25.Em um mundo Bridgerton

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Phillip Crane

Nós havíamos chegado há um tempo atrás. Assim que fizemos, Penélope puxou Edwina e Eloise para a pista de dança. Eu inutilmente fiquei aqui tentando não beber muito, já que todos estão por minha conta, eu ainda não tinha visto o tal Colin, irmão de Eloise e namorado de Penélope.

– Obrigada. – agradeço a garçonete que me trouxe uma porção de batata.

Viro o rosto quando a mulher me lança uma piscadela.

Olhei para a pista avistando a mais bela de todas as mulheres dançando com suas melhores amigas. É bom vê-la feliz, Eloise passa por dias exaustivos e várias vezes a pego pensando nos problemas e se auto-analisando. Me fazendo entender o porquê ela era tão insegura em relação a nós.

Indescritível o que sinto com ela, por ela.

Ela é incrível e eu estou fazendo sempre de tudo para demonstrar isso. E ela sempre devolve... Do jeito dela.

Usando sempre o colar que lhe dei. Até mesmo quando tentei ficar sem falar com ela, a mesma usava a jóia em seu pescoço a todo tempo. Eu apenas fingia que não olhava para ela, mas meu coração me enganava várias vezes.

Eu estava, observando Eloise, Penélope e Edwina na pista, quando Colin Bridgerton se aproximou e sentou ao meu lado. Ele parecia estar relaxado, embora eu soubesse que, como irmão protetor, ele estava me avaliando. Peguei minha bebida, me preparando para o que ele pudesse dizer.

– Então, Phillip – Colin começou, virando-se para mim com um sorriso meio travesso. – Posso te pedir um favor inusitado?

– Claro – respondi, curioso.

Ele tirou uma caneta do bolso e colocou um guardanapo à minha frente.

– Você pode assinar isso? Para o meu irmão, Anthony. Ele é um grande fã.

Sorri, surpreso, e peguei a caneta.

– Anthony, hein? Fico honrado.

– É, ele está feliz em saber que você está de rolo nossa irmã. Assim, quando for apresentado à família, já tem pelo menos um Bridgerton que não vai te querer morto. Quer dizer, ele vai te idolatrar! – Colin riu, mas eu percebia a seriedade por trás de seu tom brincalhão.

– Isso já facilita as coisas – brinquei de volta, assinando o guardanapo com uma dedicatória para Anthony. – Aqui está. Espero que isso me salve de alguns olhares mortais da família então.

Colin pegou o guardanapo e o guardou no bolso, rindo.

– Ah, quem dera fosse tão simples. Mas, falando sério, Phillip, como estão as coisas entre você e Eloise?

Suspirei, tomando um gole da minha bebida.

– Está indo bem, sabe? Ela é incrível, mas também muito... intensa. Direta.

Colin assentiu, pensativo. – É, Eloise sempre foi assim. Ela tem uma mente afiada e um coração enorme, mas não gosta de mostrar vulnerabilidade. Vai precisar de paciência.

– Eu percebi – concordei. – Mas estou disposto a ter toda a paciência do mundo. Ela vale a pena.

Colin me olhou por um momento, parecendo satisfeito com minha resposta.

– Isso é bom de ouvir. Penélope e eu somos felizes juntos, mas até chegar lá... precisou de muita compreensão. Penélope também é alguém que guarda muito para si mesma. No início, tive que aprender a dar espaço, e ao mesmo tempo estar sempre presente, entende?

– Sim, completamente – respondi.– Eloise é meio parecida. Ela tem esse jeito de se afastar quando as coisas ficam difíceis, mas, ao mesmo tempo, espera que você esteja lá quando ela precisar.

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