Leve-me para seus braços amorosos

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Pov- Narradora

-Merda. - Freen reclamou, se levantando do sofá. Dormiu de mau jeito e agora estava com uma puta dor nas costas. Olhou para Becky, que ainda dormia na cama e preferiu não acordá-la e nem incomodá-la, apenas sentou e ficou esperando que a menina acordasse para que pudesse trazer o seu café.

Ainda não entendia direito o que tinha acontecido na noite passada, mas sabia que não era nada que fosse aplacar a raiva que Becky estava sentindo dela. Conhecia Becky bem demais para saber que ela ainda estava brava, mas não sabia o que podia fazer para fazer Becky perdoá-la.

- Bom dia. - dona Regina disse, abrindo a porta do quarto com um sorriso enorme. Freen não via motivo nenhum para sorrir.

-Bom dia, tia. - Respondeu baixo e dona Regina se aproximou da cama de Becky, acordando a menina depois de sacudi-la um pouco pelos ombros.

-Rebecca, filha, acorda. - dona Regina chamou baixo e Becky abriu os olhos, visivelmente confusa.

-Bom dia. - Freen disse para Becky. Mas ela nem se quer a olhou.

- O que foi? - Perguntou para sua mãe.

-Tenho ótimas notícias. - Freen revirou os olhos.

-Nada parece bom a essa hora da manhã. - Resmungou, desejando poder voltar a dormir no sofá ainda que aquilo piorasse sua dor. Era melhor do que Becky ignorando-a.

-Sarocha, você disse alguma coisa? - sua tia perguntou se virando para ela, e Freen negou com a cabeça.

-De forma alguma. - Disse, se levantando e saindo do quarto. Becky fingiu que não viu e sua mãe também, não queria discutir com ninguém.

-Enfim, eu acabei de falar com o médico e adivinha? Ele disse que você vai ter alta agora pela manhã! - Becky sorriu. Estava feliz em voltar para casa, finalmente.

-Nossa, mãe, isso é realmente incrível! Eu não aguento mais esse lugar. Dona Regina sorriu junto com a filha e em seguida a mulher foi buscar o café da menina.

Poucos momentos depois, o médico já havia assinado e autorizado a alta de Becky, receitando alguns remédios para que ela se recuperasse e repasse por mais alguns dias. Dona Regina precisava ir em casa buscar uma muda de roupas para Becky, Só então notou que Freen ainda estava sumida. Resolveu procurá-la por todo o hospital e não encontrou, estava cogitando a possibilidade de Freen ter ido embora sem avisá-la e resolveu procurar mais um pouco.

Por fim, encontrou-a sentada em um dos bancos de cimento que havia no pátio. Estava de braços cruzados e encarava o chão. Não era dos seus melhores dias e somando ao fato de Becky estar ignorando-a, era quase seu inferno pessoal.

-Sarocha? - Sua tia a chamou, e Freen levantou a cabeça de leve para ver a mulher. - O que você está fazendo aqui fora?

- Não faz diferença eu estar lá dentro ou eu estar aqui fora, faz? Eu só não fui embora porque sei que você precisa de ajuda. - Mentira. Freen não foi embora porque, de fato, ela não conseguiria ir e deixar Becky, ainda que não fizesse diferença para a menina a sua presença ali.

-Sarocha, se acalme. - Ela se sentou ao lado de Freen no banco. Era bem desconfortável. - Você não pode desejar que do nada a minha filha volte a falar com você. - Freen levantou uma sobrancelha e resolveu encarar o chão novamente, era mais interessante.

-Não importa. O que você queria? - Perguntou ríspida.

-Sarocha, eu não tenho culpa de vocês terem brigado. Se você puder guardar seus coices para outra pessoa, eu agradeço. - Freen maneou com a cabeça.

Meu Porto Seguro É Você 🔐 (Freenbecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora