30.Te amo

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Phillip Crane:

– Eloise! – bati na porta – Você não pode me colocar para fora do meu próprio quarto!

Eu já estava a uns bons minutos batendo na porta. Eloise havia trancado e estava lá dentro desde que saiu do banho.

– Eloise, estou ficando preocupado! Abre a porta, por favor!

O silêncio ainda era a única resposta.

– Quer saber? Vou abrir isso, você querendo ou não.

Sai do corredor e caminhei em direção as escadas, indo até a cozinha e encontrando a chave reserva dentro da última gaveta do armário da lavanderia.

Antes de abrir a porta chamei por Eloise novamente e ela não respondeu.

Ok, isso está me deixando muito preocupado!

– Eu te disse que entraria aqui de qualquer jeito. – paralisei quando a vi no chão – EL!

Ela estava no chão completamente pálida e desmaiada, ela usava um top e um short preto, o corpo gélido e parecia...sem vida!

A preocupação se alastrou por mim. A agarrei no colo e coloquei na cama... Ela estava gelada.

Droga, eu avisei para ela comer! E agora? Como digo isso para a mãe dela?

–El..acorda meu amor! – dei leves batidinhas em sua bochecha – Flor? Levanta.

Fiquei de pé rápido e fui até o banheiro lavando as mãos e deixando-as molhadas. Quando voltei passei a mão úmida em seu rosto e fiz uma massagem em sua nuca.

Foram alguns segundos até que ela se mexeu, então pude respirar aliviado quando seus olhos começaram a se abrir.

– Por favor, não me assusta dessa forma. – lhe abracei – Eu quase infartei!

Ela permaneceu em silêncio ainda abrindo os olhos. Mas, levou a mão até meu braço e apertou, me dando algum tipo de conforto.

– Você precisa comer, tipo agora mesmo! – exclamei – Não vai ter desculpa dessa vez.

– Tudo bem... Eu vou comer..

Finalmente!

– Vou preparar algo para você, fica aqui deitadinha, ok? – beijei sua testa – Volto logo.

Ela assentiu e a acomodei na cama. Fui para a cozinha e preparei um suco de maracujá e um prato vegano para ela, que eu custei fazer.

Bridgerton comeu sem vontade, mas comeu quase metade da comida e tomou boa parte de suco.

Para mim foi de bom tamanho, eu estava vendo o esforço que ela fez para comer cada coisinha que colocava na boca. Também não seria estúpido e fazê-la comer tudo sabendo que seu organismo iria recusar.

Levei a louça até a pia e voltei para o quarto. Bassie já estava deitada ao seu lado, parando para pensar ela deve ter se descontrolado quando viu que Eloise não comeu.

Meu Deus, até minha cachorra se preocupa com ela, e ela ainda se sente sozinha.

Abri espaço para mim entre elas, Bassie rosnou quando lhe tirei de seu lugar.

El deu um pequeno sorriso pálido e bateu no colchão para que a cachorra fosse deitar do outro lado.

– Me desculpa por mais cedo..– murmurou – Por...mentir

– Não.

– Não?

– Não. – repeti – Nunca ouviu um "não" na vida?

The Journalist - Philoise Onde histórias criam vida. Descubra agora