24.Noite cheia

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Eloise Bridgerton

– O seu lugar não é aí, Cressida. – ouvimos George – Eloise quem deve se sentar ao lado do meu irmão.

Eu estava me aproximando da mesa juntamente com Phillip, quando ouvimos George discutir com Cressida. E pelo trecho da conversa sabíamos exatamente o motivo.

Haviam duas cadeiras livres mas eram distantes uma da outra.

– Deixe ela ai, filho. – Emily respondeu – Eloise não vai se importar se ficar um tempo distante do Phill. Não é querida?

Não me importo.

Desde que essa cobra modelo não o toque.

– Claro. – assenti e Phill me olhou incrédulo.

– Não, ela não se importa. Mas EU me importo.– ele enfatizou – Cressida sai.

A mulher olhou para ele como se estivesse invocando todos os tipos de demônios possíveis, ela se levantou com raiva jogando o guardanapo na mesa.

– Phillip você não deveria tratar minha filha assim. – a mãe dela reclamou – Vocês se conhecem muito antes que essa vad... Mulherzinha aí.

Daí-me paciência. Respira Eloise, respira.

Phillip estava pronto para rebater mas segurei seu braço em sinal de "não faça isso" e ele entendeu.

Eu sabia que esse jantar seria um desastre.

É melhor manter as coisas calmas, já que amanhã mesmo todas vão embora e nós podemos voltar ao nosso mundinho normal.

Então sentamos juntos. Eu do lado dele e de George e ele ao lado de sua mãe. A cobra estava bem a minha frente me lançando olhares malditos e eu ignorei pegando o cardápio.

– Está perdida não é? – Phill cochichou ao me ver confusa.

– Qual desses pratos não tem derivados de animais?

Nós fomos a um restaurante escocês por escolha de sua mãe e eu estava nitidamente perdida.

– Esses aqui...– virou a página do meu cardápio – Esses dois aqui tem pedacinhos inocentes de frango mas você não come mesmo assim não é?  – neguei – Então os descarte.

– O que você vai pedir? – me esquivei um pouco para olhar seu pedido.

– Isso. – apontou – É como um ensopado de carne.

Franzi o nariz com uma careta e Phillip riu o apertando levemente.

– Está com nojo da comida, Eloise? – Emily perguntou.

Eu rapidamente a olhei negando.

– Não, claro que não! Eu só... – fiquei um tanto nervosa com o olhar dela. – Não me alimento de nada que venha de animais.

– Por que se for eu considero isso um desrespeito a minha cultura. – adiantou – E será horrível me presenciar com raiva, caso isso esteja realmente acontecendo.

Eu fiquei amarela de vergonha e vermelha de raiva. Ninguém sabe o quão difícil é segurar a Eloise brava que existe dentro de mim.

– Mãe, pelo amor de Deus. – o homem ao meu lado respondeu – Deixa de paranóia. Ela não está com nojo da comida.

– Certo, me desculpe filho. Não sabia que ela era vegetariana.

– Vegana. – ele corrigiu.

– Isso ai.

Depois disso o garçom chegou e fizemos os pedidos.

Eu estava muito desconfortável com aquele lugar, mas não deixava claro. Eu estava fazendo isso por Phillip e não por elas! Ele merecia um momento entre nós mesmo com as diferenças.

The Journalist - Philoise Onde histórias criam vida. Descubra agora