O universo Marvel é vasto, cheio de heróis lendários, vilões imponentes, e histórias que ultrapassam as fronteiras do tempo e espaço. Mas hoje, é a sua vez de fazer parte desse mundo. Aqui, você não é apenas um observador; você está no centro da açã...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Dizem que o tempo cura todas as feridas, mas eu ainda sinto sua falta."
***
O céu estava escuro e pesado, como se o próprio universo estivesse de luto, mas meu coração ainda tentava se agarrar à esperança. A noite se arrastava interminável e eu me mantinha ao lado de Pepper, dividindo o silêncio inquietante enquanto esperávamos. Desde que Tony havia saído da Terra para enfrentar Thanos, eu mal conseguia respirar. E depois... depois veio o estalo. As notícias de que metade da vida no universo simplesmente desaparecera.
Mas eu precisava de respostas. Precisava que alguém me dissesse que ele estava bem. Que o Peter, de alguma forma, estivesse bem. Não conseguia tirar da cabeça a última vez que nos vimos, quando ele prometeu que voltaria.
— Você sabe que não precisa se preocupar comigo, né? — Ele riu, como sempre fazia para me tranquilizar. — Eu sou o Homem-Aranha!
Agora, já se passaram vinte e um dias que tudo havia acontecido e eu só queria que papai voltasse. Que todos voltassem. Meu coração disparou quando vi a nave finalmente pousar no complexo dos Vingadores. Com Pepper ao meu lado, corri até eles. Nebulosa saiu primeiro, mas meus olhos só buscavam um rosto: Tony. Quando ele finalmente apareceu, magro e cansado, senti um misto de alívio e tristeza que quase me fez desmoronar. Ele me viu e tentou sorrir, mas havia algo sombrio no olhar dele.
— Pai! — corri até ele, abraçando-o com força. Ele retribuiu o abraço, mas algo estava errado. Havia um peso no seu olhar que eu nunca tinha visto antes.
Depois de um momento, me afastei apenas o suficiente para encará-lo.
— E o Peter? — perguntei, a voz tremendo. Eu queria tanto que ele dissesse que Peter estava bem. Que ele estivesse apenas... ferido, mas voltaria. Que estaria lá para fazer piadas ruins e me contar histórias da batalha.
O rosto de papai ficou tenso, e ele desviou o olhar, apertando os lábios. Um silêncio insuportável se instalou, e de repente o meu corpo começou a gelar.
— Sn... — ele começou, a voz falhando, e a culpa nos olhos dele era quase insuportável de olhar. — Eu... eu sinto muito.
Foi como um golpe que me tirou o ar. As palavras não faziam sentido.
— Não, pai... — murmurei, minha voz mal saindo. — Ele... ele disse que voltaria. Ele prometeu...
As lágrimas começaram a escorrer antes que eu pudesse contê-las. Papai tentou segurar minhas mãos, os olhos cansados e marejados.
— Ele lutou, Sn... Peter lutou com tudo o que tinha. Eu queria... eu daria tudo para trazê-lo de volta.
Cada palavra dele apenas tornava tudo mais real, e a realidade era dolorosa demais para suportar. Peter estava mesmo... ele tinha mesmo se ido. Tudo por causa daquele estalo. Tudo por causa de Thanos.
Papai me puxou para outro abraço apertado, e dessa vez eu me agarrei a ele como se fosse a única coisa me mantendo de pé.
— Sinto tanto, filha... — sussurrou ele, a voz quebrada, e eu soube que ele também carregava o peso da perda. Ele havia prometido a mim – e ao Peter – que cuidaria dele. Que traria ele de volta.
Mas agora estávamos aqui, perdidos no meio do luto, e a única coisa que podíamos fazer era nos agarrar um ao outro e esperar que, de algum jeito, pudéssemos sobreviver a essa dor.
