Capítulo 35: TERRAS

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     Tabata desdobrou suas pernas uma a uma, se levantando, ela colocou a camisa e então levantou uma perna por vez, colocando a calça de Pablo. Pablo pegou o controle e o colocou sobre a mesa. Ele se sentou ao lado do ombro do sofá e colocou seu braço esticado no encosto do sofá, esperando Tabata se sentar ao seu lado com seus corpos juntos. Tabata ao se vestir, olhou para Pablo, que a olhava de volta, e se sentou a seu lado, deitando seu corpo sobre o de Pablo de lado e colocou suas pernas sobre o sofá. O episódio do anime começou e eles levaram sua atenção para a televisão assistindo o anime.

     NO OUTRO DIA DE MANHÃ

     Tabata, em um dos vários prédios de São Paulo, estava sentada em uma mesa oval junto de várias outras pessoas em reunião. Do outro lado da cidade, fora da área urbana, Pablo dirigia seu carro pela estrada em direção contrária à cidade. Pablo estava usando óculos escuros, camisa preta, calça jeans escuras e um tênis azul-escuro Olympikus. Em seu pulso, ele tinha um relógio Casio cinza com uma pulseira de esferas azuis. Pablo estava com a janela aberta e sentia o vento fresco da manhã batendo contra seu rosto e cabelo. Ele estava em uma reta na estrada e aproveitou para olhar para fora do carro, vendo o campo verde que formava depressões e planícies, cheio de vacas espalhadas por ele, assim como várias árvores comuns. Um pouco a frente da área central da depressão havia uma grande casa com uma longa cerca de madeira preta a cercando para que as vacas não invadissem sua área, a frente da casa do lado oposto ao centro da depressão havia uma larga estrada com cerca de arrame farpado seguindo pelo redor de uma estrada.

     Pablo, ao ver uma entrada para o meio da mata feita por entre as cercas de arrame farpado à esquerda da estrada, olhou no retrovisor para ver se algum carro vinha atrás do seu. Ao ver que nenhum carro vinha atrás do seu, ele diminuiu a velocidade do carro. Pablo apertou a embreagem com seu pé e trocou de marcha, segurando a embreagem e o acelerador. Ele virou o volante de seu carro para a esquerda e soltou a embreagem aos poucos, levando seu carro para o lado, entrando na abertura na cerca. Pablo entrou pela estrada descendo em uma estrada curva, indo pela estrada para a casa que havia visto antes... Ao chegar no fim da estrada cercada, Pablo diminuiu a velocidade e passou por uma cancela. Ao passar por ela, ele virou seu carro para a esquerda, estacionando um pouco à frente da casa do lado da entrada. Pablo pisou na embreagem e colocou seu carro em neutro, virando sua chave, desligando-o... A casa era grande e erguida no ar por várias madeiras grossas de um metro que podiam ser vistas pela sua parte de baixo aberta. Havia uma escada no meio da casa que subia para a larga varanda com bancos de madeira. As paredes da casa eram brancas e as janelas e contornos eram azuis. A casa tinha grandes janelas de madeira.

     Pablo viu que do lado de fora da porta havia chinelos e tênis, e vendo a porta da casa aberta, chegou até a entrada, ficando entre o portal azul. Ele viu que a sala tinha piso de madeira e ao lado da entrada havia dois sofás verdes musgo com estampa de flores e arcos, um de frente para o outro. Em meio aos sofás, havia uma pequena e longa mesa de centro marrom escura com um vaso de vidro com lírios de plástico no meio. À frente dos dois sofás no fim da sala, havia uma mesa de jantar com cadeiras em volta, e na parede contrária à parede da entrada havia um armário com pratos estampados e imagens de santos da religião católica. Ao lado do armário, também havia outra porta que dava para um corredor casa adentro. Na parede ao fim da sala, entre o armário e a mesa de jantar, havia uma porta. No sofá que ficava de costas para a porta, havia uma garota sentada em um dos assentos do sofá perto da parede mexendo em seu celular. Ela estava vestida com uma curta camisa vermelha que mostrava sua barriga, short jeans e descalça. Ela aparentava estar em seus dezenove anos, branca, magra, de longos cabelos lisos de cor castanhos e quase tão alta quanto Pablo. Pablo levou suas duas mãos para trás sem jeito e limpou sua garganta, chamando a atenção da garota que abaixou seu celular e olhou para trás assustada. Pablo levantou uma de suas mãos tímido e a abaixou logo em seguida, levando-a para trás de si novamente.

     PABLO: Oi, bom dia. Você deve ser a Ana Clara, né ?!

     Ana abriu um sorriso simpático e falou:

     ANA: Oi, sou eu sim.

     A garota ficou olhando para Pablo sorrindo.

     PABLO: Eu vim aqui ver o seu pai, eu conversei com ele uns meses atrás sobre umas terras e a gente marcou de se ver quando ele voltasse de viagem.

     ANA: Ah, ele me falou mesmo.

     Ana se virou para frente e se levantou do sofá, ela saiu andando em direção à porta no fim da sala:

     ANA: Eu vou chamar ele pra você.

     Ana passou pela porta, indo atrás de seu pai. Pablo, vendo a sala vazia, resolveu entrar para esperar o pai de Ana. Ele levantou seus pés e levou suas mãos a seus tênis, retirando-os e os colocando junto aos outros calçados do lado de fora da porta, ficando só de meias. Ele andou até o fim do sofá, o rodeando, e se sentou no último assento. Um homem chegou ao lado de fora da porta e se inclinou para baixo. Ana passou por ele e, enquanto olhava para Pablo com um sorriso, foi até a porta ao lado do armário, sumindo ao entrar no corredor. O homem do lado de fora da porta estava retirando suas galochas pretas sujas de terra. Ele usava uma calça e uma camisa jeans azul-escuro de tecido grosso surrada pelo tempo e uso no trabalho da roça. Ele era um homem mais velho, alto, magro, de cabelos e bigode brancos, barba rente ao rosto e voz grossa. Após retirar suas galochas, ficando só de meias, o homem entrou pela porta ao fim da sala. Pablo se levantou do sofá e foi em direção ao homem. Eles se encontram ao meio da sala e deram um aperto de mãos forte.

     PABLO: Antônio. - Eles levaram suas mãos livres enquanto ainda davam um aperto de mãos a suas costas, se dando um abraço. - Bom ver você de novo. - Os dois soltaram as mãos e andaram até o sofá. - Achei que você nunca mais ia voltar.

     ANTÔNIO: Eu também viu, demorei bem mais do que eu achei que ia.

[...]

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Lisa: Uma fanfic sobre Pablo Marçal e Tabata AmaralOnde histórias criam vida. Descubra agora