O universo Marvel é vasto, cheio de heróis lendários, vilões imponentes, e histórias que ultrapassam as fronteiras do tempo e espaço. Mas hoje, é a sua vez de fazer parte desse mundo. Aqui, você não é apenas um observador; você está no centro da açã...
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"As sombras não vão te deixar ir, não importa o quanto você tente."
***
A luz do sol, intensa e impiedosa, invadia o galpão, fazendo com que Bucky apertasse os olhos, sentindo uma ardência que parecia queimar sua alma. Ele se levantou do chão, a cabeça latejando como se uma tempestade tivesse se instalado dentro dela. As lembranças da noite anterior começavam a se formar como flashes, tomando sua mente e arrastando-o para um abismo de pânico.
— Sn! — Ele gritou, a voz ecoando entre as paredes frias e vazias, enquanto se arrastava entre as caixas empilhadas, sua respiração acelerada e o coração batendo descompassado. Bucky sabia o que havia feito; as lembranças de suas vítimas dançavam diante de seus olhos, sombras que se recusavam a desaparecer. Mas a ideia de ter causado dor à mulher que amava era uma tortura insuportável. — Sn!
Ele empurrou uma pilha de caixas com desespero, cada movimento preenchido de uma esperança agonizante. Então, seu mundo desmoronou. Ali, estendida no chão, estava Sn, inconsciente, seus traços delicados agora pálidos e sem vida.
— Não! — Bucky correu até ela, sua voz um sussurro desesperado, enquanto a levantava em seus braços como se estivesse segurando o frágil vidro de um sonho. O rosto dela estava sem cor, e seus lábios, antes vibrantes, estavam agora gélidos. Ele tocou seus pulsos, o desespero crescendo em seu peito, mas não havia batimentos.
"Eu te amo, James Buchanan Barnes, e vou te amar até a última batida do meu coração..." Ele se lembrou de suas palavras, doces e cheias de promessas, e seus olhos se encheram de lágrimas. A imagem dela, amedrontada e cheia de lágrimas, o encarava, como se estivesse pedindo perdão. "Não se culpe..." O pequeno sorriso que apareceu em seus lábios pálidos era um golpe no coração de Bucky. "Eu te perdôo!"
— O que eu fiz? Meu Deus, não! — Ele segurou o corpo da mulher junto ao seu, o choro escorrendo por seu rosto enquanto as lembranças da noite anterior se repetiam em sua mente como um castigo, uma série de erros que agora o perseguiam.
— Bucky? — A voz de Steve ecoou pelo local, cortando o silêncio pesado como uma faca, mas Bucky não tinha forças para responder. Ele estava preso em seu próprio tormento.
2016
A gargalhada de Sn ressoava como um doce eco na mente de Bucky, mas, naquele momento, só o deixava ainda mais irritado.
— Vamos lá, James, não fica assim só porque caiu umas mil vezes. — Sn disse, a voz cheia de diversão, enquanto estendia a mão para ajudá-lo a se levantar do chão coberto de folhas e sujeira.
— Por que eu deixei você me convencer a andar com essas coisas? — Bucky reclamou, respirando fundo e se apoiando na namorada para conseguir se equilibrar em cima dos patins. O equilíbrio sempre fora um desafio para ele.
— São patins, James, e você faz isso porque me ama. É divertido! — O brilho nos olhos de Sn era contagiante, e seu sorriso iluminava o lugar.
— Divertido pra quem? E quem falou que eu te amo? Só faço essas coisas por causa do sexo. — Ele se virou para ela, um sorriso malicioso se formando em seus lábios, mas Sn não se deixou abalar.
— Eu sei que sou maravilhosa na cama. — Ela o olhou com uma confiança inabalável. — Mesmo que você negue, eu sei que você me ama. E sabe de uma coisa? Eu vou te amar até a última batida do meu coração. — O sorriso dela era a coisa mais linda que Bucky já tinha visto, e, naquele momento, ele sentiu algo profundo se formar dentro dele. Ela era a mulher certa, e ele estava disposto a enfrentar qualquer desafio por ela.
DIAS ATUAIS
Steve entrou no galpão junto com Sam, o coração pesado, e logo encontrou Bucky sentado no chão, segurando o corpo de Sn em seus braços, como se quisesse protegê-la do mundo cruel que os cercava.
— Mas que merda! — Sam exclamou, o olhar chocado se dirigindo a Steve, que mantinha sua atenção fixa no amigo, a preocupação estampada em seu rosto.
— Bucky? — O Capitão se aproximou cautelosamente, cada passo carregado de uma gravidade que parecia aumentar a cada instante. Bucky parecia alheio à sua presença, perdido em sua própria dor. — O que aconteceu? — Bucky ergueu o olhar, a expressão marcada por desespero, o rosto vermelho e coberto por lágrimas grossas que escorriam como uma torrente. Seus olhos, sombrios e cheios de culpa, eram um abismo de dor.
— Eu a matei! — Ele murmurou, a voz embargada, enquanto encostava a cabeça de Sn em seu peito, afagando seus cabelos com a suavidade de um amante desesperado. — Eu a matei, Steve! Eu matei a Sn.
Steve e Sam trocaram olhares confusos e alarmados. Eles sabiam o quanto Sn era importante para Bucky e tudo o que ela representava em sua vida. Era impossível acreditar que ele poderia ter feito aquilo. Ele havia prometido cuidar dela, amar e protegê-la, e agora ela estava morta em seus braços, o peso daquela traição esmagando seu coração.
— O Soldado Invernal a matou. — Steve sentiu seu coração despedaçar ao ver o sofrimento e a culpa do amigo. — Eu a matei!
— Bucky! — A voz de Sam soou, mas já era tarde. A dor e a perda haviam selado o destino de Bucky e Sn, e nada poderia ser feito para consertar o que estava quebrado.
