meus dedos.

Uma noite, depois de mais uma corrida em que mal conseguimos estar juntos, perguntei-lhe diretamente: "Ainda somos prioridade um para o outro, Alex?" Ele olhou-me com aqueles olhos castanhos que tanto adorava, mas, desta vez, havia algo diferente neles. Uma sombra de cansaço, talvez? Ou seria culpa?

"Tu sabes que és importante para mim," respondeu ele. Mas não era uma resposta direta. Sabia disso. E ele também.

É estranho como o amor pode doer tanto. Ninguém fala o suficiente sobre isso. O amor é sempre romantizado – as borboletas no estômago, os sorrisos, os beijos roubados. Mas o lado sombrio do amor, o lado em que te perguntas se ainda és suficiente, se ainda pertences a essa pessoa, é devastador. Porque, em algum momento, comecei a perguntar-me se amava Alex demasiado, se essa intensidade que sentia estava a sufocar-me.

Vivia para os poucos momentos que passávamos juntos. Planos eram sempre cancelados em cima da hora; havia sempre algo mais importante. "Vamos compensar," ele dizia, prometendo-me viagens ou fins de semana só nossos, promessas que quase nunca se concretizavam. Sentia-me egoísta por querer mais, por querer que ele fosse apenas meu, nem que fosse por um dia.

O pior era que não podia falar sobre isto com ninguém. Quem poderia entender? Os amigos diziam-me que eu era sortuda por estar com alguém tão incrível, tão famoso. Outros diziam que era normal, que namorar uma pessoa pública implicava sacrifícios. Mas nenhum desses conselhos preenchia o vazio que crescia dentro de mim.

A dor tornou-se um companheiro silencioso. Era uma presença constante, como uma nuvem que nunca desaparecia completamente. E, eventualmente, começou a afetar a maneira como via Alex. Já não conseguia olhar para ele sem sentir uma ponta de ressentimento, sem me perguntar se alguma vez seria suficiente. Ele tentava, eu sei que tentava. Mas quanto mais se esforçava, mais percebia que o problema não era ele. Era o mundo em que ele vivia. E eu não pertencia a esse mundo.

Houve uma noite em particular que ficou gravada na minha memória. Estávamos em Mónaco, um dos lugares mais icónicos para ele, e ele tinha acabado de regressar de uma reunião exaustiva com a equipa. Eu queria tanto falar com ele, dizer-lhe como me sentia, abrir o meu coração. Mas, quando ele finalmente entrou no quarto, percebi que estava demasiado cansado, exausto. O peso do mundo estava sobre os seus ombros, e não tive coragem de adicionar mais uma preocupação à sua lista.

Ele adormeceu rapidamente, mas eu fiquei acordada. A observar o teto. A observar o homem ao meu lado. E percebi que o nosso amor, por mais intenso que fosse, não era suficiente para combater todas as outras forças que nos rodeavam. O amor, por si só, não resolve tudo.

No fundo, sabia que o meu problema não era amar demais. Era amar alguém que, apesar de me amar de volta, tinha uma vida que não lhe permitia ser o que eu precisava. E isso... isso era uma verdade dolorosa de aceitar.

Dias depois, depois de muito refletir, confrontámo-nos. "Não posso continuar assim, Alex," disse, a voz trémula. Ele olhou-me, confuso. "Eu amo-te, amo-te tanto que dói, mas estou a perder-me nesta relação. Preciso de mais, e sei que não me podes dar."

O silêncio no quarto era pesado. Ele não disse nada de imediato, e isso foi resposta suficiente. Não era que ele não quisesse dar-me mais. Era que ele simplesmente não podia.

No final, aprendemos a difícil lição de que, por vezes, amar alguém não basta. Porque o amor, por mais bonito que seja, também pode ser doloroso. E, naquele momento, eu percebi que amar Alex significava deixá-lo ir, para que ambos pudéssemos encontrar paz. Porque, às vezes, amar demasiado é precisamente o que nos destrói.

E assim, com o coração despedaçado, saí daquele quarto, sabendo que, apesar de tudo, o meu amor por Alex sempre faria parte de mim. Mesmo que não o tivesse mais ao meu lado.


Olá pessoal!Espero que tenham gostado deste imagine.Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.

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