F1 Imagines

Lewis Hamilton- I need you

Tocar Música da Midia!

S/N POV

As luzes da cidade piscam do lado de fora da janela do hotel, e o som do tráfego ao longe é a única coisa que quebra o silêncio da sala. Estou sentada no sofá, com as pernas cruzadas, olhando para o relógio na parede como se ele me pudesse dar uma resposta. O tempo está a passar, e com ele, o que quer que tenha restado da relação entre mim e o Lewis. Sinto que estamos a morrer, lenta e inevitavelmente.

Nunca pensei que chegássemos a este ponto. Quando nos conhecemos, tudo parecia tão certo, tão fácil. Ele tinha aquele sorriso cativante, uma energia quase magnética que atraía toda a gente para o seu redor, e eu não era exceção. Apaixonei-me pela sua paixão, pelo modo como falava sobre corridas, sobre carros, sobre a adrenalina de estar na pista. Apaixonei-me pelo homem por trás do piloto, por alguém que parecia tão determinado a ser o melhor em tudo o que fazia, mas também capaz de se conectar a um nível mais profundo. Pelo menos, era o que eu pensava.

Nos primeiros meses, parecia que éramos invencíveis. Apesar das viagens constantes, das pressões da Fórmula 1 e das suas responsabilidades, encontrávamos sempre tempo um para o outro. Fazíamos questão de que os nossos momentos juntos fossem sagrados, intocáveis. Lembro-me das longas noites em que falávamos sobre o futuro, sobre a vida para além das corridas, e de como ele me olhava com aquele brilho nos olhos, prometendo que tudo valeria a pena.

Mas, aos poucos, as promessas foram-se desvanecendo. A vida na Fórmula 1, que antes me fascinava tanto, começou a parecer mais como uma barreira entre nós do que uma aventura partilhada. As viagens tornaram-se mais frequentes, as chamadas menos longas, e os silêncios começaram a pesar. Tentava justificar para mim mesma, dizendo que ele estava apenas ocupado, que era o preço a pagar por estar com alguém tão ambicioso, mas no fundo, sabia que algo mais estava errado.

Os meses passaram e com eles a distância. Não só física, mas emocional. Nas poucas vezes que estávamos juntos, parecia que ele estava a milhas de distância, a pensar em qualquer outra coisa que não em nós. Eu fazia perguntas sobre as suas corridas, sobre o que o preocupava, mas as respostas eram curtas, superficiais, como se ele já não tivesse interesse em partilhar o que lhe ia na alma. Comecei a sentir que me estava a tornar numa espectadora da sua vida, em vez de fazer parte dela.

E o pior de tudo? Acho que ele nem se apercebe do quanto estamos a desmoronar. Para ele, talvez tudo isto seja normal. Talvez ele pense que é assim que as coisas têm de ser, que as relações são sacrificadas pela carreira, pela glória. Mas eu não consigo aceitar isso. Não posso continuar a fingir que estou bem com o facto de ser deixada para trás, de ser apenas uma sombra nos bastidores, enquanto ele brilha no centro das atenções.

Houve um momento em que percebi que algo tinha mudado definitivamente. Foi depois de uma corrida particularmente difícil para ele. Estava exausto, irritado, e quando finalmente conseguimos um momento a sós, tentei consolá-lo, tentei estar lá para ele. Mas ele afastou-me. Não fisicamente, mas emocionalmente. Respondeu-me com um silêncio gelado que me fez perceber que eu já não tinha acesso a ele como antes. Estava ali, ao seu lado, mas era como se estivesse a falar com um estranho.

Naquela noite, chorei no quarto do hotel enquanto ele dormia do outro lado da cama, completamente alheio ao turbilhão que se passava dentro de mim. Fiquei a olhar para ele, para o seu rosto sereno, e perguntei-me se ele também sentia o peso da nossa relação a esvair-se. Mas a verdade é que acho que ele já não pensa nisso. Ele está tão focado na sua carreira, nas suas vitórias, no próximo campeonato, que simplesmente não tem espaço para mais nada.

Eu, por outro lado, estou cansada de viver na sombra. Não quero ser apenas "a namorada do Lewis Hamilton". Quero ser eu, quero ser vista, ouvida, amada de verdade, não apenas nos intervalos das corridas. E sei que mereço mais do que isso. Mereço alguém que faça o esforço de estar presente, de lutar por nós, assim como eu lutei durante todo este tempo.

Mas agora, aqui estou eu, sozinha, neste quarto de hotel, a olhar para o relógio e a contar os minutos até ele voltar. Sei que, quando entrar, haverá mais um daqueles silêncios desconfortáveis. Talvez tentemos ter uma conversa, talvez tentemos resgatar algo que já está perdido há muito tempo. Mas, no fundo, acho que ambos sabemos que é inútil.

O amor pode ser uma coisa poderosa, mas não é suficiente quando só uma pessoa está a lutar por ele. O Lewis sempre foi um lutador na pista, mas fora dela, acho que ele se esqueceu de como lutar pelas coisas que realmente importam. Talvez ele nunca tenha sabido.

Sei que, quando o vir esta noite, terei de tomar uma decisão. Não podemos continuar assim. Não posso continuar a mentir para mim mesma, a fingir que ainda há algo a salvar. É doloroso, porque eu amei o Lewis com tudo o que tinha. Ainda o amo, mas não da mesma maneira. Já não com aquela esperança ingênua de que as coisas vão melhorar. Agora, só resta a tristeza de saber que aquilo que tivemos já se foi.

A porta do quarto abre-se lentamente, e o Lewis entra, com o rosto cansado, sem me ver de imediato. Não há aquele brilho nos olhos, aquela energia que me cativou. O homem que está à minha frente é uma versão desgastada daquele que eu amei, e isso parte-me o coração.

"Precisamos de falar," digo, com a voz firme, mas o coração em pedaços.

Ele olha para mim, finalmente percebendo que algo está errado. Mas não diz nada. E nesse silêncio, percebo que este é o fim.

E talvez, no fundo, ambos já soubéssemos disso há muito tempo.


Olá pessoal!Espero que tenham gostado deste imagine.Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.