33.Única Certeza

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Eloise Bridgerton

Eu queria dizer "Sim" mas dá minha boca saiu "Não".

Eu odiava minha insegurança e odiava o fato da minha mente se entregar a ela.

Sou completamente egoísta e só penso em mim. Ver os olhos de Phillip perdendo o brilho me fez notar o quão idiota eu fui..O quão insegura eu fui!

Minha insegurança não machuca apenas à mim, por isso o meu impulso foi dizer o maldito não.

– Não? – Phillip disse sem entender nada. – Como assim não? Eu já disse o quanto te amo, já te mostrei o suficiente e mesmo assim você me nega? Me nega o amor que nós dois sentimos? Porque isso, Eloise? Estávamos bem e felizes!

"Eloise" se ele soubesse o quanto me dói ouvir meu nome seco sair de sua boca, ele nem diria.

– O que diabos eu preciso fazer para que você entenda que eu te amo? – ele estava nervoso – Me diz pelo amor de Deus e eu faço... Qualquer coisa por você.. qualquer coisa por nós!

Não consegui me conter e comecei a chorar como uma menina. Nunca quis magoa-lo.

– Jorge..– murmurei e seu olhar se fixou em mim – Ele me disse que... Que eu era imbecil de acreditar que você poderia me amar, que poderia me pedir em namoro.

A expressão de Phillip foi de nervosismo a raiva muito rápido que mal pude perceber.

– Mas eu não te disse? Te disse que esse cara não me passava confiança, mas você resolveu acreditar nele, naquele desgraçado Eloise.

– Isso é tudo por pena, Phillip. Você não faria isso se não tivesse prometido ao meu pai que cuidaria de mim, é a única explicação.

– Olha a merda que você está falando. Está se ouvindo pelo menos? Não acredito que consiga acreditar nele e não em mim, Eloise!

Não, eu não acreditava em Jorge!

– Eu.. no início eu acreditei mas depois.. depois eu vi que não fazia sentido..

– Então por que me disse não?

Respirei fundo virando o rosto.

– Olhe para mim. – ordenou segurando meu queixo. – Diga, diga que não me quer e nós vamos embora e cada um vai viver sua vida. Diga!

– Eu quero você!

– E porque infernos você negou meu pedido?

– As coisas não irão funcionar, ok? Não irão funcionar porque sua mãe me detesta, não conheço seu pai mas provavelmente ele tem o mesmo pensamento que ela, tem a Cressida.. acho que as únicas pessoas que gostaram de mim foi George e Marina. – fiz uma pausa para respirar – Tenho mil e uma inseguranças e não consigo lidar com nenhuma delas. Além do que, você tem mil mulheres a sua disposição, acha mesmo que vai me querer como uma namorada?

– Acho! – foi a única coisa que ele disse antes de me puxar e devorar meus lábios com vontade – Você é única, pare de pensar nessas coisas.

Sem aguentar, o beijei de volta me entregando em seu calor e força. Logo a língua de Phillip invadiu minha boca e colocou seu corpo no meu me deitando sobre a manta e os travesseiros.

– Diga que me quer – sussurrou mordiscando meus lábios – Diga que me quer tanto quanto quero você.

– Eu quero você muito mais do que você me quer.

Ele sorriu e ergueu nossos corpos para sentarmos e eu me acomodei em seu colo.

– Eu digo sim, Phillip. Quero ser sua namorada.

The Journalist - Philoise Onde histórias criam vida. Descubra agora