101 - Tom Holland

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"E eu serei seu guardião, você será minha dama

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"E eu serei seu guardião, você será minha dama."

***

O carro parou em frente ao restaurante, e eu senti o estômago dar uma reviravolta ao ver a multidão de paparazzi do lado de fora. Era uma daquelas noites em que Tom e eu finalmente conseguíamos um tempo para nós, longe das câmeras, das entrevistas, de toda a loucura. Ele veio até a porta e a abriu, me oferecendo a mão com um sorriso suave que sempre me tranquilizava. Eu sabia que a noite com ele valia cada segundo de flashes e olhares curiosos.

Entramos no restaurante, e os flashes ficaram para trás, pelo menos por algumas horas. O ambiente era elegante e discreto, com uma luz baixa que dava uma sensação de intimidade. Senti meu corpo relaxar enquanto ele conversava comigo sobre tudo e nada ao mesmo tempo, e, por um instante, parecia que éramos as únicas pessoas no mundo.

Terminamos o jantar e pedimos a conta. Eu mal podia esperar para sair com ele e continuar a noite em um lugar mais tranquilo, talvez na minha casa, assistindo a um filme bobo de comédia romântica. Mas quando nos levantamos e nos dirigimos para a saída, eu vi pela porta de vidro que a multidão lá fora havia aumentado.

Tom percebeu meu nervosismo e apertou minha mão de leve.

— Hey, vai ficar tudo bem. Só confie em mim, ok? — Ele me deu um sorriso, e eu respirei fundo, assentindo.

A porta do restaurante se abriu, e fomos recebidos por uma rajada de luzes e vozes. Tom imediatamente colocou o braço em volta dos meus ombros, me guiando com cuidado, mas parecia que cada passo se tornava mais difícil. Os paparazzi estavam impiedosos, gritando perguntas invasivas, e um deles chegou perto demais, me assustando. Instintivamente, recuei, mas parecia não haver espaço para recuar.

Tom se colocou na minha frente, bloqueando a câmera com o corpo. Ele estava calmo, mas a tensão era visível em seus olhos.

— Vocês podem, por favor, dar um pouco de espaço? Ela não está confortável — ele pediu, tentando manter a voz controlada, mas eu conseguia ouvir a firmeza nela.

As perguntas continuaram, cada vez mais invasivas. Senti o rosto começar a queimar quando um dos fotógrafos fez um comentário que parecia uma provocação. Tom ouviu também, e a expressão dele se endureceu. Ele se aproximou, envolvendo-me num abraço protetor, enquanto tentava bloquear a maioria dos flashes com o próprio corpo.

— Isso já passou dos limites! — ele exclamou, a voz agora firme e decidida. — Ela já pediu para pararem, respeitem isso.

Alguns fotógrafos recuaram um pouco, mas outros continuaram, e eu sentia o coração martelando forte no peito, o ar ficando mais denso a cada segundo. Tom começou a me guiar para o carro, mantendo o braço em volta de mim, até que finalmente conseguimos abrir caminho e entrar. Ele fechou a porta rapidamente e respirou fundo, os músculos do rosto ainda tensos.

— Você está bem? — ele perguntou, sua expressão se suavizando enquanto me olhava. Ele ainda segurava minha mão com força, como se quisesse garantir que eu sabia que estava ali, que estava segura.

Assenti, tentando recuperar a respiração.

— Sim... agora estou.

Ele soltou um suspiro de alívio e abriu um sorriso reconfortante, inclinando-se para beijar minha testa de forma gentil.

— Não vou deixar ninguém te machucar, ok? Eu prometo.

No caminho de volta, o carro estava em silêncio, mas era um silêncio confortável. Ele estava dirigindo, mas de vez em quando soltava uma das mãos do volante para apertar a minha, e aquele simples gesto era suficiente para me fazer sentir protegida, como se nada mais importasse.

Ao chegar em seu apartamento, ele me guiou para dentro, e eu imediatamente senti a tensão se dissipar. Tom parecia mais relaxado também, e percebi que aquela situação tinha sido difícil para ele tanto quanto para mim.

— Quer algo para beber? Ou para comer? — ele perguntou, indo até a cozinha. — Acho que tenho um chá de camomila em algum lugar aqui, se quiser algo para acalmar um pouco.

— Chá de camomila parece perfeito — respondi, sentando-me no sofá e finalmente sentindo o corpo relaxar.

Ele preparou o chá enquanto conversávamos sobre coisas leves, e eu comecei a me sentir mais em paz. A presença dele era como um porto seguro, e logo eu estava rindo de algo que ele disse, esquecendo a noite tumultuada.

Depois que o chá ficou pronto, ele trouxe as xícaras e sentou-se ao meu lado, me observando com aquele olhar atencioso que fazia meu coração bater mais rápido.

— Desculpa por isso hoje — ele disse, com uma expressão meio culpada. — Eu deveria ter previsto que eles estariam lá, mas eu só queria uma noite tranquila pra gente.

Toquei sua mão, balançando a cabeça.

— Tom, você não tem culpa de nada. Eles foram invasivos, mas você esteve ao meu lado o tempo todo. Não sei o que eu faria sem você.

Ele sorriu, apertando minha mão, e pude ver um brilho de alívio nos olhos dele.

Conversamos mais um pouco, e aos poucos o estresse da noite desaparecia. Tom começou a falar sobre como ele também enfrentava dificuldades em lidar com a mídia, sobre as vezes em que sentia que sua vida pessoal estava se perdendo no meio de tantos flashes e expectativas.

— Às vezes, tudo o que eu queria era poder sair de casa sem pensar em quem vai estar do lado de fora, sabe? — ele confessou, o tom vulnerável. — Mas... ter você por perto faz tudo isso valer a pena.

Eu sorri, sentindo meu coração aquecer com aquelas palavras.

— Eu sinto o mesmo.

A noite foi se passando, e acabamos ficando ali no sofá, conversando sobre tudo – sobre nossos sonhos, nossas inseguranças, e até os planos para o futuro. Ele pegou um cobertor e nos cobriu, mantendo-me perto dele enquanto a conversa fluía naturalmente, como se o tempo tivesse parado.

Quando a madrugada chegou, senti o sono começar a me vencer, mas antes que meus olhos se fechassem completamente, ouvi sua voz sussurrando:

— Eu sei que a mídia pode ser cruel... mas eu prometo que nunca vou deixar que nada disso te machuque. Você é muito importante pra mim.

Senti meu coração se aquecer, e com um último sorriso sonolento, deixei-me levar pelo cansaço, adormecendo com a cabeça no ombro dele, sentindo-me segura e amada como nunca antes.

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