24 - Peter Parker

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"O amor é uma aventura, e a vida é o nosso cenário

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"O amor é uma aventura, e a vida é o nosso cenário."

***

As batidas na janela do quarto me tiram a concentração enquanto eu estava sentada à mesa do computador, tentando estudar para a prova de amanhã. Intrigada, me viro para ver quem poderia ser, e me deparo com Peter.

— Oi! — Peter sorri timidamente enquanto observa cada detalhe do meu quarto após entrar pela janela.

— Oi! — eu retribuo seu gesto, permitindo que ele entre. Ele para próximo à minha estante de livros, examinando o cômodo até seus olhos encontrarem os meus.

— Legal! — Peter comenta enquanto se acomoda na minha cama e coloca sua mochila no chão. — Parece quarto de menina.

Solto uma risada anasalada diante do comentário e retorno a sentar em frente ao computador.

— Por que não entrou pela porta? Minha mãe ia adorar te ver — eu digo, encarando Peter, que tem sua atenção voltada para as muitas fotos coladas na parede atrás do computador.

— Eu acho que seu pai não vai muito com a minha cara — ele responde, coçando a nuca e sorrindo envergonhado. — Ele meio que me assusta às vezes.

Sento ao seu lado na cama e cruzo as pernas, ficando de frente para ele.

— Não é que ele não vá com sua cara. É que você é uma ameaça para a pureza da filhinha dele, e isso o deixa protetor demais. Ele seria capaz de fazer coisas nada legais ao homem que ousar tirar minha inocência — eu comento, observando a reação surpresa de Peter, que dá um salto da cama e fica do outro lado do quarto.

— Mas eu nunca faria isso. Quer dizer, não assim, sabe? Eu te respeito. Você é uma garota incrível, eu jamais faria algo para te desrespeitar. Quer dizer, eu nunca fiz, não é? — Peter tenta se explicar, visivelmente nervoso, suas bochechas ganhando um tom rosado charmoso.

— Eu estava brincando, Peter — eu digo, segurando o riso ao ver o alívio exagerado estampar seu rosto. — Senta aqui! — Bato a mão no espaço ao meu lado na cama, convidando-o a se sentar. — Mas se ele te pegar aqui, ele te mata. — Peter arregala os olhos, mas depois fica sério ao perceber minha diversão em provocá-lo.

— Parei! Ele não está em casa, só minha mãe. Não teria problema você entrar pela porta — eu tranquilizo, pegando sua mão e brincando com os nós de seus dedos. — Vocês só precisam se conhecer. Ele é um cara legal e vai te adorar.

— Espero que sim — Peter me encara por um tempo e sorri sem mostrar os dentes. — Eu gosto muito de você! — Suas bochechas coram, e um sorriso tímido surge em meus lábios em resposta ao seu doce gesto.

Passamos algum tempo em silêncio, apenas nos encarando. Sinto uma vontade irresistível de beijá-lo. Aproximo-me lentamente, alternando meu olhar entre seus olhos e seus lábios. Peter antecipa meus movimentos e inicia um beijo suave. Minhas mãos deslizam pelos seus braços até alcançar sua nuca, trazendo-o mais perto para aprofundar nosso beijo. Ele envolve minha cintura com suas mãos, puxando-me para mais perto.

Com um sorriso, interrompo o beijo por um momento e puxo levemente seus cabelos da nuca, intensificando nossa conexão. Inclino-me sobre ele, forçando-o a deitar-se na cama. Uma das minhas mãos apoia-se ao lado de seu rosto, enquanto a outra desliza sob sua camisa, acariciando seu abdômen definido com suavidade. Sua respiração se torna mais pesada sob meu toque, e o desejo entre nós se intensifica.

— Essa coisa do Homem-Aranha é bem legal. — Sussurro próximo aos lábios de Peter, descendo minha mão até o cós de sua calça. — Meninos da nossa idade não têm esse corpo. — O rosto de Peter cora instantaneamente, o que me faz sorrir. Sempre adorei seu jeito tímido.

Retomamos o beijo, e Peter lentamente nos faz sentar novamente. Com uma mão, seguro a barra de sua camisa e a puxo para cima, interrompendo o beijo por alguns instantes para retirá-la. Enquanto faço isso, Peter desce seus beijos para meu pescoço, fazendo-me jogar a cabeça para trás. Ele então coloca suas mãos dentro da minha camisa, apertando minha cintura, o que me faz suspirar de prazer.

Quando ele se preparava para subir suas mãos para remover a peça, passos vindos do corredor nos assustam. Saio rapidamente de seu colo, ajeitando minha blusa e meu cabelo às pressas. Corro para segurar a porta antes que ela seja aberta.

— Uou! — papai se assusta quando abro a porta repentinamente, deixando somente espaço para ele ver meu corpo e impedido que ele visse o quarto. — Está tudo bem?

— Sim, e com o senhor? — Seguro a porta com firmeza, como se minha vida dependesse daquilo. Meu pai era um cara legal, mas quando se tratava de namorados, ele pegava no meu pé. Deixá-lo descobrir Peter no meu quarto, sem minha mãe saber que ele estava aqui, não era uma boa ideia.

 — Estou bem! Você está meio corada. Tem certeza de que está tudo bem? — Ele pergunta com sua típica expressão séria e ao mesmo tempo preocupada.

— Tenho!— Fico tensa quando meu pai levanta uma sobrancelha e cruza os braços. Isso significa que ele está desconfiado.

— Filha, por acaso você estava vendo pornô? — Arregalo os olhos e engasgo com minha própria saliva, surpresa com a pergunta.

— Pai, não! Eu não estava vendo pornô. — Repreendendo-o assim que consigo me recompor. Eu estava prestes a fazer, mas você não precisa saber disso.

— Ok! — Ele sorri, tentando suavizar sua expressão. — Só vim dizer boa noite. Pensei que já estivesse dormindo?!

— Não, eu estava estudando. Amanhã tenho prova. — Encosto minha cabeça no batente da porta e bocejo falsamente para dar a entender que estou com sono. "Bom, vou dormir. Boa noite, pai!

— Tudo bem, boa noite, filha! — Ele beija minha testa e faz um carinho nos meus cabelos. Dou um passo para trás, limitando a visão do quarto, enquanto ele fica parado, me olhando desconfiado. Tento fechar a porta, mas antes que eu consiga, papai coloca o pé entre a porta e o batente. Agora ferrou!

— Só mais uma coisa. Diz para o seu namorado que ele tem cinco minutos para sair daqui, senão ele não vai gostar de me ver. —

— Mas como... como assim? — Fico nervosa, olhando para meu pai, que mantém um semblante sério. Ele olha para dentro do meu quarto, por cima da minha cabeça. Sigo seu olhar e vejo a mochila de Peter jogada no pé da minha cama. Volto a olhar para meu pai, forçando um sorriso, mas ele mantém sua expressão séria.

— Ele agora tem três minutos. — Meu pai vira as costas e some pelo corredor. Fecho a porta do quarto e respiro profundamente, tentando controlar as batidas aceleradas do meu coração.

Peter sai do meu armário vestindo sua camisa, com a cara mais branca que papel.

— Ele vai me matar!— Peter sussurra, pegando sua mochila do chão e colocando-a nos ombros.

— Não, se você sair daqui agora. — Abro a janela novamente, e Peter me encara sem entender. — — Você pode sair pela mesma forma que entrou, numa boa. Ou então, encara meu pai antes de sair pela porta. A escolha é sua!"

— Fala para sua mãe que mandei lembranças.— Ele já estava do lado de fora do quarto, na escada de emergência.

— Pode deixar. — Sorrio para ele e logo em seguida o puxo pela camisa para beijá-lo. — Toma cuidado! — Ele balança a cabeça e sai pela janela.

Me jogo na cama, com o rosto afundado nos travesseiros, e começo a rir da situação.


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